Quando uma escola dá aula de preconceito

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A semana tem sido marcada em Mossoró pelo impedimento de um aluno entrar com um vestido na Escola Estadual Ainda Ramalho. O caso logo ganhou repercussão como gesto de homofobia.

A escola até deu uma justificativa razoável. A de que a saia era curta demais. Mas será que realmente foi isso? Não seria uma homofobia enrustida. Afinal de contas vivemos numa sociedade onde é comum as pessoas abrirem a boca para vomitar a seguinte pérola: “Não sou preconceituoso, mas não acho normal um homem dormir com outro”. Quem nunca ouviu isso?

No fundo houve sim um ato de homofobia no gesto. Nunca ouvimos falar de uma garota impedida de entrar na escola por usar saia curta. Simples assim.

Detalhe: o fardamento na Escola Aida Ramalho não é obrigatório.

Fato é que vivemos em uma sociedade que não aprendeu a respeitar os LGTB (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais).

Uma escola tem que ser um templo do conhecimento, um lugar onde se aprende o respeito à diversidade… Não é educativo impor o preconceito.

Cá desse espaço torço que o jovem em vez de ficar traumatizado com o acontecido ganhe força para se tornar um símbolo da luta contra o preconceito na sociedade mossoroense.

Rever os conceitos é um bom caminho para quem acha que um homossexual é um “anormal”. Anormal é o seu preconceito.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto