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Jean afirma que objetivo é criar um ecossistema de energia eólica offshore no Rio Grande do Norte

Nos próximos anos, o Rio Grande do Norte deve se tornar uma das principais localidades para o estudo e desenvolvimento de tecnologias voltadas para a instalação de parques eólicos offshore no país. A afirmação foi feita pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante coletiva realizada na sexta-feira (16) para detalhar como a companhia continuará suas operações no estado.

“Nós queremos criar um ecossistema voltado para a eólica offshore aqui. Pretendemos gerar as condições para que as pessoas que trabalham, estudam e as empresas que estão interessadas nesse mercado possam conviver no Rio Grande do Norte, o que gerará benefícios para todos os envolvidos”, afirmou Jean Paul Prates.

A sede da companhia no estado, situada na Cidade da Esperança em Natal, irá abrigar parte das atividades da Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, liderada por Mauricio Tolmasquim, que defendeu que as operações de eólica offshore são estratégicas para a Petrobras. “Se você está preso ao presente, você perde oportunidades. Fazer política e estratégia é olhar além e eu acredito que daqui a alguns anos a eólica offshore será produzida com preços muito mais baixos do que hoje. Nós não podemos ficar para trás”, disse Tolmasquim.

Além dos representantes da Petrobras, participaram da coletiva o Presidente da Federação das Indústrias do RN, Amaro Sales, e o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello. A coletiva ocorreu após evento realizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) para marcar a assinatura de um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil.

“Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética justa. A Petrobras está caminhando com diligência, mantendo foco em operar de forma sustentável. Ao mesmo tempo avançando na descarbonização e atenta às oportunidades de ampliar sua atuação em novas matrizes como os combustíveis com conteúdo renovável, energia eólica e solar”, ressaltou Prates.

Indústria Petrolífera tem vantagem comparativa no mercado

“Não há uma competição entre eólica offshore e eólica onshore, porque os investidores são diferentes”, explicou Tolmasquim, quando questionado sobre o impacto da exploração da modalidade offshore no país. O diretor destacou ainda que, embora o preço da energia produzida pelas eólicas offshore tenha custo maior atualmente, a tendência é de queda, como ocorrido com outras modalidades como a solar e a eólica onshore.

“Hoje pode ser que o preço da eólica offshore seja caro, mas a tendência é cair.  No Brasil, a eólica offshore faz muito sentido, porque o Brasil tem um extenso conhecimento no trabalho em mar, principalmente com petróleo. Temos equipamentos que são comuns, tem expertise que pode ser compartilhada, então para a empresa petrolífera explorar offshore é diferente de outras empresas, ela tem uma vantagem comparativa e existe uma sinergia com a atividade dela”, afirmou durante a coletiva.

O presidente da FIERN, Amaro Sales, destacou durante a coletiva as oportunidades que podem surgir para a indústria nacional a partir da instalação de parques eólicos offshore. Ele entende que os benefícios podem ser verificados por duas vertentes: inicialmente, através da produção de materiais e da geração de empregos para a construção e produção de componentes para a instalação dos parques; após esse período, com a geração de energia mais barata que poderá ser consumida pela indústria.

Fonte: Agência Petrobras

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Petrobras e Senai assinam protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética

A Petrobras e o Senai-RN assinaram, nesta sexta-feira (16.06), um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil. Um dos possíveis desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira.

A iniciativa contempla os esforços da companhia nas áreas de energia renováveis, descarbonização e transição energética. O documento estabelece ainda o compromisso da criação de um Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) de referência para pesquisa e desenvolvimento desses setores.

A assinatura do documento ocorreu em evento realizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, em Natal, que contou com as presenças do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, do senador Davi Alcolumbre, do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales de Araújo; do diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello; e da governadora Fátima Bezerra.

– Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética justa. A Petrobras está caminhando com diligência, mantendo foco em operar de forma sustentável. Ao mesmo tempo avançando na descarbonização e atenta às oportunidades de ampliar sua atuação em novas matrizes como os combustíveis com conteúdo renovável, energia eólica e solar – afirmou o Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

Dados preliminares de um estudo conduzido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sugerem que o potencial do recurso solar do Amapá é equivalente a regiões do Brasil onde já existem empreendimentos de grande porte instalados, seja na medição anual como sazonal. A região já é estudada desde 2015, quando Petrobras e SENAI-RN descobriram o potencial eólico offshore da bacia Rio Grande do Norte – Ceará. A parceria pode contribuir para ampliar a segurança energética dos estados e evitar, por exemplo, episódios como o de 2020, quando o Amapá enfrentou 22 dias de interrupção de energia elétrica, causada por fortes chuvas e descargas atmosféricas, que afetou cerca de 90% da população.

