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Reportagem

Rogério se movimenta para ter peso nas eleições de Natal, Mossoró e influir na oposição a Fátima na Assembleia

O senador Rogério Marinho (PL) sabe que tem um déficit de carisma e que em 2026 não terá a seu lado a máquina federal azeitada com orçamento secreto e o tratoraço da Codevasf, mas lhe sobra capacidade de articulação política e a fidelização do eleitorado bolsonarista.

Sem contar os fundos eleitoral e partidário do PL, além da grana dos empresários que lhe são eternamente gratos pelo empenho nas reformas da previdência e trabalhista.

O foco é conquistar o Governo do Estado e deixar no Senado o empresário Flávio Azevedo, seu suplente.

Por isso, Rogério já trabalha politicamente.

O primeiro passo foi tomar o PL das mãos do moderado João Maia, que agora está no comando do PP.

O segundo é radicalizar o partido no rumo do bolsonarismo para fidelizar um terço do eleitorado, o que lhe garante a passagem para o segundo turno. Mas para vencer as eleições é preciso mais e Rogério sabe que é necessário apoio político e estrutura. Para isso, Natal e Mossoró são fundamentais.

Na capital, a disputa está em aberto, apesar do favoritismo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD). Alves já foi prefeito quatro vezes, é malvisto pela elite política e lidera por recall, podendo ser descontruído na campanha. Há margem para a direita vencer na capital e Rogério trabalha bem para unir contendo o bolsonarismo e lançando um nome mais moderado.

Esta semana ele reuniu os nomes da direita moderada e da extrema-direita. Ficou acertada uma candidatura única na capital.

Ponto para Rogério.

Em Mossoró, a meta é mais complicada. Não há um nome viável do PL. Então o objetivo é montar uma nominata forte para a Câmara Municipal e se cacifar para reivindicar a indicação do vice do prefeito Allyson Bezerra (União).

O entrave é que Allyson tem planos para 2026, e se for disputar o Governo vai querer colocar um preposto no cargo para não correr o risco de ser traído no futuro.

Em outra ponta Rogério precisa enfraquecer a governadora Fátima Bezerra (PT) e a Assembleia Legislativa é fundamental. Hoje o PL só tem dois deputados: Coronel Azevedo e Terezinha Maia. O primeiro é um bolsonarista fanático e a segunda é uma parlamentar ligada ao grupo da senadora Zenaide Maia (PSD), uma aliada da governadora que está em crise com a petista.

Marinho precisa de mais gente e trabalha para ampliar seu poderio. Ele já acertou a ida do deputado Luiz Eduardo, que vai sair do Solidariedade. Ele também está indo para cima do PSDB, do presidente da casa Ezequiel Ferreira. Ele quer tirar de lá quatro parlamentares: José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome.

O entreve é uma resolução nacional do PSDB que proíbe a assinatura de cartas de anuência para liberar as saídas de vereadores e deputados estaduais. Aí será necessária uma briga judicial para sair do partido.

Rogério está se mexendo pensando em 2026.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 25 out 2023 – Bolsonarismo será maioria na Assembleia

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Análise

Bolsonaristas que bancaram nomeação de Ludimilla se calam após decisão do Consuni/Ufersa

O bolsonarismo que bancou a nomeação daquela ficou em terceiro lugar na eleição da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).

Agora Ludimilla Oliveira está prestes a cair com a aprovação pelo Conselho Universitário (Consuni) por 19 votos a favor e três abstenções. Ela está inabilitada ao cargo de reitora por ter o título de doutora cassado após a comprovação de plágio na tese doutorado.

Nenhuma liderança bolsonarista do Estado manifestou solidariedade à reitora. O deputado federal General Girão (PL) não tocou no assunto em suas redes sociais. O senador Rogério Marinho (PL) idem. O ex-deputado Beto Rosado (PP) seguiu na mesma linha. Eles bancaram a escolha dela e a instalação de uma crise política que dura três anos na Ufersa.

Resta a Ludimilla se apegar ao divino. O problema é que quem vai decidir é o ministro da educação Camilo Santana.

 

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Matéria

Filha de Rogério Marinho é exonerada de cargo na Prefeitura do Natal e escancara crise com Álvaro Dias

O prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos) exonerou Ana Beatriz Simonetti Marinho do cargo de chefe de assessoria de gestão estratégica do turismo.

Ana é filha do senador Rogério Marinho (PL), um velho aliado do prefeito. Mas faz tempo que os dois não se bicam.

Álvaro é chateado com Rogério por causa de promessas não cumpridas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo senador era avalista no Rio Grande do Norte (leia AQUI).

Mas conforme o Blog do Barreto apurou a saída de Ana partiu do próprio Rogério que também está chateado com Álvaro e não queria a filha no município.

Rogério deve emplacar a filha em um gabinete de deputado aliado.

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Rogério Marinho assume PL em solenidade esvaziada de lideranças do partido

Em um evento esvaziado no Hotel Roliday Inn em Natal, o senador Rogério Marinho assumiu o controle do diretório estadual do PL.

O evento não contou com a presença de dois dos quatro deputados federais do partido: Sargento Gonçalves e João Maia, este último perdeu o controle da legenda para Marinho. Estiveram presidente Robinson Faria e General Girão, dois nomes que estariam de saída da legenda. Girão, já está controlando o Podemos no RN.

Entre os três deputados estaduais do PL, só Terezinha Maia esteve no evento. Coronel Azevdo não foi assim como Neilton Diógenes que já avisou que seguirá João Maia na saída do partido.

Apesar das ausências do PL, Marinho foi prestigiados por nomes de outras legendas como os deputados federais Paulinho Freire (União) e Benes Leocádio (União), o senador Styvenson Valentim (Podemos) e os deputados estaduais Tomba Farias (PSDB), Kerginaldo Jácome (PSDB) e Luiz Eduardo (SD).

O prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) e o presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) não estiveram no evento.

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Rogério Marinho apela para frase inspirada em Lula ao lamentar inelegibilidade de Bolsonaro. Veja como os bolsonaristas do RN reagiram à derrota do ex-presidente

“Eu não sou um ser humano, sou uma ideia. E não adianta tentar acabar com as ideias”, disse Lula (PT) em abril de 2018, em discurso horas antes de se entregar a Polícia Federal para ficar mais de 500 dias presos e depois ser solto e eleito presidente pela terceira vez em 2022.

Lula sobreviveu à prisão, inelegibilidade e conseguiu provar que passou por um julgamento injusto levando à anulação das duas sentenças que impuseram dias de cárcere.

Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) confirmada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 5 x 2, condenando o ex-presidente por abuso de poder político, o bolsonarismo tenta lamber as feridas.

No Rio Grande do Norte, a principal liderança desse segmento político, o senador Rogério Marinho (PL) bebeu na fonte do discurso de Lula proferido há cinco anos para se referir a Bolsonaro.

“Pessoas podem ficar pelo caminho, mas ideias não morrem, as ideias não perecem”, disse o senador ao reafirmar o compromisso do bolsonarismo com a pauta de costumes.

Marinho disse ainda que Bolsonaro transformou a direita resgatando o “patriotismo”.

Outros

O deputado federal General Girão (PL) afirmou que a democracia faliu com o classificou de atitude revanchista do TSE. “A Inelegibilidade de Bolsonaro fere a fé que nós temos nas nossas instituições. 58 milhões de votos descartados por quem deveria zelar pelo nosso sistema Eleitoral. O Estado, o Brasil e a Democracia faliram. A insegurança Jurídica revelou toda sua face ideológica e revanchista”, escreveu no Twitter.

O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) compartilhou um meme que afirma que não foi Bolsonaro o apunhalado pelas costas, mas a democracia brasileira. “A punhalada não atingiu apenas nosso líder Bolsonaro, atingiu também as famílias, as mulheres de bem, os homens de bem, os cristãos, os patriotas e todos aqueles que sonham e trabalham diuturnamento (sic) por um Brasil melhor”, afirmou na legenda.

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL), conhecido como “Lagartão”, seguiu a linha de Rogério Marinho afirmando que o bolsonarismo é uma “ideia” e acrescentou em caixa alta que “A NAÇÃO BRASILEIRA AINDA TESTEMUNHARÁ O QUE DEUS IRÁ FAZER!”. “Bolsonaro representa esse movimento do Conservadorismo no Brasil. Torná-lo inelegível só aumenta o nosso desejo de buscar um Brasil melhor!”, complementou.

Bolsonaro está inelegível até 2030.

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Artigo

Os defensores das mulheres de ocasião: Rogério Marinho e General Girão agem com hipocrisia em caso do defensor misógino

Puro oportunismo! Assim sintetizo o comportamento do senador Rogério Marinho (PL) e do deputado federal General Girão (PL) em relação ao caso do defensor público Serjano Valle que disse que mulheres que votaram em Jair Bolsonaro deveriam levar “dedadas” nas partes intimas.

A fala em um grupo de WhatasApp é asquerosa, misógina e merece ser repudiada.

Agora, não posso deixar de registrar os defensores das mulheres de ocasião como os dois políticos do Rio Grande do Norte que mais tentaram tirar proveito da situação: Rogério Marinho e General Girão.

O senador acionou o defensor público-geral do Rio Grande do Norte, Clístenes Mikael de Lima Gadelha, e a procuradora-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira.

Girão provocou a procuradora-geral de Justiça e o Ministério Público Federal. Além de fazer um protesto hoje pela manhã, em Natal.

A indignação dos bolsonaristas é pura hipocrisia. Eles não estão preocupados com a defesa das mulheres, mas em agradar o bolsonarismo local, que ficou revoltado com a fala repugnante do defensor público.

O problema é que eles seguem um ex-presidente que já deu entrevista dizendo que mulher deve ganhar menos porque engravida e disse à deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) que não a estupraria porque a considera “feia”.

Vou ficar apenas nessas duas barbaridades para não alongar o texto, mas são fatos que mostram o quanto a misoginia está entranhada no bolsonarismo representado por Marinho e Girão no Rio Grande do Norte.

Marinho foi relator da reforma trabalhista, que tornou legal que mulheres grávidas trabalhem em condições insalubres. General Girão votou contra a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres.

O histórico da dupla mostra que a zoada deles nunca foi pelas mulheres, mas pelo bolsonarismo.

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Com Rogério presidente, PL deve perder dois deputados

A ascensão do senador Rogério Marinho ao comando do PL do Rio Grande do Norte deve gerar uma fuga de nomes considerados moderados tendo o bolsonarismo como base de comparação.

Além do de deputado federal João Maia que já deu como certa a saída do PL, os deputados estaduais Terezinha Maia e Neilton Diógenes devem deixar o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro para se afastar do radicalismo que a legenda deve adotar a partir do momento em que Marinho assumir o controle.

Essa informação foi dada hoje pelo Jornal Agora RN na coluna “Opinião”. Os dois deputados integram a base da governadora Fátima Bezerra (PT) na Assembleia Legislativa.

Com Rogério presidente, o PL do Rio Grande do Norte tende a ficar mais bolsonarizado do que já era e isso não interessa a políticos que pretendem manter uma boa convivência com o PT.

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Após perder o PL para Rogério Marinho, João Maia anuncia que deve deixar o partido: “nunca fui radical”

O deputado federal João Maia está de saída do PL, partido que comandou no Rio Grande do Norte por 21 anos. Ele perdeu a disputa interna para o senador Rogério Marinho, que vai comandar o partido a partir de julho.

Negando qualquer tipo de conflito com o senador, o deputado disse que não seria bom ele continuar no PL com Rogério no comando. “Estou conversando com a direção do PL o que politicamente é melhor, porque não é conflito. Estamos conversando para saber se é melhor eu ficar no partido ou se é melhor eu procurar outro destino para facilitar a vida de Rogério que está chegando. Isso está em discussão. Estou avaliando pedir minha desfiliação para ficar sem partido e decidir qual caminho tomarei. Mas deixo claro que não tenho conflito com Rogério. Comuniquei ao presidente, que pediu para eu ficar, Rogério também pediu, mas estou avaliando. Minha decisão interna é de pedir a desfiliação”, disse à Tribuna do Norte. “Comuniquei ao presidente, que me pediu para ficar, mas falei que não seria bom para mim, nem para eles”, complementou.

Em outra fala, João Maia deixa subentendido que a chegada de Marinho ao comando do PL deve deixar a agremiação mais bolsonarista no Rio Grande do Norte. “Rogério foi um ministro que fez muito pelo RN, mas temos outro governo e ele vai assumir o partido para dar a cara que ele acha que tem que ter. Eu nunca fui radical quando o PL era aliado de Lula nem quando foi de Bolsonaro, continuo sendo o mesmo João Maia”, avaliou. “Acredito que é o momento de Rogério, ele tem uma identificação muito grande com o presidente Bolsonaro”, disse em outro trecho da entrevista.

João Maia deu sinais de que vem se alinhar ao Governo Lula (PT) em seu novo rumo partidário para ter mais acesso a recursos federais e ajudar os prefeitos. “Eu sou um municipalista, preciso ajudar as administrações municipais. Quero fazer uma transição para Rogério em paz, construtiva, mostrar a ele como nós somos, como estamos, mostrar nossos pontos fortes e fracos. Não estou saindo em conflito, é uma decisão política. A direção nacional me perguntou se eu concordava com o nome de Rogério e eu disse que concordava plenamente e que faria a transição da melhor maneira possível”, acrescentou.

João Maia é cotado para assumir o PP no Rio Grande do Norte. Outra alternativa é se reaproximar politicamente da irmã, a senadora Zenaide Maia, indo para o PSD.

Histórico

João Maia está no quarto mandato de deputado federal. Ele foi eleito em 2006, 2010, 2018 e 2022. Em 2014 ele foi vice de Henrique Alves na eleição para o Governo do Rio Grande do Norte.

Nas eleições de 2020, sob o comando de Maia, o PL foi o terceiro partido que mais elegeu prefeitos no Rio Grande do Norte, totalizando 20.

 

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Análise

Rogério Marinho no comando do PL deixará legenda com a cara de Bolsonaro no RN

Está batido o martelo. Em julho o senador Rogério Marinho assume o comando do PL no Rio Grande do Norte.

Ele destronou João Maia que há mais de 20 anos comandava o PL no Rio Grande do Norte.

O foco de Rogério é fortalecer o PL nas eleições de 2024 pensando em 2026. Completamente alinhado com o bolsonarismo, o senador quer deixar o partido com a cara do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para fidelizar o eleitorado.

Com o João, o PL mantinha um estilo mais tradicional e amoldado ao pragmatismo fisiológico do “centrão”.