Fábio Faria cumpre papel vexatório como ministro

Fábio Faria desenvolveu comportamento subserviente em relação a Bolsonaro (Foto: redes sociais)

O ministro das comunicações Fábio Faria (PSD) vai acumulando vexames desde que ascendeu ao cargo há um ano. Se tornou um ferrenho defensor do bolsonarismo e se destaca mais pela servilidade ao presidente do que pelos atos como ministro.

Vale lembrar que a inauguração de uma antena de internet na BR 101 é a ação mais relevante dele como ministro para o Estado.

Fábio soube cavar com eficiência a vaga como ministro. Outrora alheio aos assuntos do Rio Grande do Norte, Fábio passou a atacar de forma dura a governadora Fátima Bezerra (PT) nas redes sociais. Nem parecia ser filho de um governador que entregou o poder com quatro folhas salariais em aberto.

A ação antipetista agradou Bolsonaro que recriou o Ministério das Comunicações e lhe entregou. Pouco importou a hipocrisia escrachada.

Desde então Fábio abraçou o bolsonarismo com louvor. Tudo para agradar o chefe.

O vexame mais recente envolvendo Fábio foi a desonesta mistura contábil de auxílio emergencial com transferências voluntárias para inflar o volume de recursos de combate à covid-19. A estratégia era jogar a população contra os governadores.

O mico de Fábio gerou uma série de críticas na imprensa nacional. A mais dura delas foi do jornalista Reinaldo Azevedo. “Que triste papel cumpre esse rapaz! Chegou a ser visto, no passado, como uma liderança que, vamos dizer, renovava as elites conservadoras no país. Não por mim. Mas é o que diziam. E, como se sabe, foi um entusiasta do governo Dilma. Talvez não com a mesma ferocidade com que se mostra agora um defensor do governo Bolsonaro — certamente mais afinado com suas origens, suas tradições e seus interesses”, disparou o jornalista.

O nível de submissão de Fábio ao presidente é tal que ele ameaçou o também jornalista Xico Sá no Twitter após este fazer uma defesa da abertura de um processo de impeachment.

Se você quiser entender porque Fábio Faria faz vergonha ao Rio Grande do Norte basta comparar suas redes sociais com a do também ministro potiguar Rogério Marinho. A diferença de comportamento entre os dois é abissal.

Marinho, que podemos até discordar de suas ideias, é um político reconhecidamente articulado e competente. Daí faz uma atuação profissional no cargo que ocupa.

Já Fábio se empenha para ser vice de Bolsonaro em 2022. Só isso explica esse abraço repentino ao bolsonarismo raiz por parte de um outrora político moderado e distante das coisas do Rio Grande do Norte.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto