Categorias
Sem categoria

Bolsonaro presidente e o quanto a direita é má

Por Caio César Muniz*

Que o pensamento da direita é o de beneficiar o capital estrangeiro, os ricos e afundar o pobre no que de pior possa existir, isto não é surpresa para ninguém, mas, quando a direita brasileira viu uma brechinha para emplacar um líder ao poder, foi extremamente cruel.

Ela revirou o lixo dos seus arquivos, olhou para os lados e, mesmo tendo nomes que poderiam governar o país de uma forma menos ruim para o povo, ela foi lá e escolheu o que de pior havia em seus quadros.

Sem currículo, sem respaldo, falastrão, burro, e ainda por cima cercado por três filhos igualmente truculentos e dispostos a tudo pelo poder. Um militar frustrado, que nunca pegou numa arma, que o maior destaque que teve na caserna foi de ser “corredor”, com o perdão do trocadilho, a direita elegeu um capitão expulso por incompetência.

Armas e mentiras como bandeiras, discursos toscos, nenhuma proposta que trouxesse qualquer benesse a um país em claro desenvolvimento. Com respaldo no estrangeiro, a direita escolheu o que de pior poderia ter para governar o Brasil.

Às vezes eu penso que quis brincar, numa espécie “vai que cola”, colou e, de onde menos se esperava surgiram os tios preconceituosos, os bodegueiros que se achavam classe média, a tia que compra cordão de ouro fiado e não paga, o cara que trai a esposa, o sonegador de impostos, um monte de gente que, sob o lençol de “pessoas de bem”, abraçaram o canalha do militar. Uma amostra de que o Brasil é, “acima de tudo” uma farsa.

Quem tem, ou tinha (porque muitos ficaram pelo caminho após uma pandemia mundial) um mínimo de senso crítico e político, tinha 100% de certeza de que não daria certo. E esqueça a esquerda, antes radical e violenta, agora golpeada e silente, lógico, sem contar os “guerrilheiros” das redes sociais, nunca foram a um ato de rua, nunca pegaram numa bandeira, e depois do empossamento do “inominável” se reclusaram mais ainda por detrás dos seus teclados e monitores.

Inflação, violência, desmatamento, ataque à cultura, às artes, à educação, aos direitos públicos e civis, segregação e fome. Não havia como ser diferente.

Eis que a “brincadeira” da direita está chegando ao fim. Nunca quatro anos foram tão longos, mas ela conseguiu. Num breve sono que a esquerda deu, ela, a direita, emplacou um ignóbil, insignificante e perigoso político à presidência do Brasil.

A brincadeira acabou. É hora de retomar a vida e defenestrar este irresponsável da cadeira maior do país e mandá-lo de volta à sua insignificância. Política é coisa séria. Não possível que todo mundo não tenha aprendido a lição.

*É jornalista, escritor e poeta.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

Categorias
Artigo

Salvem a direita

Tenho muitas divergências com a direita, mas não endosso qualquer tese que signifique eliminar o pensamento divergente. Aprendo bastante quando debato com uma pessoa que tem visões diferentes de mundo mesmo que não concorde com tudo.

Isso, claro, quando o debate transcorre em alto nível.

O bolsonarismo no poder está criando o clichê de que todo direitista é tosco, obscurantista, grosseiro e boçal. As burras generalizações apontam aos conservadores a pecha de que são ignorantes que desdenham das ciências. Aliás nem toda pessoa de direita é conservadora.

Está ocorrendo uma confusão entre conservadorismo e reacionarismo, entre liberalismo e fascismo e tantas outras generalizações.

A direita democrática brasileira já sofreu com isso no passado quando ficou por anos com a imagem vinculada ao regime militar.

Não deixem que a direita e bolsonarismo se tornem uma coisa só no imaginário das pessoas. A direita democrática é necessária ao bom debate.

Que as diferenças se resolvam na esfera política.

Categorias
Reportagem

Partidos brasileiros são mais do mesmo e poderiam ser reduzidos a 2, aponta pesquisa de Oxford

_100330632_gettyimages-912523146

Uma explicação comum para justificar o grande número de partidos políticos no Brasil é o fato de o país ser grande e heterogêneo. Portanto, várias legendas seriam necessárias para representar os diferentes grupos que fazem parte da sociedade.

Mas não é isso o que mostra uma pesquisa inédita da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Fundação Getulio Vargas (FGV), segundo a qual apenas dois partidos já seriam suficientes para representar a sociedade brasileira no Congresso Nacional.

“Tem muitos partidos desnecessários no Brasil, em termos de representação ideológica. Quando um partido é criado, normalmente é para atender a um grupo ideológico pouco representado, dar voz a grupos. Mas não é o que esta acontecendo. Os partidos no Brasil estão sendo criados por outras razões, não para defender bandeiras”, afirmou à BBC Brasil o professor Timothy J. Power, diretor do Programa de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford.

Entre abril e setembro do ano passado, Power e César Zucco, professor da FGV, distribuíram a deputados e senadores um questionário com perguntas sobre diferentes temas – de economia e controle fiscal a reforma política e aborto. O levantamento, chamado de Brazilian Legislative Survey (BSL), é feito a cada quatro anos e tem o objetivo de captar a evolução do pensamento do Congresso Nacional desde a redemocratização.

A partir da resposta dos legisladores, os pesquisadores descobriram que as 25 legendas com representação na Câmara têm posições muito semelhantes.

Seria possível dividir esses partidos em dois grupos, um de centro-direita, composto pelo chamado “centrão”, além de PP, PSDB e MDB, e outro de centro-esquerda, formado por partidos como PT, PC do B e PDT. O bloco de centro-direita têm hoje 60% das cadeiras na Câmara dos Deputados, e o de esquerda, 40%.

“No campo das ideias, pelos 20 assuntos que a gente mediu, dois partidos são suficientes e representariam razoavelmente e de forma coerente a sociedade. Um seria estaria mais à esquerda e outro mais à direita”, disse o professor César Zucco à BBC Brasil.

Power traça um paralelo da distribuição atual de cadeiras no Congresso entre centro-direita e centro-esquerda com o cenário partidário do Brasil em 1979, ainda no regime militar, quando havia apenas dois partidos com representação no Congresso.

_100330637_bbc

“Se você pensar, é parecido com o Brasil em 1979. Tinha dois partidos na época. O Arena (partido governista), com 60% das cadeiras, e o MDB (que fazia oposição ao governo militar), com 40%. Nós vemos a mesma coisa hoje: existem dois grupos, sendo que o de centro-direita tem maior representação no Legislativo”, afirma.

A conclusão de que duas legendas já seriam suficientes para representar as posições da sociedade mostraria que a acelerada criação de partidos políticos no país não é estimulada pela demanda de grupos por representação, mas sim por estratégias políticas e interesses eleitorais.

“Isso confirma a ideia de que, claramente, esses partidos não existem para representar ideologias e ideias que precisam ser representadas. Eles representam ideias parecidas e existem por questões estratégicas dos deputados e senadores”, afirma Zucco.

“Atendem a interesses locais, porque os políticos precisam de legendas diferentes para competir em eleições; a interesses em termos de financiamento, por causa do acesso a recursos partidários; e ao interesse de acesso a recursos dentro do Congresso Nacional, como pessoal, verba, participação em comissões”, completa o professor da FGV.

O efeito impeachment: PT mais à esquerda e PSDB, à direita

Além de mapear a posição dos partidos quanto aos principais temas econômicos e sociais, Power e Zucco também mediram a percepção que parlamentares e senadores têm da ideologia das legendas com representação no Congresso.

Os dois pesquisadores perguntaram aos parlamentares onde eles classificariam cada partido político, numa escala de 1 a 10, sendo 1 “de esquerda” e 10, de “direita”.

A análise histórica das respostas, captadas desde 1990, demonstra que partidos de centro e centro-esquerda, quando assumem a Presidência, tendem a dar uma guinada à direita, porque precisam fazer concessões a grupos conservadores para governar. Foi o caso de PSDB e PT nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Por causa da enorme fragmentação no Congresso e do excesso de partidos políticos, dificilmente o presidente terá, sozinho, maioria para governar. Por isso, forma coligações com outras legendas, ainda que elas não tenham semelhança ideológica com o partido vencedor da eleição.

No governo Lula, por exemplo, o PT se aliou a partidos de centro-direita e direita, como PMDB, PTB e PP. Nos dois mandatos, o Brazilian Legislative Survey captou um “salto” forte do partido para a “direita” em termos de ideologia.

“Se voltamos aos anos 1990, havia uma polarização no governo FHC por causa das políticas neoliberais adotadas. O PT fazia uma oposição forte a elas. Lula ganhou em 2002 e trouxe o PT e partidos mais de esquerda para o centro”, disse Power à BBC Brasil.

Desde o governo Lula, a polarização vinha diminuindo no país. Os levantamentos com parlamentares entre 2002 e 2014 mostram a construção de consensos entre partidos em questões econômicas e sociais, como interferência moderada do Estado na economia, necessidade de responsabilidade fiscal e adoção de programas sociais baseados em transferência de renda – Bolsa Família, por exemplo.

Mas, segundo Power, o impeachment de Dilma Rousseff interrompeu o ciclo de aproximação entre partidos de esquerda e centro-direita.

“Durante o governo FHC, os partidos de esquerda eram mais isolados. Nos anos 2000, eles se aliaram a partidos de centro e centro-direita para permitir a governabilidade de Lula. O impeachment cortou essa aliança.”

Com o rompimento dos laços com siglas como o MDB, o PT e demais partidos tradicionalmente vistos como de esquerda, como PC do B e PDT, tendem a voltar às raízes, adotando posições mais “esquerdistas”, como maior presença estatal na economia.

“Agora que romperam com a direita, nada os impede de adotar uma ideologia de esquerda mais radical”, avalia o professor de Oxford.

Enquanto isso, o PSDB deu um passo largo para a “direita”, na percepção dos parlamentares, em comparação com o resultado dos levantamentos de 2014. “O PSDB vem andando para a direita desde que iniciamos o levantamento, em 1990. Mas agora o movimento foi bastante forte”, diz Zucco.

“A percepção dos políticos de ‘esquerdização’ do PT e de ‘direitização’ do PSDB tem a ver com o impeachment”, destaca.

Em que espectro estão os partidos

De acordo com a pesquisa de Power e Zucco, o partido hoje visto entre os parlamentares como mais “de esquerda” é o PSOL, seguido por PC do B, PT e Rede.

O levantamento também captou a ascensão do chamado Centrão, partidos de médio porte que tiveram papel chave no impeachment de Dilma. Juntos, eles formam uma das maiores bancadas da Câmara e são essenciais à sobrevivência do governo Michel Temer.

Fazem parte desse grupo, visto como “de centro” pelos parlamentares, PSC, Pros, PTB e Podemos (visto na tabela acima com a sigla Pode). Classificados como centro-direita, estão MDB, PSDB, PSD e PR.

O partido visto como mais “de direita” é o Democratas, seguido por PP e PSL. O DEM é também a sigla que de forma mais consistente se manteve “à direita” na percepção dos legisladores desde que o BLS começou a ser feito, em 1990.

Com base nas respostas diretas dos parlamentares às perguntas que medem a posição ideológica, é possível dividir o Congresso em dois grandes grupos, segundo o estudo: um de centro-esquerda, composto por PSOL, PC do B, PT, Rede, PDT, PSB, PPS e PV, e outro de centro-direita, com os demais partidos.

O que esses achados dizem sobre o cenário pós-2018?

Em resumo, o Brazilian Legislative Survey captou um Congresso Nacional polarizado. E, embora existam 25 partidos com deputados eleitos, o legislativo poderia ter apenas dois se levada em conta a semelhança entre eles em questões ideológicas.

Embora haja movimentos na sociedade por uma renovação na política, os pesquisadores avaliam que a fotografia atual do Congresso tende a ser reeditada após a eleição de outubro. Com a restrição ao financiamento empresarial de campanha, candidatos dependerão do Fundo Partidário. E quem recebe mais dinheiro são os partidos tradicionais, que elegeram mais deputados em 2014.

O presidente que se eleger precisará, segundo Zucco e Power, captar o apoio de parte do bloco de “centro-direita” – que tem 60% das cadeiras –, principalmente dos partidos que hoje integram o chamado Centrão.

“Vai ter menos renovação do que o espírito das ruas sugeririam. Quem tem acesso ao dinheiro são os políticos que já estão no poder. O próximo presidente vai ter que fazer mais do mesmo. O grupo majoritário (Centrão) é o que dá apoio ao Temer e ele vai ter que ser cooptado pelo próximo governo. Não dá para esperar muita diferença”, diz Zucco.

“O presidente que se eleger vai ter minoria no Congresso (por causa do grande número de partidos que devem eleger deputados), dificulmente terá 12% das cadeiras. Para governar, ele vai ter que formar alianças com, pelo menos, seis ou sete partidos”, completa Power

Categorias
Artigo

Uma política decente de direita

direitanovo-1

Por Renato Janine Ribeiro*

Defendo o diálogo entre as forças democráticas, isto é, a esquerda e a direita não autoritárias. Mas, como minhas simpatias estão com a esquerda moderada, quero expor o que poderia ser um programa audacioso e avançado de direita ou, se preferirem, liberal. Parto da grande tese do liberalismo: cada indivíduo tem capacidades únicas, notáveis, que para florescerem só precisam que sejam removidas as ervas daninhas. O Estado ou qualquer externalidade, inclusive as Igrejas, mais prejudicam do que ajudam. Claro que essas instituições devem remover obstáculos – e o grande exemplo é a repressão policial ao crime – mas não devem impor direção às riquezas singulares de cada pessoa.

Liberal nada tem a ver com “libertarian”, expressão frequente só nos Estados Unidos e que não se confunde com libertário, que no resto do mundo é sinônimo de anarquista. O anarquista é contra o poder – do Estado, da Igreja, do capital ou do partido. Já o “libertarian” é só contra o poder estatal, mesmo democrático; mas aceita a desigualdade social, mesmo aguda, ou o poder econômico, mesmo abusivo. Muito ao contrário disso, todo liberal autêntico tem uma teoria do homem, literalmente uma “antropologia”, que afirma a riqueza inesgotável de cada indivíduo. Ora, o resultado lógico dessa convicção é que ele defenda uma radical igualdade de oportunidades, para que todas as flores, na sua diferença, floresçam.

A igualdade deve estar na partida – mas não na chegada. A desigualdade social se justifica, para o liberal, em decorrência do empenho e desempenho de cada um, de seu talento e mérito. Um mote liberal seria: igualdade absoluta de oportunidades, incentivo à diferença e à criatividade, recompensa do esforço e do empenho. A riqueza interna de cada um deve se expressar. Portanto, a desigualdade prévia à estreia de cada qual no trabalho deve ser a menor possível. No limite, como propunha um dos liberais mais avançados da história francesa, o jornalista Jean-Jacques Servan-Schreiber, autor do best-seller “O desafio americano”, a herança deveria ser abolida, porque desnivela os pontos de partida. Tal medida, difícil que é de implantar, estaria não obstante no horizonte liberal.

O liberalismo deveria incluir ações afirmativas
 


A sociedade ou o Estado devem garantir o que hoje chamamos de ações afirmativas. O liberalismo genuíno não é contra cotas. Um governo liberal teria por meta, num prazo prefixado de dez ou vinte anos, assegurar uma educação de qualidade elevada e, acrescento, de mesma qualidade para todos os brasileiros. Iria até além das cotas, porque não incluiria só os melhores dentre os descendentes de africanos e indígenas, mas todos. Devem acabar, se for o caso pela ação do Estado, todos os entraves – por definição, injustos, iníquos – à igualdade de oportunidades.
Para o liberal, a educação deve ser prioridade absoluta, justamente porque faz as pessoas crescerem em sua diferença (o que inclui todas as orientações sexuais que não constituam abuso sobre vulneráveis) e beneficia a vida social. Esta, numa sociedade culta e educada, deve reduzir ao mínimo a tutela do Estado. Por que interviria ele na vida sexual, religiosa, espiritual de adultos não vulneráveis?

O empenho – e o desempenho – devem ser aferidos. Responsabilidade é palavra-chave. Enquanto o socialista tende a considerar que todo trabalho é por definição social, e que é difícil distinguir a responsabilidade e a performance de cada indivíduo, o liberal quer responsabilizar as pessoas pelo que fazem. O socialista enfatiza a cooperação, o liberal, a liberdade, isto é, a competição, mas dentro dos quadros legais e éticos. Não é a competição a todo custo, não é a guerra hobbesiana de todos contra todos. Daí que liberais gostem de avaliações. Elas devem individualizar a responsabilidade pelos resultados obtidos, sejam bons ou maus. A remuneração deve estar associada a avaliações.

Há avaliações de todas as sortes. O mercado é um grande avaliador de bens e de certos serviços. Mas precisa de correções. Impostos podem levar o produtor de leite a receber mais pelo que vende do que o fabricante de refrigerantes, que têm um custo de produção menor, uma demanda alta e portanto uma margem de lucro potencialmente superior. Mas, para além da avaliação simples que fazemos todos os dias ao comprar, há avaliações refinadas, que se referem a bens sociais, não ou pouco mercáveis, como educação, pesquisa científica, saúde, cultura e de modo geral tudo o que é novo. Avaliações, aliás, jamais constituem fins em si. Devem gerar resultados. Se a educação é prioridade, os melhores educadores devem ser estimulados. Vejam que “melhor” inclui doses de criatividade e de dedicação ou, se quiserem, os “tantos por cento de inspiração e tantos por cento de transpiração” que se diz serem o segredo das grandes obras.

Este rápido percurso permite uma limpeza de terreno. Muito do que está associado à esquerda, porque ela é mais “social”, pode na verdade caber no mundo liberal. Cotas, por exemplo. Mas temos liberais no Brasil? Difícil dizer. Quem se declara liberal, aqui, com frequência é apenas contra o poder do Estado, e ainda assim somente quando o governante for escolhido pelos mais pobres. Por isso, não se trata de liberais, mas de conservadores. Também por isso, me reservo o direito de apenas reconhecer como liberal quem lute pela igualdade de oportunidades, em pensamentos, palavras e atos. Em alguns momentos, penso que – talvez – a Rede Sustentabilidade possa ocupar o espaço liberal em nosso país. Mas, de todo modo, entre nós o liberalismo continua sendo um enredo com lugar vago para um autor.

Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo. 

Texto profético publicado no Jornal Valor Econômico em 11 de agosto de 2014

Categorias
Comentário do dia

Brasil precisa de um debate honesto entre espectros políticos