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Oposição adota estratégia contraditória na Assembleia

Deputados de oposição querem que Fátima faça decreto (Foto: João Gilberto/ALRN)

Na famosa votação do reajuste de 16,88% dos procuradores do Estado, a bancada de oposição mandou as favas à Constituição e defendeu estender o reajuste a todas as categorias mesmo sabendo que deputados não podem propor nem estender reajustes.

O discurso era o da defesa do servidor em primeiro lugar mesmo que fosse para depois a Justiça derrubar a decisão.

Agora a governadora está pedindo autorização para crédito suplementar de R$ 1,77 bilhão ao orçamento estadual para poder pagar salários dos servidores. A oposição diz ser contra a proposta alegando que basta um decreto.

Ora!

Qual o problema de aprovar uma lei?

É preciso entender que o orçamento anual é uma lei e esta só pode ser modificada por outra. Fazer isso por decreto é temerário por existir o risco de cometer crime de responsabilidade.

A memória do impeachment de Dilma Rousseff ainda está viva para todos nós, imagina para uma governadora do PT.

O mais engraçado nesta história toda é que essa mesma oposição critica a governadora por ter criado o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI) por meio de decreto em vez de enviar um projeto de lei.

Longe de querer deslegitimar os argumentos da oposição, mas a conta da coerência não está batendo nesta história.

No meio disso, o servidor é a maior vítima. Seus salários estão em risco numa época ainda de maior sensibilidade que é das festas de fim de ano.