Hospital da Mulher é um fantasma que assombra discurso da probidade de Rosalba

O Hospital da Mulher pintou em 2011 como a principal ação na área de saúde em Mossoró da gestão da então governadora Rosalba Ciarlini. O caso terminou em escândalo envolvendo a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Marca que foi afastada da administração da unidade de saúde.

Por vários meses o Hospital da Mulher foi gerido por um interventor nomeado pela Justiça, período em que a unidade funcionou sem maiores problemas.

Mas marcas profundas foram deixadas na gestão de Rosalba. Hoje ela responde a uma quase anônima ação do Ministério Público por um suposto desvio de R$ 11 milhões. O assunto estava escondido até a semana passada quando o portal Mossoró Hoje registrou que desde setembro do ano passado oficiais de justiça procuram pela ex-governadora que nunca está nos endereços nem autoriza funcionários a fornecer o local exato onde encontrá-la. A solução é Rosalba comparecer espontaneamente à Justiça para prestar esclarecimentos. Só assim ela deixaria bem claro que não está se esquivando de prestar esclarecimentos.

Ao se tornar a governadora mais impopular da história do Rio Grande do Norte, Rosalba tinha a favor de si o discurso de que fez uma gestão honesta. A probidade era a marca de um governo recheado de problemas.

Ao encarar um processo em que é acusada de desviar R$ 11 milhões a “Rosa de Mossoró” fica em situação complicada.

Ela já vem há quase dois anos evitando entrevistas exclusivas a veículos de comunicação em que o tempo maior da conversa permitiria ao jornalista questionar os problemas do governo dela e pedir esclarecimentos sobre o caso do Hospital da Mulher.

A ex-governadora prefere ficar em silêncio deixando que o impopular prefeito Francisco José Junior (PSD) “sangre” sem que ela mova uma palha. Com isso ela não corre o risco de ter que ver confrontada a gestão dela no Governo do Estado com a do atual chefe do executivo municipal.

O Hospital da Mulher é um fantasma que atormenta o discurso da probidade, o único que ainda trazia um alento para a ex-governadora que trabalha silenciosamente para voltar ao Palácio da Resistência.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto