Pesquisa Certus acende alerta na campanha de Fátima

Os 46,17% conquistados por Fátima Bezerra (PT) nas urnas se converteu 53,62% de intenções de voto conforme a pesquisa do Instituto Certus encomendada pela FIERN. Já Carlos Eduardo Alves (PDT) que teve 32,45% foi para 46,38%.

Lógico que o resultado do pleito é 100% confiável e a pesquisa nos dá uma noção do cenário sem garantia de precisão total. Em termos metodologia é uma comparação questionável, mas de uma forma ou de outra temos um quadro inegável de crescimento de Carlos Eduardo.

Não chega a ser surpresa que ele receba automaticamente 100% dos votos antipetistas desferidos a outros candidatos na disputa pelo Governo do Estado. O que espanta é ele crescer o dobro de Fátima tornando a eleição em aberto e flertando com o empate técnico.

Para Fátima é um alerta significativo.

A petista recebeu dezenas de apoios e isso foi pouco massificado tendo uma semana amplamente favorável, mas mal explorada em termos de ocupação de espaços.

No horário eleitoral, ela se recusa a adotar de forma contundente o discurso contra as oligarquias enquanto Carlos Eduardo abraça o antipetismo como se fosse antipático ao partido de primeira hora.

O assunto até foi explorado hoje de forma discreta e utilizando o candidato derrotado ao Senado Alexandre Motta (PT).

Tudo bem que no passado Fátima já foi parceira de todas as oligarquias e teve o apoio dos Alves na eleição para Prefeitura de Natal em 2008, mas Carlos Eduardo não se importa com o passado de “parça” do PT e agora é Bolsonaro “desde criança”.

Carlos que está num palanque de derrotados em nível de Rio Grande do Norte encontrou na empolgação da militância bolsonarista o oxigênio que tira a campanha dele da UTI eleitoral.

Já Fátima insiste numa tática de “paz e amor” em meio a um ambiente de guerra verbal. Se acordar tarde demais pode ser engolida pela onda bolsonarista que a contragosto deixa de lado a antipatia com os oligarcas para derrotar o inimigo maior: o PT.

Uma autocrítica a campanha de Fátima se faz necessária. Carlos Eduardo torce que isso não ocorra.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto