Investigação do MP afirma que Gustavo Rosado e Tárcio Garcia manipulavam as licitações do MCJ

TARCIO

O Ministério Público concluiu através de escutas telefônicas que o empresário Tárcio Garcia e o então secretário municipal de cultura Gustavo Rosado se articulavam para que as licitações do Mossoró Cidade Junina favorecessem a Gondim & Garcia Produções imp-licando em crime de fraude à licitação, previsto no art. 90, da Lei 8.666/96. “Uma vez que, mediante diversas condutas, frustraram e fraudaram, por intermédio de ajustes e combinações, o caráter competitivo dos Pregões ns. 018/2013 e 0047/2014, com o intuito de obter para si e para outrem, vantagens decorrentes da adjudicação do objeto da licitação”, afirma a peça enviada ao judicário que resultou na Operação Anarriê.
Isso foi descoberto através de uma análise dos áudios interceptados por meio de escutas telefônicas que colocam Gustavo Rosado em situação delicada. “Confirma-se, à clarividência, que o investigado JERÔNIMO GUSTAVO DE GÓIS ROSADO, na condição de Secretário Municipal de Cultura de Mossoró, controlava uma sofisticada organização para operacionalizar o desvio de recursos públicos no âmbito da Secretaria”, afirma o MP.
As escutas apontam, segundo o MP, que Tárcio e Gustavo se revezavam nas ordens aos demais integrantes do grupo. Assim aponta um dos trechos sobre a formulação de um aditivo inclusos na peça:
“(…) GUSTAVO DIZ PARA TACIO QUE ELE FICOU DE REFORMULAR A DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DO ADITIVO DE TACIO (…) GUSTAVO pergunta se TACIO passa amanhã e Tacio diz que termina ele hoje mesmo e diz que teve que fazer umas modificações, MAS QUE ELE (ADITIVO) ESTÁ PRONTO, diz que foi só para ter mais organização no “negócio” e Gustavo diz que Tacio então entrega amanhã e Tacio confirma (…) Tacio então pede para Gustavo dá uma forçada de barra com Emanuel e a Riomar, que Tacio pediu desde domingo, que Tacio precisa das notas e GUSTAVO PERGUNTA QUAIS SÃO AS NOTAS E TACIO DIZ QUE SÃO AS NOTAS DE COMÉRCIO (…)”.

A peça conclui que Gustavo Rosado que está preso no Centro de Detenção Provisória de Apodi é o chefe e mentor de uma “trama delituosa”: “Na verdade, os dirigentes da empresa vencedora do certame, Gondim & Garcia, só tomavam as decisões em conjunto com o investigado JERÔNIMO GUSTAVO DE GÓIS ROSADO. INÚMERAS CONVERSAS INTERCEPTADAS DEMONSTRAM QUE TODAS AS PRÁTICAS ILEGAIS PASSAVAM PELO CRIVO DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA DE MOSSORÓ, AUTÊNTICO CHEFE E MENTOR DA TRAMA DELITUOSA”.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto