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Dia do Trabalhador traz reflexões sobre cenário pós-pandemia

Consultor acredita que as pessoas trabalharão mais por projetos (Imagem: Reprodução)

Em um cenário totalmente atípico, marcado por uma pandemia e por índices elevados de desemprego, que já se apresentavam antes mesmo da manifestação dos impactos sociais provocado pelo novo coronavírus, o Dia do Trabalhador traz reflexões sobre as novas configurações do trabalho e do mercado.

Para agente de mercado do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Lucas Paiva o momento é difícil e exigirá das pessoas necessidade de adaptação às novas formas de trabalho.

Segundo ele, o mercado não parou, ele desacelerou, mas é necessário que muitos profissionais se reinventem. Ele considera que o modelo de trabalho e de mercado vai mudar e se as pessoas não andarem de mãos dadas com a mudança será mais difícil se realocarem quando a pandemia passar.

Lucas Paiva acredita que as empresas irão adotar novas formas de trabalho, como o home office, com redução da carga horária. Em contrapartida, os salários também devem reduzir.

Em paralelo às mudanças, ele observa que muitos profissionais não conseguem se adaptar, porque são mais conservadores.

O agente de mercado comenta que é um momento extremamente delicado e que o regime de trabalho com Carteira assinada vai mudar, com flexibilização da jornada de trabalho e de outros pontos relacionados ao vínculo empregatício. Para ele, o modelo de produção será mais baseado no desenvolvimento de projetos.

“É um momento de adaptação”, diz, acrescentando que as pessoas que estão desempregadas ou em uma situação de trabalho mais vulnerável, precisam se organizar de forma rápida.

“É um momento de reflexão. O que pode fazer nesse novo cenário?”, acrescenta.

Como agente de mercado do IEL, entidade que trabalha com o desenvolvimento de carreiras, ele menciona que a situação do Instituto também é delicada e lembra que os estudantes que desenvolvem estágios não têm vínculo empregatício. Para ele, a lei que regulamenta os estágios precisa de mudanças.

E se pode haver dificuldade de adaptação por parte das pessoas que já estão há muito tempo no mercado, para os jovens que planejavam se inserir no mercado de trabalho a questão também é delicada. “O que eu posso fazer para ter experiência?”, questiona o agente, lembrando a dúvida de muitos jovens.

Mas ele afirma que hoje a experiência não se resume a trabalhos formais e que as empresas já estão analisando o currículo de uma forma mais leve. Lucas considera que o empreendedorismo está em alta, vê na crise algumas oportunidades e cita alguns setores que estão se sobressaindo como o de delivery, alimentação, saúde e segurança, esses últimos tidos como serviços essenciais.

Para ele, o cenário pós-pandemia será difícil. “Já está difícil até para quem está se saindo bem”, diz, lembrando do ponto de vista humano e das várias profissões que estão enfrentando problemas e registrando muitas demissões.

Mas o agente de mercado afirma que é preciso ter uma mente positiva e aliar isso duas outras questões – atitude e fazer o que gosta. “Quando a gente faz o que a gente gosta não significa que não vai fazer o que não gosta”, adverte.

Lucas Paiva diz que é preciso usar a reflexão do semáforo “parar, pensar e fazer” e que não adianta começar a fazer algo sem pensar e depois ter que parar.

Diante do novo cenário será preciso pensar em alternativas. O agente diz que será importante ter planos de A a Z e lembra que, por mais que seja clichê, conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar do ser humanos. Por isso, aconselha a usar esse período para se capacitar, participar de cursos e estar antenado às novas tecnologias.