Tudo bem. Usar a analogia do mito de Sísifo não é algo tão original, mas para o caso da ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSDB) está valendo, principalmente quando se trata da relação dela com o rosalbismo.
Não é de hoje que o grupo dela contribui com a hoje prefeita Rosalba Ciarlini (PP) sem receber o esperado em troca.
Na lenda grega de Sísifo ele é punido pelos deuses para rolar uma pedra de mármore até o topo de uma montanha. Quando está chegando no cume a pedra rola e ele precisa fazer tudo de novo pela eternidade.
Vejo no caso de Larissa e seu grupo em relação à aliada uma situação semelhante em que a história se repete.
Em 2006 a pedra rolou para o grupo de Larissa não atrapalhar Rosalba que tentava uma vaga para o Senado. O grupo dela não fez campanha em prol do aliado Fernando Bezerra e sem isso a então candidata do DEM não chegaria aos 83% de votos válidos na capital do Oeste.
Em 2010 a pedra rolou para cima com o grupo de Larissa não atrapalhando Rosalba a atingir 84% dos votos válidos em Mossoró na disputa pelo Governo do Estado.
Nas eleições de 2012, Larissa alimentou o sonho de receber o apoio da então governadora Rosalba Ciarlini, mas a pedra rolou para baixo.
Assim como em 2016 quando Larissa retirou uma pré-candidatura que estava e segundo lugar nas pesquisas com a esperança de indicar o vice ou ela mesma ocupar o posto naquela que seria a chapa vitoriosa. O grupo acabou preterido pela desconhecida Nayara Gadelha.
Agora o trabalho de Larissa foi subir a pedra para colocar em cima da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arena das Dunas cuja suspensão teve papel decisivo dela. A se confirmar perspectivas de Jorge do Rosário (PL) ser o vice de Rosalba mais uma vez a ex-deputada terá trabalhado em vão como Sísifo.
A compensação na mitologia era se manter vivo com o trabalho repetitivo. Talvez politicamente a analogia surrada se reproduza mais uma vez.