Profecia da união dos Rosado pode se concretizar, mas num cenário diferente do imaginado

DSC_0091

Nas rodas de conversa sobre política mossoroense vez por outra se profetiza a união política da família Rosado dividida em 1985 após um longo processo de desgaste político que só se tornou perceptível ao público em 1988.

Os profetas sempre afirmavam que os Rosado se uniriam no dia que aparecesse uma liderança capaz de ameaça-los. Quem pensa assim trabalha com a tese equivocada de que eles se “dividiram para somar”, trocando em miúdos foram cada um para seu canto para ocupar os espaços de oposição e situação. Na verdade, esse raciocínio confunde causa com efeito. O resultado dessa divisão política provocou essa ocupação de espaços, mas não aconteceu pensando nisso.

A divisão dos Rosado foi um longo processo político que passa pela conjuntura nacional e estadual. Esse assunto eu abordo em minha dissertação de mestrado que pretendo em breve transformar em livro.

Mas voltando ao tema desse artigo. A divisão dos Rosado não é motivada pelo surgimento de uma liderança capaz de ameaça-la. Essa liderança até surgiu, mas hoje amarga uma impopularidade na casa dos 80%.

A união, caso se concretize, será sob a justificativa de que estão se unindo para reconstruir Mossoró. Mera retórica para conquistar a compreensão das militâncias que há 31 anos trocam farpas, chegam às vias de fato e se “intrigam”.

O entendimento político será fruto da autodestruição promovida nas eleições de 2012 que provocou a implosão dos Rosados que naquele ano ocupavam vaga na Câmara Municipal, a Prefeitura de Mossoró, o Governo do Estado, tinha dois deputados estaduais e dois federais. Era o auge político. Após o estrago sofrido pela família após judicializar a política, restaram três mandatos de vereador (Lairinho, Vingt-un Neto e Alex Moacir que é casado com uma Rosado) e um de deputado federal. Muito pouco para o que a família tinha há quatro anos.

Se a união acontecer será pelas dificuldades financeiras dos dois ramos principais da família que não suportariam uma nova polarização que ensejaria radicalismo e um custo maior para a campanha política.

Sem as máquinas estadual e municipal tornariam os gastos de campanha insuportáveis para a família que pode em breve voltar a ser chamada de “Grupo Rosado” como em meados dos anos 1980.

Comments

comments

Reportagem especial

Canal Bruno Barreto