O número de casos confirmados do novo coronavírus no Rio Grande do Norte é de 36.493 e o Estado registra 1.322 com confirmação da doença. Os dados foram informados pelo secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 8, em Natal.
Segundo as informações, o RN tem ainda 50.065 suspeitos. De acordo com o secretário adjunto de Saúde, no pico de uma epidemia a probabilidade de o suspeito ter a doença é muito grande. “Então, eu tenho certeza que desses 50 mil mais da metade deve estar com coronavírus”, afirmou.
57.707 casos estão descartados e há 191 óbitos suspeitos em investigação.
Com base na observação da Sala Pública do RegulaRN, às 15h12, a taxa de ocupação de leitos críticos do SUS destinados ao tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus na Região Metropolitana era de 95,3%. No Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Maternidade Belarmina Monte, Hospital Municipal de Natal e Hospital Rio Grande a taxa de ocupação dos leitos era de 100%; no Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM), 95% dos leitos estavam ocupados, no Hospital Colônia João Machado 88,9% dos leitos contavam com internamento, no Hospital Memorial São Francisco a taxa de ocupação era de 87,5% e no Hospital de Campanha de Natal de 84,6%.
No Oeste do Estado a taxa média de ocupação era de 95,3%. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e do Hospital São Luiz contavam com internamentos. Em Pau dos Ferros, a taxa de ocupação dos leitos do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade era de 70%.
Na região do Mato Grande 100% dos leitos do Hospital Manoel Lucas de Miranda e do Hospital Regional João Câmara estavam ocupados.
No Seridó, a taxa de ocupação do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 72,4%.
Em todo o Estado, 18 leitos críticos estavam bloqueados e 17 estavam disponíveis.
A fila de pacientes atendidos em unidades dos municípios a espera de leitos específicos para o atendimento de pacientes com sintomas de Covid-19 conta com oito pessoas a espera de leitos críticos e 17 a espera de leitos clínicos.
O secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, acredita que nas próximas horas a fila de pacientes críticos pela regulação será zerada.
41 pacientes aguardam transporte, de acordo com o RegulaRN.
Durante a coletiva, Petrônio Spinelli falou sobre o que ocorre com a definição de um decreto que mexe com o processo de isolamento social vai ter repercussão em leitos de UTI no período de dez a 14 dias.
Ele também falou sobre as determinações previstas em decreto e sobre a interpretação da população, afirmando que, às vezes, ao abrir parte dos serviços, a população entende que houve liberação geral.
O secretário adjunto de Saúde alertou que a evolução presente nos números ainda não tem o impacto do comportamento da população nos últimos dez dias. Segundo ele, é preciso ficar atento, por isso essa ideia de ter 80% de leitos ocupados no máximo, para que haja margem.
Durante a coletiva, o secretário mencionou a importância das determinações estaduais serem seguidas pelas prefeituras, particularmente, nas cidades onde o número de casos continua mais altos e a pressão e ocupação de leitos é maior.
Ao final da entrevista, ele voltou a tocar no assunto. “As ações normativas do Governo do Estado, elas são baseadas em critérios técnicos e prudência, com foco principal de salvar vidas. Mas, independente do que o Governo do Estado estiver dizendo, decretando, estabelecendo ou uma prefeitura estiver fazendo, a sociedade precisa entender e se comportar com a responsabilidade que o momento exige, que é isolamento social, só sair de casa realmente de forma imprescindível, usar máscara em todos os ambientes que estiver fora de casa e proteger os seus idosos, seus vulneráveis. Essa é uma tarefa de todos nós”, disse Spinelli.
Ele também abordou, a partir da formação e experiência de gestão e do acompanhamento das discussões técnicas não só no RN, mas no Brasil e no mundo, a gravidade da pandemia. “Agora mesmo eu estava vendo países que estavam praticamente livres decretando lockdown. Então, é uma situação que fica clara, a epidemia ela é extremamente perigosa e precisa de cuidados de toda a sociedade. Até porque, nós temos 1.322 famílias que têm pessoas mortas pelo Covid nesse momento”, afirmou o secretário.