O canteiro de Rosa vira um jardim de impostos num oásis de paciência do povo

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Um ano difícil, mas sem maiores desgastes. Essa frase resume bem o ano da prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Mas o desgaste deveria ser muito maior se o povo de Mossoró mantivesse o espírito cidadão dos tempos de Francisco José Junior.

A mídia, via de regra, abandonou o estilo vibrante e fiscalizador do passado recente. Foram poucas denúncias, o povo se manifestou apenas em escassas postagens nas redes sociais.

Nada que se compare com o surto de cidadania do passado. O primeiro ano de governo foi um oásis de paciência.Betinha e Rosalba

Isso favoreceu a “Rosa”. Assim ela pôde iniciar o ano pagando o mico do ano anunciando para a amiga Betinha que Mossoró teria voos comerciais. A promessa não se cumpriu e nem era da prefeita, mas do governador.

Rosalba foi poupada.

Na Câmara Municipal ela fez o que quis. Escolheu quem seria governo e oposição bem ao estilo Carlos Augusto Rosado de fazer política. Na casa legislativa fez barba, cabelo e bigode aprovando a taxação de serviços de manicure e cabeleireiros. A base dela jura que não é bem assim.

O Canteiro da Rosa foi regado com muita água via aumentos que chegaram a 300% no IPTU. O povo de Mossoró aceitou resignadamente. Poucas foram as reclamações. A prefeita, claro, disse que não era bem assim e jogou a culpa em Francisco José Junior que encomendou o estudo que proporcionou aumento do tributo.

A passagem de ônibus subiu sem que os usuários fizessem protestos. Não teve pau de arara, só pau em cima de quem não tem transporte particular.

A prefeita foi eleita garantindo que fez e saberia fazer mais. Assumiu o cargo prometendo cortar 50% dos cargos comissionados num decreto que se autodesmentia. Não era bem assim, né? Os cortes excluíam diretores de escolas e unidades básicas de saúde. No fim das contas foram mais de 500 comissionados e nem mesmo ela sabia mais dizer quantos foram nomeados. O Ministério Público questiona o cumprimento do decreto.

A necessária Secretaria Municipal de Cultura foi recriada ampliando os quadros. Tudo bem confuso e não esclarecido. Até aqui a promessa do Rio Branco 2.0 da campanha não foi cumprida. A Praça da Convivência está aos cacos. Sem contar que o Mossoró Cidade Junina foi feito “nas coxas” como nos tempos silveristas.

A prefeita ainda suspendeu as cirurgias eletivas por quase todo o ano de 2017 e se viu envolvida num jogo de informação e contrainformação quanto ao número de procedimentos realizados após o retorno do serviço. Isso sem contar que os problemas do antecessor seguiram como a falta de medicamentos e médicos.

Um retrocesso com as digitais da prefeita foi a retirada das cirurgias ortopédicas da UPA do Belo Horizonte. Não teve protesto, mas aconteceu.

O ano se encerrou com o polêmico projeto que prevê a inclusão no SPC e Serasa dos cidadãos que atrasam impostos. A prefeita explica que não é bem assim mais uma vez.

A indústria da multa nunca esteve tão em alta como nesse primeiro ano de gestão. Até multa para quem dirigia “curioso” teve.

Na segurança Rosalba fechou as BICs sem anunciar. Ficou por isso mesmo. Sempre considerei duvidosos os resultados desse serviço, mas o fato é que Mossoró teve 249 homicídios em 2017. Um estouro no recorde anterior que era de 217. A prefeita teve culpa no cartório, mas encerrou o ano com mais um mico “padrão Betinha” tentando dizer que as tropas federais vieram graças a um pedido dela quando na verdade quem solicitou foi o governador Robinson Faria (PSD), única autoridade com prerrogativa constitucional para isso.

De positivo, a folha de pessoal em dia com alguns pagamentos fora do mês trabalhado. Mas alguns servidores alegam que não é bem assim…

As terceirizadas seguiram no destino trágicos de pais de família que passam necessidades. Mas a prefeita anunciou que pagou mais de R$ 20 milhões as empresas. Mas o rombo segue.

A quarta passagem de Rosalba pela Prefeitura de Mossoró é um reencontro com a governadora. O primeiro ano da prova dos nove para saber se ela é a gestora mítica das vacas gordas ou a ineficiente chefe do executivo estadual deixou um saldo negativo. Ela não foi bem.

Quem sabe com o caixa cheio graças ao aumento de impostos e indústria da multa no trânsito a todo vapor traga algum alento a uma gestão que não disse a que veio, ainda.

O canteiro da rosa virou um jardim de impostos no oásis de paciência do eleitor mossoroense.

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