– Essa parceria abre perspectivas para a criação de um ambiente de discussão estratégica para o Brasil sobre temas em que o país caminha para alcançar cada vez mais destaque aos olhos do mundo. É um contexto de muita demanda por energia limpa, por transição energética, por eficiência energética e descarbonização em todos os níveis. Analisamos como muito oportuna essa união de esforços do SENAI e da Petrobras em busca de cada vez mais expertise e competitividade nessa direção”, diz o diretor do SENAI RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.

Além disso, a Margem Equatorial Brasileira apresenta grande diversidade fisiográfica e meteorológica e é considerada uma região de interesse estratégico para o país.

– Estamos avaliando muitas possibilidades visando a descarbonização das operações na Petrobras. Recentemente firmamos parceria com a Equinor para estudos relacionados à instalação de parques eólicos offshore na costa de seis estados, alguns deles aqui na região da Margem Equatorial. Acredito que o protocolo assinado hoje, permitirá ampliar ainda mais o leque de oportunidades. A Petrobras tem buscado novos parceiros para futuros projetos – explicou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

A Petrobras busca integrar as operações de exploração e produção a novas fontes de energia, formando um ecossistema. Na prática, os novos projetos incorporam, em todo ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono.

O potencial brasileiro é estimado em 700 GW em locações offshore com baixa profundidade – um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo –, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME).

– O Brasil tem uma matriz energética extremamente limpa, diversa e competitiva. E, para o Sistema Indústria do Rio Grande do Norte, por meio do SENAI  e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, participar da criação de um ambiente que discuta tudo isso e contribua para o progresso do Brasil significa buscar o verdadeiro desenvolvimento e a concretização de novas oportunidades no horizonte para o país e também para o estado, que já é líder na geração de energia eólica em terra e tem se mostrado com um grande potencial também no offshore”,  afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte e do Conselho Regional do SENAI-RN, Amaro Sales de Araújo.

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FIERN tenta tomar iniciativa para reforma da previdência estadual

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Escolha de secretário é elogiada pela FIERN

A escolha do ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante Jaime Calado para ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi elogiada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN).

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte cumprimenta a governadora eleita, Fátima Bezerra, pela escolha do ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, como futuro titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico.

Jaime Calado tem larga experiência na gestão pública, já tendo sido, dentre outros cargos, Diretor da Fundação Nacional de Saúde, Presidente da CAERN e, durante oito anos, prefeito de São Gonçalo do Amarante. Como gestor municipal foi sempre atento ao diálogo com as instituições representativas dos empreendedores potiguares e muito qualificado para discutir e encaminhar projetos na área do desenvolvimento econômico.

Diante dos desafios que precisaremos enfrentar, para resgatar o Estado da gravíssima crise que atravessa, é muito importante que o diálogo seja exercido com insistência e exaustão a favor do Rio Grande do Norte, o que também tem sido enfatizado pela nova Governadora e sua equipe, posicionamento muito bem recebido pelo setor produtivo potiguar.

Desejamos ao futuro secretário êxito no novo desafio e nos colocamos à disposição para contribuir no que estiver ao nosso alcance para ajudar o nosso estado a retomar o rumo do desenvolvimento.

 

Amaro Sales de Araújo

Presidente do Sistema FIERN

 

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Heróis da resistência

Por Amaro Sales de Araújo*

Apesar do Estado, a indústria nacional industrializou o Brasil. Sobreviveu, cresceu, e ajudou a transformar o país numa potência econômica no cenário internacional. Impossível se pensar no Brasil atual, sem reconhecer, em todas as áreas este legado.

Os industriais nacionais resistiram a inúmeros planos econômicos desastrosos; a inflações estratosféricas; ao cerco das licenças ambientais; medidas regulatórias e fiscalizações draconianas; ao chamado “Custo Brasil”; à burocracia (chegamos ao ponto de ter um “Ministério da Desburocratização”!), e ajudaram a inscrever o país como oitava economia do mundo. Infelizmente, muitos ficaram pelo caminho.

No entanto, apesar do generalizado ambiente hostil aos negócios, o setor empresarial nacional tem avançado. Os números mostram a pujança e importância deste segmento para a economia. A indústria, como um todo, representa 18,5% do PIB (1,2 trilhão de Reais); responde por 51,3% da receita de exportação (111,7 bilhões de dólares); por 68% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e por 32% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias).

Para cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,32 na economia como um todo. Nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,67 na agricultura e R$ 1,51 nos comércio e serviços. A indústria contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira; emprega 9,4 milhões de trabalhadores; e é de 20% sua participação formal no país.

Nesse contexto, chama atenção a força, coragem e criatividade do microempreendedor. O país conta hoje com 11.835.084 empresas ativas. Desse total, 99% são Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e MEIs. As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (19 milhões).

Este ano, apesar da crise, o número de empresas optantes pelo Simples chegou a 11,4 milhões, sendo 6,6 milhões de MEI e 4,8 milhões de ME e EPP. Segundo dados do Sebrae este ano, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) criaram 330 mil postos no período de 2017.

Somente o desconhecimento desses números pode levar alguém a diminuir a importância desse segmento para o país e menosprezar a epopéia em que se transformou ser empresário no Brasil.

Costuma-se dizer, com razão, que “O Brasil não é para amadores”. Os empresários que o digam! Esses anônimos “heróis da resistência” tem resistido como podem e jamais se negaram a dar sua contribuição para desenvolver o país.

Não defendemos privilégios para este ou aquele setor específico, mas regras claras e ambiente de negócio favorável. Defendemos, sim, a Democracia liberal e a livre iniciativa, aliás, cláusulas previstas na nossa Constituição, e imprescindíveis ao Capitalismo sustentável e com responsabilidade social.

O setor industrial é um grande termômetro da nossa economia. Se ele vai mal, a economia sofre, se ele vai muito bem, a economia avança. Não existe mágica para o país retomar o rumo do crescimento. As “invenções da roda” tentadas tantas vezes na economia todos sabemos como acabaram.

Todos os países têm política industrial. Têm uma estratégia para fortalecer seu setor industrial. É só observar como os governos dos Estados Unidos e da China cuidam dos seus respectivos setores industriais. O Brasil também deve tê-la, sempre que possível de forma horizontal, e, claro, podem existir mecanismos, que podem constantemente ser avaliados e ajustados.

Nesse momento de transição governamental, é necessário bom senso, humildade e diálogo para juntos construirmos o Brasil que todos queremos. Independente de quem seja o presidente ou os ministros, temos que produzir, gerar emprego e renda para manter a máquina pública funcionando.

Juntos e voltados para os mesmos objetivos, podemos fazer um país melhor para todos; desunidos e sem rumo não chegaremos a lugar nenhum.

* É presidente da FIERN (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte) e do COMPEM/CNI (Conselho da Micro e Pequena Empresa)

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Agenda Potiguar 2019-2022

Por Amaro Sales de Araújo*

Em 2005, o Rio Grande do Norte era o estado melhor posicionado, em condições gerais de vida, entre todos os estados do Norte e Nordeste do país, ocupando o 12º lugar entre os estados brasileiros. Era também o 3º mais seguro. Hoje, tornou-se o campeão nacional na violência e apresenta um dos menores índices de dinamismo econômico do Brasil (www.desafiosdosestados.com.br).

Esta perda de dinamismo foi diagnosticada desde 2014 pelo Plano “Mais RN”, que propôs um pacto político e social de todos para melhorar o estado. Infelizmente este Pacto não aconteceu e a trajetória de declínio se acentuou. E o pior ainda pode acontecer: se nada de novo for feito, até 2022 corremos o risco de cair para a 23ª posição entre os estados brasileiros, sendo ultrapassados por Rondônia, Paraíba, Roraima, Bahia, Tocantins, Piauí, Amazonas, Alagoas e Sergipe. À frente apenas do Acre, Amapá, Pará e Maranhão.

Essa trajetória preocupante não se deve à falta de potencialidades: além de ter um povo trabalhador e hospitaleiro, o Rio Grande do Norte tem potenciais muito valiosos, como energia, turismo, fruticultura, pesca/camarões, mineração, confecções, comércio, construção civil e serviços avançados. Além do bioma caatinga que as novas tecnologias produtivas estão viabilizando. Mas, essas potencialidades só serão plenamente aproveitadas, se superarmos a profunda crise fiscal e financeira do Governo do Estado e melhorarmos os serviços públicos e o ambiente para os negócios do setor privado.

É neste cenário que lideranças empresariais e especialistas, mobilizados pela FIERN, atualizaram o Mais RN e, com o apoio da Macroplan, montaram a Agenda Potiguar 2019-2022, uma proposta concreta, objetiva e realista para resgatar o Rio Grande do Norte nos próximos quatro anos, mantida a original visão de futuro do Projeto para 2035.

É uma agenda que vê os problemas e soluções de frente, mas com os pés no chão e para os próximos quatro anos, tem foco em quatro grandes desafios.

Primeiro, melhorar os serviços públicos e a infraestrutura com ênfase na continuidade e melhoria da segurança, saúde, educação, assistência e inclusão social, transportes e conectividade e recursos hídricos e saneamento.

Em paralelo, melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimentos. Sem isso, não teremos investimentos privados nem tampouco crescimento econômico que é quem gera empregos.

Para realizar os dois primeiros desafios, o terceiro que se impõe é fazer um forte ajuste fiscal e melhorar a qualidade do gasto público. Por último, mas não menos importante, será preciso por em prática uma governança cooperativa e solidária, sob a condução comprometida e exemplar do Governador eleito em 2018.

O Rio Grande do Norte tem jeito. A Agenda Potiguar mostra o caminho, com 44 metas ousadas e 180 ações prioritárias. Mas não há mais tempo a perder. É hora de união, coragem para tomar as medidas duras que são inadiáveis e assim fazer o Rio Grande do Norte voltar a ser um lugar seguro para crescer, dinâmico para prosperar e bom para viver.

* É industrial, Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI