Na minha vivência como jornalista da área política adoto a estratégia de ouvir o povo. Vou ao restaurante chique e ao boteco da esquina. Gosto disso. É assim que capturo a média do pensamento mossoroense.
Outra prática que faço questão de manter é o do intenso diálogo com o público nas redes sociais.
Com base nisso posso afirmar sem medo que há em Mossoró um sentimento de que a cidade precisa de um nome novo. O eleitor tem em Rosalba Ciarlini (PP) uma alternativa conservadora na base do chavão “ela foi uma péssima governadora, mas uma boa prefeita”. Ignora-se nesse contexto o fato dela ter sido reprovada num momento de dificuldades e aprovada na bonança.
Mas talvez isso esteja no inconsciente coletivo de quem cobra uma novidade. Há quem pense: “se Silveira não deu certo vamos tentar outro nome diferente”. É o que ouço com frequência.
Nessa ótica percebemos que a necessidade de um “gerentão” à frente do município. Pelas minhas pesquisas assinalo que o último gestor com esse perfil foi João Newton da Escóssia (1977/82) que acompanhava de perto até poda de árvore e não tinha medo de tomar medidas impopulares nem se preocupava com a mídia.
Onde encontrar alguém com esse perfil? O projeto dos empresários poderia responder essa pergunta. São três nomes cotados: Jorge do Rosário, Sebastião Couto e Michelson Frota. O terceiro corre por fora, diga-se.
Conheço um pouco da história dos dois primeiros. São pessoas que vieram da pobreza para o sucesso e poderiam usar os conhecimentos de gestão para tirar Mossoró da crise.
Cada um deles possui virtudes e defeitos para uma disputa política. O projeto é visto como algo positivo, mas esbarra na desconfiança de quem acha que eles vão “nadar, nadar e morrer na praia”.
Neste momento o projeto precisa mostrar unidade e encontra dificuldades para manter-se com todos os integrantes. O surgimento do “novo” depende de como Jorge, “Tião” e Michelson vão conduzir as articulações a partir de agora.