Maioria dos deputados do RN tem avaliação negativa na agenda ambiental

Nos quatro anos da legislatura 2015/19 seis dos oito deputados federais do Rio Grande do Norte tiveram avaliação negativa nas pautas ambientais. É o que mostra o estudo do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB) divulgado hoje.

Somente Zenaide Maia (na época no antigo PR) e Rafael Motta (PSB) tiveram avaliação positiva. Dos 513 deputados eles ficaram respectivamente na 123° e 102° lugares.

Os demais parlamentares tiveram avaliação negativa em questões da agenda ambiental. Os piores desempenhos foram de Fábio Faria (PSD) e Felipe Maia (DEM) que ficaram respectivamente 407° e 400° lugar.

O Mossoronse Beto Rosado (PP), avaliado negativamente, ficou em 398° lugar.

Os pesquisadores da OLB avaliaram critérios de engajamento dos parlamentares em relação a agenda ambiental levando em consideração temas como relatorias de projetos, emendas, discursos, votos, etc. “O método do ranking OLB mede tanto como o parlamentar se posiciona, quanto a intensidade de seu engajamento. Assim, é possível observar não apenas as preferências programáticas dos congressistas, como o quanto efetivamente atuam em sua defesa.  Inicialmente dividimos todos os deputados de cada estado apenas segundo seu posicionamento. Ou seja, se atuaram a favor da agenda de redução das emissões de gases de efeito estufa ou de adaptação aos impactos da mudança do clima (atuação positiva) ou se contrário à mesma (atuação negativa). Partindo desses dados, calculamos o percentual de parlamentares com atuação negativa para cada unidade federativa”, justifica o estudo assinado pelos pesquisadores Leonardo Martins Barbosa, João Feres Jr, Júlio Canello e Fernando Meirelles.

Eles contaram com a colaboração entre o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (NECON) e o Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), ambos do IESP-UERJ.

Estados

O Espírito Santo foi o único Estado cuja maioria dos parlamentares atuaram a favor da agenda ambiental. No Sergipe houve empate. Nos demais, a bancada de atuação negativa superou a de atuação positiva.

Os oito estados líderes em atuação negativa são integrantes do cinturão da fronteira agrícola brasileira, que avança do Centro-Oeste sobre a Amazônia e para estados ao norte, como Piauí e Tocantins.

São eles: Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, Amazonas, Goiás e Amapá.

Abaixo o ranking:

Tabela 1. Bancadas estaduais divididas segundo atuação no ranking “Mudanças Climáticas” na legislatura (2015-2018)

UF Deputados de atuação positiva Deputados de atuação negativa % Atuação negativa
Tocantins 0 8 100%
Mato Grosso 1 7 88%
Piauí 1 7 88%
Rondônia 1 7 88%
Roraima 1 7 88%
Amazonas 1 5 83%
Goiás 3 13 81%
Amapá 2 6 75%
Distrito Federal 2 6 75%
Rio Grande do Norte 2 6 75%
Santa Catarina 4 11 73%
Alagoas 2 5 71%
Pernambuco 6 14 70%
Minas Gerais 17 34 67%
Paraíba 4 8 67%
Paraná 10 20 67%
Pará 6 11 65%
Maranhão 6 10 63%
Rio de Janeiro 17 26 60%
São Paulo 28 38 58%
Acre 3 4 57%
Bahia 15 20 57%
Mato Grosso do Sul 3 4 57%
Ceará 9 11 55%
Rio Grande do Sul 13 14 52%
Sergipe 4 4 50%
Espírito Santo 6 4 40%

 

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