O problema não é receber o MST

Um chefe de executivo dialogar com líder de movimento social deveria ser algo norma. No RN é motivo para gritaria na Internet (Foto: Instagram de Fátima Bezerra)

A governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu o líder do MST João Pedro Stédle. A gritaria foi grande. Antes já tinha acontecido outra gritaria, esta com ares racistas, porque a petista tinha recebido o pessoal das religiões afro-brasileiras.

Quando se elege um governo de esquerda é uma certeza de que as portas dos palácios governamentais serão abertas para os movimentos sociais.

Nos governos de direita esses movimentos são vistos como “caso de polícia”. O diálogo não acontece.

Quando um governo de direita se elege as portas são abertas aos empresários e líderes religiosos.

A diferença é que num governo de esquerda as portas se abrem para esses também.

O certo é o governo dialogar com todos os setores da sociedade e não com quem tem afinidades ideológicas.

Tenho minhas reservas em relação a alguns métodos do MST, mas a importância do movimento é inegável.

Não passo pano erros aplicados pela governadora Fátima Bezerra como no caso do descumprimento da ordem cronológica da folha de servidores e a defesa falaciosa de que a redução dos índices de violência são conquistas deste governo.

Mas um avanço positivo é inegável: o governo abriu a porta para todos. Na quinta-feira, Fátima esteve com o líder do MST do mesmo jeito que no dia seguinte se reuniu com empresários em evento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Natal.

O certo é um governo só receber empresários ou dialogar com todos os segmentos? Prefiro a segunda opção.

E você?

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto