Obras do Teatro Lauro Monte se arrastam há quatro anos por atrasos em pagamentos

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Fechado há oito anos, o Teatro Monte Filho tem obras de recuperação que se arrastam há quatro anos que paralisaram seguidas vezes por falta de pagamento do Governo do Estado.

A A&C Construções venceu a licitação no segundo semestre de 2012 e começou a obra em setembro daquele ano. O proprietário da empresa Cláudio Escóssia relata uma via crucis para receber o dinheiro pelos serviços prestados.

Ele relata que assim que venceu a licitação começou a obra em plena campanha eleitoral daquele ano. “Começamos de imediato com a parte de demolição e limpeza porque era muito sujo lá dentro. Tentamos espantar os pombos e o morcegos que estavam saindo aos poucos”, frisou.

O principal serviço que era a parte de drenagem porque o teatro está em cima do lençol freático. “Instalamos as bombas para evitar que a água suba”, acrescentou.

Até a terceira fatura foi paga sendo que a última demorou sete meses para ser quitada. “Fizemos a quarta e a quinta que foram pagas já com quase um ano de atraso. Já tínhamos trocado o telhado e colocado o piso de granito. Muita coisa tinha sido feita”, lembrou.

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Diante dos constantes atrasos a obra terminou os atrasos. Em 2014, perto das eleições, Kátia Pinto então secretária estadual de infraestrutura e Isaura Amélia procuraram a A&C Construções para retomar as obras. “Diziam para eu mandar as faturas argumentando que o dinheiro estava escutando a conversa. Falaram que tinha R$ 500 mil para retomar a obra sendo que eu tinha mandado naquele dia uma fatura de R$ 216 mil. Retomei a obra, mas o dinheiro que que ‘estava ouvindo a conversa’ nunca falou. Não pagaram”, declarou.

Além disso foi enviada uma fatura de R$ 38 mil que nunca foi paga. “Durante todo esse período deixamos um vigilante 24 horas e fiquei mandando correspondências para o Estado”, declarou.

Já no governo Robinson Faria (PSD) foram feitas várias reuniões e ficou acordado que a dívida estava na ordem de R$ 384 mil. O Estado que rescindir o contrato porque vai fazer a obra com recursos do RN Sustentável que não permite que se coloque recursos em obras em andamento. “Há um ano propuseram um parcelamento de 10 vezes e nunca colocaram para a frente”, frisou.

O problema seguiu na gestão do governador Robinson Faria (PSD). “Eu estou sendo obrigado a fazer distrato, mas terei que judicializar essa questão e se eu entrar na Justiça eles não podem fazer uma nova licitação. Só faço o distrato se me pagarem”, declarou.

Agora a nova presidente da Fundação José Augusto Isaura Amélia Rosado tem concedido entrevistas em que afirma vai fazer o distrato (rescindir) o contrato. “Ela tem duas alternativas: fazer de forma bilateral ou na justiça”, lembrou Cláudia Escóssia.

Veja AQUI a última entrevista de Isaura Amélia sobre o assunto.

 

 

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto