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Caicó recebe segunda etapa do Circuito Food & Jazz 2024

O município de Caicó receberá de 21 a 30 de março a segunda etapa do Circuito Food & Jazz, evento que está de volta em 2024 para encantar amantes da boa música e da alta gastronomia no Rio Grande do Norte.

Inspirado no legado de Luís da Câmara Cascudo, renomado folclorista e autor de “História da Alimentação no Brasil”, o evento homenageará as raízes indígenas, africanas, e europeias presentes na culinária brasileira. O Circuito Food & Jazz 2024 proporcionará uma experiência sensorial única, destacando o jazz brasileiro, a cadência nordestina e a alta gastronomia do país.

O evento contará com apresentações de pratos e drinques exclusivos, oficinas, street bands, shows e muito mais.

As inscrições para os estabelecimentos gastronômicos de Caicó e região participarem da segunda etapa estão abertas por tempo e vagas limitadas. Interessados podem se cadastrar através do link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf8I6UAjRm6I6PJpVs900V3eIsXnHUwi2fbxZiS8NQbR5CiWw/viewform ou entrar em contato com os coordenadores locais Hortência Araújo 84 9434-0550 ou Josifran Gomes 84 9618-8900.

A realização do evento é de Juçara Figueiredo Produções, com o patrocínio da Coca Cola, através da Lei Câmara Cascudo, do Governo do Estado do RN, e o apoio do Senac RN, UnP, Abrasel, Revista Deguste e Intertv RN. Em Caicó, o Food & Jazz tem apoio local da Prefeitura Municipal de Caicó e da Rádio Rural

Acompanhe todas as novidades do Circuito Food & Jazz 2024 no Instagram: @foodjazzbrasil. Para mais informações, acesse https://linktr.ee/foodjazzbrasil

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MST realiza festival “Por Terra, Arte e Pão” em Natal

O Festival do MST: por Terra, Arte e Pão chega na cidade de Natal (RN) nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro de 2023 com extensa programação musical. O festival faz parte da primeira Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária que é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF-RN).

Para Matheus Mendes, do Coletivo de Cultura do MST, a realização do Festival na cidade de Natal tem uma importante simbologia para o conjunto do Movimento Sem Terra: “Com este festival pretendemos discutir a necessidade da Reforma Agrária Popular, a produção de alimentos saudáveis e o fortalecimento da cultura popular nordestina”, explicou Matheus.

“O MST se opõe ao avanço do uso de agrotóxicos, com uma produção diversificada e saudável em seus 40 anos de experiência na luta contra o agronegócio. Nossa programação dialoga com isso a partir das feiras com produtos da agricultura familiar camponesa, exposições, comidas regionais, espaços formativos e shows com grandes artistas locais e de renome nacional”.

O Festival faz parte, junto com diversas outras atividades realizadas desde o começo deste ano de 2023, tanto nos estados em que o Movimento está organizado quanto nacionalmente, das comemorações do aniversário dos 40 anos de existência e resistência do MST, a se completar em janeiro de 2024.

A programação musical conta com as apresentações de Juliana Linhares, Cátia de França, Nação Zumbi, Academia da Berlinda, Karina Burh e Odair José. Toda a programação será gratuita e aberta ao público.

Segundo Taisa Costa, militante do MST e uma das organizadoras do evento, o Festival do MST: por terra, arte e pão tem potencial de se transformar em grandes atos políticos em prol do movimento desde os estados, espaços de articulação política em defesa do MST, e de pautar a Reforma Agrária Popular.

“Nós enfrentamos a quinta CPI ao longo dos nossos 40 anos, temos mais uma vez em nossa história o desafio de dialogar com o conjunto da sociedade, de disputar a narrativa hegemonizada pela grande mídia e pelo agronegócio em nosso país”, afirma Taísa.

Pensando na importância da construção coletiva do festival, dos espaços pedagógicos, organizativos, políticos e culturais o MST abriu inscrições através de formulário eletrônico para voluntários contribuírem com a organização do festival nas equipes de comunicação, infraestrutura e concepção artística.

O Festival já passou por Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Maceió (AL), mas segue com uma ampla agenda até o próximo ano. Estão previstos Festivais ainda em João Pessoa (PB), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Belém (PA).

PROGRAMAÇÃO OFICIAL

QUINTA- FEIRA (30/11)

– Asé Delas

– Fuxico de Feira convida Cínthia

– Zé Hilton

– Jarbas Acordeon

– Projeto Mulheres da Terra (Tiquinha Rodrigues, Isaar e Luana Flores)

– Cátia de França

– Juliana Linhares

SEXTA-FEIRA (01/12)

– Trio Trancelim

– Val Santos e Zé Pinto – MST

– Messias Paraguai

– Cida Lobo

– Academia da Berlinda

– Nação Zumbi

– Dj Samir

 

SÁBADO ( 02/12)

– Sulla

– Forró do Severo

– SouRebel

– Aiyra convida Fúria Negra

– Odair José

– Santana, o cantador

– Karina Buhr

Local: Centro Administrativo do Estado (Lagoa Nova)

A partir das 15h00

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Mossoró terá 2ª edição do Festival Alternativo de Cinema de Mossoró

Que rufem os tambores! A 2ª edição do Festival Alternativo de Cinema de Mossoró (FACIM) já vai começar. O evento em si, com exibições de filmes selecionados de todo o Brasil, inicia-se no dia 27 e finaliza no dia 29 de outubro de 2023, mas desde segunda-feira (23), já haverá programação. Tudo gratuito e aberto à população!

O FACIM é, atualmente, o único festival de cinema da cidade, e movimenta o cenário do audiovisual não só de todo o Rio Grande do Norte, mas também de todo o país. Mesmo com pouca idade, o Festival já se tornou uma peça-chave no calendário da cultura municipal, estadual e nacional, sendo aguardado por diversos artistas e cineastas de todas as regiões brasileiras, para que estes possam inscrever seus filmes e disseminá-los pelo mundo.

Idealizado pelo cineasta, ator e produtor cultural Plínio Sá, o Festival Alternativo de Cinema de Mossoró surge da vontade de movimentar o cenário da sétima arte na capital do oeste potiguar. Na primeira edição, que aconteceu em 2021, isso foi enfatizado e, de fato, estremeceu as estruturas. Neste ano, o objetivo é difundir ainda mais essa ideia, tanto para fora, levando o nome do festival, da cidade e das e dos artistas para longe, quanto internamente no município e no Estado, mostrando a capacidade que os e as fazedoras de arte de Mossoró têm quando o assunto é audiovisual.

“Eu espero que o FACIM seja um festival que traga muitos benefícios para a população mossoroense, principalmente se tratando do audiovisual, que é um movimento que vem cada vez mais expandindo. Além disso, fortalecer o cinema como mais um caminho possível de se fazer arte na cidade”, relata Plínio Sá, idealizador do Festival.

Como já é tradição, o FACIM realiza diversas oficinas no campo do cinema para os admiradores e admiradoras dessa área. Neste ano, não seria diferente. Na verdade, diante do sucesso que foi na sua primeira edição, agora, em 2023, o Festival resolveu ampliar a quantidade de oficinas, repetindo algumas e trazendo outras.

As atividades começam na segunda-feira (23), com a oficina de Audiovisual com Celular, ministrada pelo jornalista, documentarista e produtor audiovisual Fefo. Em seguida, haverá a oficina de Roteiro Audiovisual, com Danilo Queiroz, na terça (24); Direção de Fotografia, com Wigna Ribeiro, na quarta (25); e equipamentos no Mundo do Cinema, com Madson Ney, na quinta (26). Posteriormente, no domingo (29), teremos uma roda de conversa com o produtor e diretor Pedro Fiuza, de Natal/RN, que trará debates no campo da distribuição para cinema.

As oficinas são gratuitas, a partir dos 16 anos e qualquer pessoa pode participar, seja alguém da área ou não. Mas, atenção, as vagas são limitadas! As inscrições podem ser feitas a partir desta sexta-feira (20), através do formulário no link da bio do instagram @facimossoro.

Explicadas as oficinas, do dia 27 a 29 de outubro, Mossoró poderá desfrutar do melhor do cinema nacional. O FACIM terá sessões de filmes inscritos de todo o país nas categorias do festival – Cine Caiçara, Cine Cid, Cine Rivoli, Cine Pax, Cine Centenário e Cine Imperial -, além de estreias mossoroenses e outras obras convidadas. Assim como uma roda de conversa para nos deixar ainda mais instigados a fazer audiovisual.

Confira, abaixo, a programação completa:

PROGRAMAÇÃO FACIM

SEGUNDA-FEIRA (23/10)

–      Oficina de Audiovisual com Celular, com Fefo, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

 

TERÇA-FEIRA (24/10)

–      Oficina de Roteiro Audiovisual, com Danilo Queiroz, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

QUARTA-FEIRA (25/10)

–      Oficina de Direção de Fotografia, com Wigna Ribeiro, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

QUINTA-FEIRA (26/10)

–      Oficina de Equipamentos no Mundo do Cinema, com Madson Ney, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

SEXTA-FEIRA (27/10)

–      Momento Cultural + Abertura do Festival, no Salão Joseph Boulier, no segundo andar do Memorial da Resistência de Mossoró, às 18h;

–      Estreia do filme “Três Igrejas”, com direção de Wigna Ribeiro, no Salão Joseph Boulier (MRM), às 19h;

–      Mostra de filmes convidados, no Salão Joseph Boulier (2º andar do MRM), das 19:30h às 22h;

SÁBADO (27/10)

–      Momento Cultural, no Salão Joseph Boulier (2º andar do Memorial da Resistência), às 18:30h;

–      Mostra dos filmes selecionados de todo o Brasil + bate-papo sobre os efeitos da colonização no audiovisual potiguar, no Salão Joseph Boulier (2º andar do Memorial), das 19h às 22h;

–      After FACIM, no Rustcafé (R. Francisco Isódio, 123, Centro), a partir das 22:30;

DOMINGO (29/10)

–      Bate-papo sobre Distribuição Para o Cinema, com Pedro Fiuza, na sala de cinema do SESC, das 9h às 12h;

–      Momento Cultural, na praça externa do Memorial da Resistência de Mossoró (em frente ao primeiro painel), às 17h;

–      Mostra dos filmes selecionados de todo o Brasil, na praça do Memorial da Resistência, às 17:30h;

–      Premiação, na praça do Memorial da Resistência, das 20h às 21h.

O Festival Alternativo de Cinema de Mossoró está sendo realizado com recursos provenientes da Lei Maurício de Oliveira através da Prefeitura Municipal de Mossoró, e conta com o apoio do restaurante Pimenta de Cheiro, espetinho e pizzaria do Nininho, Rustcafé, SESC RN por meio do projeto LABmais, Hotel Villa Oeste, Frota Brechó e a vereadora Carmem Júlia.

Mais informações, você encontra no site do festival: https://doity.com.br/facim.

RETROSPECTIVA 1º FACIM

O Festival Alternativo de Cinema de Mossoró (FACIM) começou ainda na pandemia. O que era para acontecer no início de 2020 acabou se tornando realidade só em novembro de 2021. Como muito nesse período, o evento também precisou ser adiado por causa da pandemia da COVID-19. No entanto, nem isso foi capaz de desanimar a todos e todas que aguardavam o FACIM. E assim, ele foi realmente um sucesso!

Com oficinas lotadas, um público interessado, respaldo nacional, o Festival Alternativo de Cinema de Mossoró, sem dúvida, fortaleceu ainda mais o audiovisual potiguar em todo o território nacional. Além de resgatar boa parte da história do cinema mossoroense, trazendo nomes de antigas salas (hoje, desativadas) para intitular as categorias do festival, como Cine Imperial (para documentários), Cine Pax (não-competitiva livre), Cine Rivoli (para videoclipes), Cine Cid (para filmes de ficção), Cine Centenário (unicamente para filmes mossoroenses) e Cine Caiçara (competitiva livre).

Ao todo, o 1º FACIM recebeu mais de 600 filmes de todo o Brasil. E os vencedores e vencedoras foram “Colapsar”, com direção coletiva, de Maceió/AL, na categoria Cine Caiçara; “Mauro”, direção de João Gabriel Caffarelli, Brasília/DF, na Categoria Cine Cid; “Corpo Só”, de Céline Billard, Juiz de Fora/MG, na Categoria Cine Rivoli; “Seremos Ouvidas”, com direção de Larissa Nepomuceno, de Curitiba/PR, na Categoria Cine Imperial; e “Maleme”, com direção de Lígia Kiss, daqui de Mossoró/RN, na Categoria Cine Centenário.

É o passado e o futuro do audiovisual mossoroense juntos acontecendo no presente!

 

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Lei Paulo Gustavo: Prefeitura de Mossoró publica editais para projetos culturais e audiovisuais

A Prefeitura de Mossoró publicou nesta segunda-feira (25), no DOM (Diário Oficial de Mossoró), dois editais para seleção de projetos que serão subsidiados pela Lei Complementar n.º 195, de 8 de julho de 2022 — Lei Paulo Gustavo. Os editais serão instrumentos de fomento à cultura na cidade.

A implementação dos editais desenvolve-se por meio de Chamamento Público. O edital para projetos culturais contempla 21 modalidades, entre elas produção de peças artesanais, artes visuais, produção circense, dança, literatura de cordel e outras.

Já o edital da área audiovisual atende nove categorias, sendo elas curtas-metragens, documentários; videoclipes; média-metragem ou webséries; audiovisual com celular; podcast em série; minidocs; cinema itinerante zona rural; e cursos de formação, qualificação e difusão cultural.

Os editais são destinados a pessoas físicas ou jurídicas, associações culturais, cooperativas culturais e Organizações da Sociedade Civil (OSC) domiciliadas em Mossoró, cadastradas como agente cultural, indicando e comprovando experiência na área cultural.

O período de inscrições para os editais começa às 18h desta quarta-feira (27), seguindo até as 23h59 de 20 de outubro deste ano. As inscrições serão on-line, exclusivamente pelo site smic.mossoro.rn.gov.br. A íntegra dos editais, que dispõem do detalhamento sobre as seleções, estará acessível pelo prefeiturademossoro.com.br e também pelo endereço smic.mossoro.rn.gov.br.

“Os editais chegam para o fortalecimento da cultura em Mossoró. Trata-se de importantes oportunidades para projetos culturais e projetos para o audiovisual. Esperamos reunir muitas propostas interessantes, para podermos impulsionar o segmento no nosso município”, disse Igor Ferradaes, secretário municipal da Cultura.

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Espetáculo “Auto da Liberdade 2023” estreia nesta quarta-feira

As apresentações do espetáculo “Auto da Liberdade 2023” terão início nesta quarta-feira (27). O evento acontecerá nos dias 27, 28 e 29 deste mês, às 20h, na Estação das Artes Elizeu Ventania.

O “Auto da Liberdade” resgata os quatro atos libertários de Mossoró: Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, a Resistência ao Bando de Lampião e o Primeiro Voto Feminino.

Motim das Mulheres – Em 4 de setembro de 1875, cerca de 300 mulheres saíram pelas ruas de Mossoró em protesto contra a obrigatoriedade do Alistamento Militar. À época, protestavam sobre a convocação de seus esposos e filhos para o Exército ou Marinha. As mulheres ocuparam unidades públicas e delegacias, munidas de utensílios domésticos para chamar atenção das autoridades.

Libertação dos Escravos – Mossoró foi pioneira na abolição dos escravos. O município fez jus à liberdade aos escravos da cidade em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. À data, todos os homens que moravam na cidade estavam livres.

Resistência ao bando de Lampião – Em 1927, a cidade de Mossoró sofreu um grande ataque promovido pelo bando de Lampião. Os cangaceiros queriam extorquir relevante quantia em espécie do banco e comércio local. Com bravura e resistência, os mossoroenses montaram trincheiras comandada pelo prefeito Rodolfo Fernandes. Mossoró conseguiu vencer a batalha e expulsar o bando de Lampião.

Voto Feminino – Celina Guimarães Vianna foi a primeira eleitora do Brasil. O Tribinal Superior Eleitoral pontua que, com advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que estabeleceu que não haveria distinção de sexo para o exercício do sufrágio. Assim, em 25 de novembro de 1927, na cidade de Mossoró, foi incluído o nome de Celina Guimarães Vianna na lista dos eleitores do Rio Grande do Norte. O fato repercutiu mundialmente, por se tratar não somente da primeira eleitora do Brasil, como da América Latina.

O “Auto da Liberdade 2023” oportunizará ao público um momento de revisitação da história. Ao todo, considerando elenco e produção, este ano, são mais de 140 pessoas envolvidas na construção do espetáculo, entre figurinistas, aderecistas, cenógrafos, ferreiros, marceneiros, produtores, produção musical, coreografia, assistência de direção, maquiagem. A direção é de Leonardo Wagner.

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Editais da Lei Paulo Gustavo serão publicados nesta segunda-feira e contemplarão 30 modalidades

A Prefeitura de Mossoró publicará nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial de Mossoró (DOM), dois editais da Lei Paulo Gustavo. A iniciativa permitirá o fomento da produção cultural, o que deverá fortalecer o segmento na cidade.

Considerando os dois editais, serão 216 vagas em 30 modalidades. Trata-se de um edital para projetos culturais e outro destinado à área audiovisual. Artes visuais, dança, produção circense, oficinais de gastronomia regional, produção de livros, artes cênicas, documentários, curtas-metragens e projetos de produção de cinema itinerante estão entre as diversas áreas contempladas.

“Grande notícia para os que fazem cultura na cidade de Mossoró. São mais de 2,4 milhões em projetos de cultura para a população mossoroense que faz cultura, que tem a oportunidade de evidenciar, de levar o nome de Mossoró pela cultura e arte”, disse o prefeito Allyson Bezerra.

Titular da Secretaria Municipal da Cultura, Igor Ferradaes explicou que a inscrição poderá ser efetivada por meio de uma plataforma on-line. “A partir de amanhã, os interessados poderão acessar uma plataforma on-line para inscrição dos projetos, de forma acessível, com relação à Lei Paulo Gustavo”, detalhou.

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Carta

Sobre editais de cultura e a “cultura” dos editais

Por Caio César Muniz*

Já faz algum tempo que nós, fazedores e sofredores do fazer cultural nos deparamos com este modelo de acesso a recursos públicos para a realização das nossas atividades: os benditos (ou não) editais.

Intensificados com as recentes leis de “emergência” devido à pandemia através das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, eles vieram fazer parte do nosso dia-a-dia como nunca antes e constará do nosso calendário em definitivo, ano-a-ano, se é que queremos ter acessos ao dinheiro.

Em 99,99% das vezes são elaborados de cima pra baixo, mesmo com as famigeradas e infindáveis “consultas públicas”. Muitas das vezes só para cumprir tabela e dizer que ouviu o público-alvo, o fazedor de cultura. Ao final, sai do jeito que a cabeça do organizador pensa e em 99,99% das vezes, saem ruins de doer no juízo.

Burocráticos que só o cão, alguns chegam ao ponto de ter mais de 100 páginas, mesmo que até a página 20 seja apenas encheção de linguiça e puxação de saco de gestor público.

Vejamos três exemplos de absurdos dos nossos editais atuais, só para exemplificar: Um: o edital da Lei Paulo Gustavo, da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará “para realização de Feiras Literárias nos municípios do Ceará”, não é exatamente um modelo de democratização dos recursos públicos. As feiras “nos municípios do Ceará” já são pré-determinadas onde acontecerão: Sobral, Icó e Aracati. Então, para quê edital? Segundo o documento para empresas se habilitarem a organizar tais encontros literários. Agora me diga qual o sentido de uma empresa, aqui de uma cidade no baixo Jaguaribe, por exemplo, se habilitar a coordenar feiras tão distantes. É óbvio que empresas próximas terão vantagem sobre as demais.

Dois: o edital da cidade de São Bento, na Paraíba, no que tange o audiovisual, tem um quesito específico: “Apoio a produção de obra audiovisual de curta-metragem Associação Quilombola”. Só existe uma “associação quilombola” no município. Mais específico e direcionado que isto, impossível. Então, por que simplesmente não repassar o dinheiro para a associação visto que ela não tem concorrente?

Por fim, uma portaria publicada em 20 de maio deste ano no Diário Oficial do RN, sob o número 56, sem qualquer discussão com a classe artística, piorou uma lei que já não é tão boa e que tende a ser colocada em segundo plano, tendo em vista as dificuldades de se conseguir captar os seus recursos “destinados” pelo Estado.

É o Programa Cultural Câmara Cascudo, nascido como Lei Câmara Cascudo (Lei N° 7.799), criado em 30 de dezembro de 1999. Segundo a portaria, agora não é mais permitido que equipamentos adquiridos fiquem com o proponente e sejam, agora, deverão ser devolvidos aos porões da Fundação José Augusto, gestora do programa. Imaginemos, pois, que, se tenha uma grande quantidade de projetos aprovados nos anos que se seguem e seus recursos captados para aquisição de equipamentos, principalmente neste momento de “boom” do audiovisual, em pouco tempo a FJA terá sobre sua posse um verdadeiro depósito de equipamentos. Sabe-se Deus para quê. Mas, a portaria diz que a Fundação pode destinar a outras instituições os bens adquiridos, então, porque não deixar com o proponente, sendo que este sabe da sua necessidade e foi quem montou o projeto originalmente e captou o recurso?

O certo é que, aquilo que deveria ser feito para facilitar, não tem facilitado. Mas, infelizmente, nós, artistas e fazedores de cultura, não temos opção. É participar ou ficar reclamando de pires na mão.

É torcer que algum dia melhore este cenário e que mecanismos menos cheios de preciosismos faça, de fato, chegar aos artistas, principalmente os mais necessitados, recursos para suas sobrevivências culturais.

Finalizando, para não dizer que só reclamei, o edital da Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Cultura da Paraíba tem apenas onze páginas, objetivo e conciso, “pei, pufo”, serve de exemplo para outros. Aguardemos o do Rio Grande do Norte, que como diz o poeta Nildo da Pedra Branca, de tanto demorar, já dava pra ter morrido de fome umas três vezes.

Jornalista, poeta e fazedor de cultura*

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Consulta pública para propostas dos editais da Lei Paulo Gustavo segue até amanhã

Está aberta até o próximo domingo (17/09) a consulta pública com as propostas que irão compor os editais da Lei Paulo Gustavo (LPG) para o audiovisual e demais áreas culturais no Rio Grande do Norte.

O documento, lançado pelo Gabinete Civil do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e a Fundação José Augusto (FJA), lançado em 5 de setembro, pode ser acessado no site oficial da FJA www.cultura.rn.gov.br, nas abas Editais Culturais/Consulta Pública.

As fazedoras e fazedores de cultura poderão opinar e dar sugestões enviando suas opiniões respondendo o formulário https://forms.gle/24eoC4Pyath8NwGMA.

O documento foi elaborado a partir das necessidades e contribuições manifestadas pelo setor artístico potiguar, por meio de diálogos virtuais e presenciais, e das propostas apresentadas pelos setores, bem como por estudos técnicos e pesquisas produzidas pelo grupo de assessoria técnica da Lei Paulo Gustavo RN.

A Lei Complementar n.° 195/2022 (Lei Paulo Gustavo) trata do apoio financeiro da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios para o fomento das atividades artísticas e produções culturais prejudicadas em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de covid-19.

Os recursos acumulados do superávit da cultura, por meio do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), prevê o repasse de R$ 3.862.000.000,00 para serem aplicados no setor cultural em todos os estados e municípios do país.

Estão destinados para o Governo do Estado um total de R$ 39.7 mi para aplicação em editais e premiações à cadeia da cultura potiguar.

Forma simplificada

A Consulta Pública segue o artigo 9 do Decreto Federal que regulamenta a Lei Paulo Gustavo e que orienta sua apresentação à sociedade civil de forma simplificada com o objetivo de facilitar o entendimento das propostas construídas pela Secretária Extraordinária da Cultura.

“A consulta ocorre de forma objetiva, simplificada e acessível com valores, quantidade e natureza dos projetos para facilitar a compreensão do que está sendo proposto para a aplicação dos R$ 39,7 milhões da LPG pelo Governo do Estado. O documento exibe questões essenciais dos editais como os documentos necessários para inscrição e habilitação’. enfatizou a secretária.

Mary Land Brito destaca que os pontos essenciais para o entendimento das minutas dos editais estão incluídos na Consulta Pública. “As minutas apresentarão as questões específicas de cada área como documentos e anexos padronizados com linguagem simples formatos visuais que orientem os interessados, facilitando o acesso dos fazedores e fazedoras de cultura ao fomento. Neste momento nosso foco é apresentar a divisão dos recursos sugeridos.”

O Diretor Geral da FJA, Gilson Matias destaca a importância da consulta pública: “O que estamos apresentando para consulta pública é fruto das contribuições oferecidas pelos segmentos culturais, por meio dos diálogos organizados pelo Governo do Estado, com sugestões ouvidas, colhidas, debatidas e analisadas democraticamente pela gestão, com critérios técnicos e em consonância com os anseios de uma sociedade que espera que o Estado cumpra seu papel na salvaguarda da Cultura, um direito inalienável para os(as) artistas da nossa terra”.

As propostas, construídas a partir de diálogos com a sociedade, estão disponíveis para consulta pública no link   http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/doc/DOC000000000317296.PDF

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Crônica

Vale mesmo a pena

Por Marcelo Alves Dias de Souza*

Dia desses, uma colega de trabalho, projetando seus estudos no exterior, me perguntou se valia mesmo a pena estudar no Reino Unido (onde fiz meu PhD), no caso dela para fazer um mestrado e, quem sabe, já em seguida, engatar num doutorado/PhD. Ela tinha dúvidas gerais do tipo: onde morar? Em Londres? Qual o custo da aventura financeiramente falando? Qual o custo em termos de tempo e de sacrifício para a família? E dúvidas acadêmicas: qual universidade? E o direito inglês, incluindo a sua metodologia de ensino, não seria muito diferente do nosso, já que fazem parte de duas famílias jurídicas diversas, o common law e o civil law? E por aí vai.

Respondi na medida do meu conhecimento. Dei notícias boas, claro. Londres, onde morei, é fantástica. As universidades são excelentes. Muitas estão entre as tops do mundo. E dei notícias, digamos, não tão animadoras, a exemplo do custo de vida, que, com a nossa desfavorável conversão da moeda, parece estar bem mais caro do que no meu tempo.

Mas, feito um balanço de tudo, minha resposta foi deveras positiva.

Na verdade, eu sempre enxerguei um mestrado/doutorado no exterior como uma oportunidade não apenas acadêmica, mas também linguística e, sobretudo, cultural.

Quanto à língua – e aqui anoto, por experiência própria no doutorado, a dificuldade com um idioma que não era o meu –, um período de estudos no Reino Unido deve melhorar exponencialmente o inglês do cidadão, inclusive o jurídico. E “os limites da nossa linguagem são os limites do nosso mundo”, acrescento, usando aqui livremente a famosa assertiva de Ludwig Wittgenstein (1889-1951). O português também. Textos mais elaborados. Mais concisos (à moda inglesa). Mais distantes do enfadonho “juridiquês”. Até mais fáceis e gostosos de ler, posso dizer.

E a oportunidade cultural justifica a opção por estudar em Londres, em lugar das mais “provincianas” Oxford e Cambridge. Sempre acreditei na assertiva de Samuel Johnson (1709-1784): “Quem está cansado de Londres, está cansado da vida”. Culturalmente, Londres está entre as cidades mais interessantes do mundo. Muita história e muita arte. Abundam museus de todos os tipos (morei pertíssimo do Museu Britânico). Música de altíssima qualidade. Teatro (e mil vivas para os musicais de West End) e cinema dos melhores. E, sobretudo, pelo menos para mim, tem a literatura. A imersão na cultura e na literatura inglesas torna o aprendizado do direito mais suave e lúdico. Para além das “filosofias” na relação de Shakespeare (1564-1616) com o direito, é possível travar contato com outro gigante da literatura inglesa, Charles Dickens (1812-1870) e a sua notadamente jurídica “A casa sombria” (1853). É possível se tornar íntimo da minha amiga Agatha Christie (1890-1976) ou mesmo ler/sonhar com as aventuras do detetive Sherlock Holmes nos locais onde as cenas se passam. É divertidíssimo.

E para não dizer que não falei de direito, especialmente sobre as idiossincrasias dos sistemas jurídicos brasileiro e inglês, aduzi que, apesar das origens diversas e do desenvolvimento até certo ponto paralelo, países filiados à tradição do civil law (ou romano-germânica) e países filiados à tradição do common law tiveram uns com os outros, no passar dos séculos, inúmeros contatos. No passado, instituições do common law foram absorvidas pelo civil law, e vice-versa. Esses contatos, recentemente, vêm, cada vez mais, se estreitando. Hoje, com a facilidade das comunicações e do intercâmbio cultural, um jurista inglês pode estar conectado com um jurista brasileiro em tempo real. Isso faz com que os sistemas se aproximem cada vez mais. E nunca esqueçamos que, em ambas as tradições, o direito sofreu forte influência da moral cristã. As doutrinas filosóficas coincidentemente em voga puseram em primeiro plano, desde a época da Renascença, o individualismo, o liberalismo e a noção de direitos subjetivos. A própria substância do direito – e aqui se está falando da concepção de justiça que, em ambos os casos, é a mesma – impõe semelhantes soluções para as questões jurídicas em ambas as famílias.

E, assim, intimei: escolha sua linha de pesquisa, faça suas malas e vá para a outrora Terra da Rainha. Quem sabe você não se torna amiga do Rei?

*É Procurador Regional da República e Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Jornalista William Robson lança revista digital Bolsa de Discos, voltada para a produção cultura de Mossoró

Está no ar o site Bolsa de Discos, uma revista digital dedicada à música e à cultura de Mossoró e do RN. Trata-se de uma publicação jornalística de caráter colaborativo, onde especialistas da música e de outras áreas comentam discos, shows, bandas e outros temas. O Instagram também está em funcionamento (@bolsadediscosbr)

“Este espaço nasce da necessidade de movimentar a cena da música e da cultura pop em Mossoró e no RN. Há muitas publicações que buscam analisar discos, shows, entrevistas bandas e artistas, destacar notícias que interessam à audiência do mundo cultural, porém, em Mossoró, o Bolsa de Discos vem com um ingrediente a mais: olhar para os talentos mossoroenses, composições, shows, agenda e propostas musicais”, explicou o jornalista William Robson, idealizador e editor do Bolsa de Discos.

O site busca influências em tradicionais revistas do gênero e que já foram descontinuadas no âmbito nacional.

O Bolsa de Discos não vai tratar apenas de rock ou das bandas alternativas. Tudo cabe nesta revista digital. Do forró ao brega, do progressivo ao grunge, tudo estará neste espaço (claro, em muitas casos, com o olhar crítico dos nossos especialistas).

‘Cinema, teatro, literatura, outras manifestações artísticas serão notícia também. Para complementar, o Bolsa de Discos contará com vídeos semanais no Youtube, trazendo entrevistas, debates com músicos e artistas, análises de shows e interação com a audiência”, disse William.

O site está no ar no endereço www.bolsadediscos.com.br