Diretora do HRTM explica o papel de entidades, empresários e Governo para garantir novos leitos

Novos leitos resultam de conjunto de esforços (Foto: cedida)

A diretora do Hospital Regional Tarcísio Maia Herbênia Ferreira após questionamentos feitos pelo Blog do Barreto enviou uma nota em que detalha a contribuição de entidades, empresas e Governo do Estado para garantir a instalação de novos leitos no equipamento de saúde. Esta página já tinha registrado a doação das empresas na semana passada.

Sobre essa celeuma nas redes sociais e mídia, que os leitos de UTI do HRTM só foram abertos graças a ajuda dos empresários e que o governo do RN nada fez gostaria de esclarecer os fatos!

A história dessa UTI remonta desde a antiga gestão do ex governador Robinson Faria, onde deixou a obra inacabada e que teve que ser judicializada para que a empresa responsável pela obra na gestão passada, retornasse ao hospital para fazer reparos e outras providências que havia sido negligenciadas.
A ação chegou na justiça federal onde inclusive participei pessoalmente de várias audiências em Natal.
Estávamos paulatinamente organizando a UTI para funcionar até maio desse ano. Era essa a intenção. Porém, eis que a epidemia de covid19 nos bate a porta e não havia mais tempo para organizar com calma detalhe por detalhe.

Houve uma conjunção de forças irmanadas pelo mesmo objetivo: enfrentar a pandemia que nos assola nesse momento.
Recebemos apoio de empresários, grupos ligados a igrejas dentre outros, Ministério Público e sobretudo houve sim empenho fundamental do governo do Estado do RN através da Sesap.

Uma UTI não funciona sem RH (pessoal capacitado e qualificado para atender os pctes);
Uma UTI não funciona sem leitos, sem respiradores, sem monitores, sem bomba de infusão, dentre outros equipamentos necessários, é bom deixar isso muito claro.

Empresários mossoroenses para os quais eu publiquei uma nota em agradecimento, doaram os móveis planejados de dentro da UTI, num valor total de 36.000 reais. O MPF através de um promotor fez a doação de 2 computadores e 1 impressora. Afora esses citados, recebemos doações de lençóis, EPIs, até pizzas, sanduíches e chocolates o hospital recebeu de doações sim.
O IF de Ipanguaçu enviou frutas. Outros fizeram doações de água mineral, enfim! Foram muitos e até peço desculpas se esqueci de citar alguns.
Com a epidemia nos afetando a todos, fez com que aflorassem em muitos corações a generosidade, através de gestos de solidariedade e desejo de ajudar de alguma forma.
Algo extremamente positivo e que fica de lição para todos nós. Muitas vezes recebi ligações de pessoas anônimas que me perguntavam, como poderiam ajudar o hospital. Queriam colaborar de alguma forma, sentiam necessidade de participar da nossa luta e pediram para não serem identificadas. Algo realmente tocante para qualquer um que está na linha de frente de qualquer batalha.

Porém, eu advirto que o momento de desprezar e menosprezar a contribuição fundamental e necessária do poder público devido questões ideológicas pessoais não cabem nessa hora.
A governadora Fátima nunca deixou de receber ligação nossa a qualquer hora do dia ou da noite. Nunca recusou-se a atender a nenhum pleito nosso em favor do hospital. Os técnicos da Sesap vinham a todo momento. O Estado teve que adquirir um transformador porque a nossa capacidade de energia instalada no hospital, não iria suprir a demanda de equipamentos ligados 24 hs em mais 20 leitos de UTI. Tudo foi feito em tempo recorde e mais uma vez eu quero frisar o papel fundamental do governo do estado nessa hora.
O SUS não funciona apenas com doações da sociedade civil. O SUS é financiado pelo poder público! Não podemos esquecer isso!

Herbênia Ferreira
Diretora Geral do HRTM

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