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Mossoró x Assu: Aviões do Forró cobra R$ 110 mil a mais para tocar no Cidade Junina

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Aviões do Forró se apresenta em Assu no próximo dia 13 ao custo de R$ 220 mil, A informação está no Diário Oficial da Prefeitura da “Terra dos Poetas”.

Já em Mossoró, segundo o Jornal Oficial do Município, a mesma atração custará R$ 330 mil ao erário.

Diferença de R$ 110 mil.

A apresentação em Assu será numa quarta-feira. Em Mossoró hoje, uma quinta-feira.

A variação do cachê depende do dia da semana em que o show ocorre. Mas justifica essa diferença de R$ 110 mil entre uma quarta e uma quinta?

Abaixo os extratos dos contratos com Aviões do Forró.

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Em Assu custos da banda será R$ 220 mil
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Contrato em Mossoró custou R$ 330 mil
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Aviões do Forró e outras bandas são investigadas por sonegação de impostos

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UOL

Os 44 mandatos de busca e apreensão e 32 de conduções coercitivas deflagrados em operação da Polícia e Receita Federais nesta terça-feira, no Ceará, envolvem artistas, bandas, empresários e empresas do mundo do entretenimento.

Apesar do nome, a operação, denominada For All (para todos, ou origem de “forró”), não vai atingir apenas a artistas forrozeiros, mas de todas os estilos). A operação é só o topo do iceberg de outra investigação, antecipada pelo UOL em julho.

As chamadas “inconsistências” na declaração de Imposto de Renda de muitos artistas e seus empresários e representantes (pessoas físicas ou jurídicas) não estão batendo há anos.

Nesta terça, a banda Aviões do Forró é um dos alvos da operação. Mas ela é só o peixinho pequeno. É controlada por só um dos grupos dentro do “establishment” que controla a música comercial no país.

Quase todos os artistas do chamado “topo” comercial estão nas mãos de menos de 10 empresários em todo o Brasil, que dividiram o país em seus feudos. Qualquer artista famoso que quiser ser contratado para grandes eventos tem de passar por eles, como a um pedágio. Isso vale tanto para shows públicos como em casas noturnas e ou privadas.

Segundo fontes da Receita ouvidas por esta coluna na manhã desta terça, no caso da Aviões ou havia documentação insuficiente ou, pior,  inexistente de vários shows (representantes da banda ainda não se manifestaram).

Os valores declarados pela banda a recebedores não se confirmavam, além de uma infinidade de outras irregularidades. Há muitas outras bandas na mesma situação.

Para os especialistas da Receita, nos últimos meses surgiu o desenho de um grande esquema de corrupção, que promove lavagem e sonegação por meio da música popular brasileira.

A investigação da operação For All hoje ataca os coniventes com a sonegação. Afinal, se há empresários desonestos que querem driblar o Fisco, antes de mais nada há artistas dispostos a trocar sua suposta arte pela mania de levar vantagem em tudo. É o famosos jeitinho brasileiro.