PM encara quadro de desmoralização junto à sociedade ao voltar a bater em servidores

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É consenso na sociedade que a Polícia Militar faz muito com o pouco com as precárias condições de trabalho historicamente lhe dada. Prova disso foi a mobilização de todos os potiguares em defesa dos policiais que cruzaram os braços por causa dos salários atrasados. Isso foi fundamental.

O problema é que existem outras categorias tão importantes quanto a PM como os professores da UERN e os servidores da saúde. Ambas são desprezadas pelo governador Robison Faria (PSD). Sobre esse assunto (ver AQUI) eu já escrevi.

A questão é o fato de essas duas categorias terem se solidarizado com a luta dos PMs que chegou a situações dramáticas. Estava na cara que esse apoio não seria retribuído.

Agora, por questões que vão além da própria vontade dos policiais (como a hierarquia, por exemplo), os agentes repressores do Estado voltaram a bater nos servidores. O triste episódio aconteceu hoje pela manhã quando manifestantes foram impedidos de entrarem na Assembleia Legislativa para, democraticamente, pressionarem os deputados estaduais a votarem contra o “pacote de maldades” que Robinson Faria apelidou de “RN Urgente”.

Os PMs que há uma semana diziam cruzar os braços por falta de estrutura de repente estavam lá com escudos, bombas de efeito moral e spray de pimenta. Este último uma marca registrada do atual governador. São as condições de trabalho sempre presentes na hora de bater em trabalhador.

Como era de se esperar a categoria que resolveu parte dos próprios problemas agora vai lutar contra as que não resolveram e sofrem com situações dramáticas também. Não adianta explicar que existe hierarquia que os obrigam a cumprir ordens porque é o que acontece na prática.

Robinson fez a sua escolha e com ela jogou trabalhador contra trabalhador. Nesse episódio o governador também perde também, mas puxa a PM junto com ele para a zona de rebaixamento do campeonato da moral.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto