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Empresários reconhecem apoio do Governo à indústria potiguar

Em cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Walter Byron Dore, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), empresários reconheceram as ações do Governo do Estado para o desenvolvimento das atividades do setor produtivo e da economia potiguar. O evento de homenagem a personalidades que se destacam como apoiadores e incentivadores do progresso da indústria foi realizado na noite desta terça-feira (14), no Olimpo Recepções.

A governadora Fátima Bezerra ressaltou a importância do momento de reconhecimento aos empreendedores que investem no desenvolvimento da indústria do RN e falou da relação do Poder Executivo Estadual com o setor produtivo e empresarial. “A marca do nosso governo é o diálogo, sempre pautado pela responsabilidade, pela transparência e comprometimento com os interesses do Rio Grande do Norte. E é isso o que tem acontecido nesses três anos de governo, que reconhece o papel indiscutível que tem o setor industrial na geração de emprego e renda”, afirmou.

A união entre o setor produtivo e o poder público também foi destacada pelo presidente da Fiern, Amaro Sales, que lembrou o papel dessa parceria na elaboração de um plano de retomada das atividades econômicas para diminuir os impactos da pandemia. “Servimos de referência para todo o Brasil. Não tivemos nenhuma indústria fechada no RN com sua sensibilidade e sua atenção, governadora”, afirmou.

“Todos nós, empresários, reconhecemos o trabalho que a governadora Fátima Bezerra está fazendo. Uma pessoa que vem de baixo, simples, e está fazendo um trabalho que vai ficar nos livros de história”, ressaltou o empresário fundador do grupo Sterbom, Antônio Leite Jales, agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Homenagens

Foram homenageados industriais dos setores de curtume e confecções, sucroalcooleiro, reciclagem, pesca, sal e alimentos. A comenda da Fiern foi entregue aos empresários Álvaro Coutinho da Motta (in memorian), Eduardo José de Farias, Etelvino Patrício de Medeiros, Francisco Ferreira Souto Filho e Gabriel Calzavara de Araújo. Já a Medalha da Ordem do Mérito Industrial da CNI será entregue ao empresário potiguar Antônio Leite Jales.

A Medalha do Mérito Walter Byron Dore foi instituída a partir da aprovação em assembleia geral extraordinária no ano de 2014, como forma de reconhecer o empreendedorismo, o apoio dado ao setor industrial e para estimular novos líderes empresariais.

Também participaram da solenidade o vice-governador Antenor Roberto, o secretário de Estado e o adjunto de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado e  Silvio Torquato, e o secretário municipal de Governo, Joham Xavier, representando o prefeito de Natal Álvaro Dias.

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Beto deturpa números para se defender de denúncia

Denunciado pelo The Intercept por fazer lobby para a indústria salineira junto ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Beto Rosado (PP) reagiu de forma inusitada.

Primeiro ele não respondeu aos questionamentos da reportagem. Segundo ele sequer enviou nota à mídia.

O parlamentar preferiu fazer um apelo emocional nas redes sociais distorcendo números.

Na conta de bodega de Beto, ao garantir a exploração do sal em 10% do território onde é possível praticar a atividade econômica no Rio Grande do Norte, ele disse que salvou 70 mil empregos.

Fica a sensação de que nos outros 90% do território onde é explorada a extração do sal temos mais 630 mil empregos.

Obviamente não é assim.

Segundo o Blog do Barreto apurou com empresários do setor salineiro em 100% da área da indústria salineira são gerados 15 mil empregos diretos e 65 mil indiretos.

Ainda checamos junto à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) que apresentou números mais modestos. São 4.001 empregos formais sendo 1.561 em Mossoró.

Em síntese: Beto ao articular a exploração do sal em áreas de proteção ambiental conseguiu manter 10% do território onde é possível explorar essa atividade no RN. Ele trata a parte pelo tudo para confundir a população e sair como bonzinho na história.

Leia a reportagem do The Intercept AQUI.

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Análise

Entidades empresariais arranham imagem com ação contra inciativa que alerta criminalidade da homofobia

Na contramão da história que com todos os percalços evolui para o respeito as diferenças e diversidade sexual, algumas das principais entidades empresariais do Rio Grande do Norte gastam dinheiro, energia e tempo do judiciário para inviabilizar uma lei que obriga os estabelecimentos comerciais a usarem cartazes alertando que a homofobia é crime.

Antes de seguir a análise deixo a lista das entidades que entraram na justiça contra a lei:

Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN);

Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR);

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (FECOMÉRCIO/RN);

Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (FAERN);

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE/RN);

Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL-NATAL);

Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte (FACERN).

A ação para impedir o cumprimento de uma lei que exige apenas a afixação de um cartaz alertando que homofobia é crime foi alvo de uma ação cuja liminar foi negada em primeira instância, mas concedida na segunda pelo desembargador Cláudio Santos sob a alegação que se trata de uma “lei desnecessária”.

É chocante saber que essas entidades empresariais consideram um problema o mero alerta de que homofobia é crime. É vergonhosa a iniciativa contra uma proposta simples de cumprir e que contribui em nosso processo de evolução como civilização.

Na Paraíba, tão elogiada pelos setores empresariais de Natal, os estabelecimentos comerciais têm cartazes alertando que homofobia é crime.

Essas entidades do Rio Grande do Norte e o desembargador Cláudio Santos ficarão manchados pela eternidade por isso.

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Deputados e empresários discutem investimentos para o RN com embaixador de Israel

Reunião ocorreu na FIERN (Foto: cedida)

Em passagem pelo Rio Grande do Norte, o embaixador de Israel no Brasil, Shmulik Arie Bass, se reuniu com parlamentares e representantes da indústria potiguar nesta segunda-feira, 03, para discutir oportunidades de negócios para ambos os países.

A audiência, que aconteceu na Federação das Indústrias do Estado (Fiern), contou com a presença dos deputados federais Rafael Motta (PSB), Benes Leocádio (Republicanos) e General Girão (PSL).

O grupo discutiu propostas que impulsionem a produção agrícola, energética e industrial do Rio Grande do Norte, com destaque para o semiárido, por meio da transferência de tecnologias de Israel, país reconhecido pelas técnicas de dessalinização, reuso de água e irrigação.

O deputado Rafael Motta destacou que a capacidade colaborativa de Israel também pode ser extensiva às áreas da segurança e da saúde. Esta, por força da pandemia, em especial.

Disse ele: “Há muito ansiamos por essa parceria, pois Israel tem bastante a colaborar. Precisamos trabalhar para viabilizá-la e fazer com que efeitos práticos de fato aconteçam”.

O embaixador afirmou que Israel está aberto e disponível para cooperações. “Queremos estar mais próximos e buscar caminhos que sejam positivos para os dois países. Não somos um país que quer vencer lugares e sim que quer colaborar com as pessoas”, palavras do embaixador.

Para o presidente da Fiern, Amaro Sales, a agenda é inclusiva, pois “contempla o RN no eixo de desenvolvimento e de novas tecnologias, nas relações a serem estreitadas entre Brasil e Israel”.

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Construção civil volta a registrar crescimento no RN após sete anos

Construção Civil no RN volta a crescer (Foto: Web/autor não identificado)

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, mostra que a atividade do setor no Rio Grande do Norte voltou a crescer em julho de 2020, após registrar queda por 81 meses seguidos – o último aumento havia sido observado em setembro de 2013. Entretanto, o nível de atividade ainda foi considerado, pela maioria dos empresários, como abaixo do padrão usual para os meses de julho. Acompanhando o desempenho positivo da atividade, o nível médio de utilização da capacidade de operação (UCO), também subiu, atingindo 43%, o nível mais alto para um mês de julho desde 2017, quando o indicador alcançou 44%. O número de empregados, por sua vez, apontou recuo, ainda que menos acentuado do que no levantamento anterior. É importante salientar que a Construção foi um dos setores industriais menos impactados pela pandemia do coronavírus, e tem mostrado uma rápida capacidade de recuperação.

O desempenho dos últimos dois meses sugere, inclusive, uma retomada em relação ao ritmo de atividade verificado nos últimos meses de 2019. Os indicadores de expectativa também sugerem um cenário menos adverso para os próximos meses. Todos apresentaram crescimento na passagem de julho para agosto, o que mostra menor pessimismo dos empresários. De fato, os empresários esperam aumento do nível de atividade do setor, ao mesmo tempo em que manifestam perspectivas de estabilidade nos novos empreendimentos e nas compras de insumos; queda é esperada apenas no número de empregados, ainda que moderada. Já a intenção de investimento voltou a subir – aumento de 7,8 pontos na comparação com julho (25,5 pontos) e de 9,1 pontos em relação a agosto de 2019 (24,2 pontos). Com isso, o índice registrou o valor mais alto para um mês de agosto desde 2014, quando o indicador atingiu 40,9 pontos. Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Indústria da Construção com os resultados de julho de 2020, divulgados em 24/08 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se comportamento diferenciado em alguns aspectos.

O nível de atividade na indústria nacional registrou queda, embora menos acentuada do que em junho. Mesmo assim, os empresários esperam crescimento nos novos empreendimentos, nas compras de matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses.

Veja no link abaixo os dados completos e a análise da Sondagem Indústria da Construção de julho:

https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Sondagem-Industria-da-const_jul2020.pdf

Fonte: FIERN.

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MAIS RN desde 2014

Amaro Sales de Araújo*

O tempo corre ligeiro… Já são seis anos de debates, estudos e proposições a partir do MAIS RN, um plano elaborado para ultrapassar a temporalidade dos mandatos dos governos e, de fato, ser um roteiro do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte.

Desde 2011 discutimos no âmbito da FIERN acerca da necessidade de construirmos um projeto de política industrial para o nosso Estado. Por sua vez, Rogério Marinho ao assumir a secretaria de desenvolvimento econômico pensou e conversou conosco sobre a sistematização e apresentação de oportunidades de negócios para o Rio Grande do Norte.

Em síntese, conversamos, juntamos esforços, assumimos responsabilidades, buscamos parceiros. Enfim, nasceu o MAIS RN em 18 de julho de 2014! Contou também com a expressiva colaboração de Marcos César Formiga, in memoriam, assim como, a qualidade técnica da consultoria Macroplan, através de seu líder Cláudio Porto, além de outras instituições e técnicos de destacada qualidade que, ao longo dos últimos 06 anos, se somaram ao esforço de ter um roteiro estudado e bem fundamentado para o desenvolvimento potiguar.

Aliás, em 2018, cuidamos em atualizar o plano, iniciando os estudos em 26 de abril daquele ano, construindo uma agenda ainda mais específica, sugerindo uma pauta prioritária para os próximos anos lançando, estrategicamente em 18 de julho do mesmo ano, a fim de pautar de forma técnica os debates ao governo do RN. O MAIS RN sugere metas, estimula um novo planejamento, até ousadas, mas realizáveis. É preciso ter crença, foco, união e força.

Um plano, dentre outras motivações, serve para inibir improvisações, bem como, neste mesmo sentido, evitarmos a adoção de alternativas fáceis e frágeis. O Rio Grande do Norte, com uma rota estudada, poderá ampliar as muitas perspectivas já disponíveis e o MAIS RN é, em apertado resumo, um aprovado estudo de caminho, fato que renova esperanças e aponta melhores resultados para o futuro!

Com a ocorrência da pandemia de COVID-19, foi lançado o MAIS RN 4.0 que, sob a coordenação técnica de José Bezerra Marinho, passou sistematizar informações estatísticas, construiu plataformas em dashboard para dar transparência aos indicadores, estudou alternativas à crise resultando, inicialmente, na “Plataforma On-line de Acompanhamento COVID – MAIS RN” lançada em 30 de março. Todo o contexto do MAIS RN 4.0 criou o ambiente de parceria e cooperação necessária para a elaboração e entrega do “Plano Gradual de Retomada da Economia” publicada em 05 de maio e adotado pelo Governo do Estado, bem como por municípios do Estado. Além deste primeira entrega, já se inicia o trabalho para o pós-pandemia e sistematização de ideias e projetos para construção do futuro

Sendo repetitivo, mas o ponto de partida, seguramente, ainda é a concretização de um amplo pacto político e social pelo desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte. Sem um amplo ajuste em torno de uma pauta convergente, realmente, ficará muito mais difícil. Precisamos inaugurar um novo ciclo com oportunidades de negócios em diversos segmentos, a modernização da gestão pública e a busca por melhores índices de qualidade de vida.

*É industrial, presidente da FIERN e da Associação Nordeste Forte.

Este artigo não representa a mesma opinião do blog. Se não concordar, faça um rebatendo que publique como uma segunda opinião sobre o tema.

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As máscaras e suas consequências

Por Amaro Sales de Araújo*

 

O COVID-19, de fato, chegou sem qualquer anúncio prévio e quando os especialistas pouco conheciam acerca da doença. E fomos tentando “trocar o pneu com o carro andando”. Em relação ao uso de máscaras foi, mais ou menos, assim. De início, uma recomendação somente para os que apresentam sintomas e profissionais da saúde. Em seguida, visto que a máscara pode ser uma barreira inibidora à disseminação do coronavírus, a recomendação foi estendida para todas as pessoas. Como menciona um dos documentos da OMS: “o uso de máscaras é uma das medidas de prevenção que limitam a propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (2019-nCoV). No entanto, o uso de uma máscara isoladamente não é suficiente para fornecer o nível adequado de proteção. Outras medidas igualmente relevantes devem ser adotadas. Ao utilizar máscaras, esta medida deve ser combinada com a higiene de mãos e outras medidas de prevenção para impedir a transmissão pessoa-pessoa do novo coronavírus.”

Sob a ótica do Sistema Indústria, também há um convencimento geral da importância do uso das máscaras e da necessidade de divulgação intensiva acerca de sua utilização em todos os ambientes de trabalho e coletivos. Aliás, como noticia a Confederação Nacional da Indústria (CNI): “para garantir o atendimento a essa crescente demanda por equipamentos de proteção individual, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI) e indústrias de diversos setores estão canalizando seus processos na produção desses itens”. Aliás, não somente máscaras, mas a CNI tem ido além. Neste sentido, o próprio Presidente Robson Braga de Andrade, esclareceu que “todas as instituições do Sistema Indústria têm participado ativamente na luta contra a covid-19. Em parceria com 10 grandes empresas industriais, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está viabilizando o conserto e a manutenção de centenas de respiradores hospitalares. O SENAI e o Serviço Social da Indústria (SESI) destinaram R$ 30 milhões, no Edital de Inovação da Indústria, a projetos voltados ao desenvolvimento de soluções contra o coronavírus. Os Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia pesquisam meios para minimizar a pandemia”.

No Rio Grande do Norte, em particular, além de uma campanha de divulgação do uso das máscaras, o SENAI já produziu e entregou diversas unidades à instituições sociais. Entre produzidas e em processo de fabricação, o SENAI deve alcançar 70 mil máscaras. O SESI, por sua vez, como ação concreta de prevenção, articulou a aplicação de vacinas contra influenza, adquiriu 9500 testes e 50 mil máscaras para atuação direta nas indústrias, considerando o foco da instituição em saúde e segurança do trabalho.

Mas, nós, principalmente, precisamos nos unir em torno do uso generalizado das máscaras como uma das barreiras de proteção. Não apenas utilizando, mas divulgando e doando para quem não tem condições de adquirir. O enfrentamento à pandemia exige gestos concretos.”

*É industrial, presidente do Sistema FIERN e secretário-geral da CNI.

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FIERN propõe plano de retomada gradual da economia

Por Sara Vasconcelos

Unicom/FIERN

Para direcionar o retorno das atividades econômicas no estado, de forma progressiva e segura — obedecendo as medidas de saúde preconizadas no combate a COVID-19 —, o Sistema FIERN, através do Mais RN, apresenta o Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar. O documento, lançado nesta terça-feira (5), propõe um planejamento estratégico com a “Agenda Pública Urgente” de ações governamentais consideradas pré-requisitos para a recuperação econômica, além de propostas e protocolos para o funcionamento das atividades, com cronograma e escalonamento da flexibilização do isolamento social e para o período pós-isolamento. A ideia é pactuar uma saída e conciliar agendas.

O Plano foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar formado, a partir da Sala de Situação do Mais RN, por representantes das Federações do setor produtivo – FIERN, Fecomércio, Fetronor, Faern -, do Sebrae, da AGN, do governo do Estado, com participação de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

E leva em conta o avanço da pandemia de COVID-19 e a grave crise econômica gerada, a partir de dados e estimativas apresentados por governos e instituições. No Brasil, o governo federal estima que a dívida pública pode chegar a 90% do PIB e o impacto fiscal a R$ 307 bilhões, além de uma queda do PIB de 5,3%, conforme projeção do FMI. Com o desemprego atingindo 15,8%, segundo estimativa do Bradesco.

No Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Tributação (SET) projeta queda no ICMS entre 27% e 30%, algo em torno de R$ 130 milhões por mês. Até o dia 21 de abril, a diminuição registrada na arrecadação deste tributo era de R$ 75 milhões, segundo dados da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), que previa, até o fim de abril, entre R$ 130 milhões e R$ 150 milhões, além de estimar recuo de 44% no consumo do mercado varejista e de 80% no setor de serviços. A indústria também sofre os impactos da crise. Sondagem elaborada pela FIERN aponta que 40% das indústrias do RN não resistem mais um mês nessas condições, 39% já passou por demissões e 65% por renegociação de contrato de trabalho.

Projeções apontam que a curva começa a crescer intensamente entre os dias 15 de abril e 02 de maio, no Brasil, com o pico dos casos previsto para o período entre 3 e 16 de maio, segundo o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e do SUTD Data-Driven Innovation Lab. Para o RN, segundo dados da Sesap, o cenário também converge para o período de 2 a 15 de maio. O documento ressalta que o objetivo do isolamento é achatar a curva de contaminados no pico, com a principal finalidade de não sobrecarregar os leitos hospitalares.

Diante da pandemia, o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, enfatiza a necessidade de planejar a recuperação da economia do Rio Grande do Norte de forma responsável para quando o retorno for possível, minimizando os efeitos da crise instalada. “A FIERN, preocupada com a situação dos empresários e da economia do Rio Grande do Norte, formou um grupo de trabalho para discutir soluções e a sugestão resultante que será feita ao Governo do RN é de indicar caminhos, de ver uma luz no fim do túnel e como caminhar até ela”, afirma o presidente.

Ele destaca a cooperação das entidades envolvidas no grupo de trabalho interdisciplinar. “O grupo tem forte representatividade dos mais diversos setores da economia, do setor produtivo, governo, prefeituras, do meio científico e médico, com mais de 20 pessoas envolvidas, debatendo possibilidades em vários campos e direções para darmos esta contribuição à sociedade e podermos, desde já, planejar a retomada”, observa Amaro Sales.

A Agenda Urgente elenca pontos de atenção e necessidade de respostas mais imediatas, como o planejamento nos bancos para acesso ao crédito-auxílio, criação de barreiras sanitárias nas divisas, um Plano de Segurança Pública para Situação do COVID-19, distribuição de máscaras para a população, monitoramento completo dos leitos hospitalares, além de propor que o Governo do Estado deve agir junto ao Governo Federal para flexibilizar burocracias que impedem, neste momento, as empresas terem acesso aos programas de financiamento, bem como a melhoria do acesso a linha de crédito especial do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional – FNE.

A agenda pressupõe identificar a população de maior risco, expandir a capacidade de testes, ter o acompanhamento eficiente, em tempo real, de leitos disponíveis de UTI dotados de respiradores, o Governo dar condições para que as Secretarias e órgãos estaduais [Segurança Pública, Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Pesquisa, Ciência e Tecnologia e Idema] atuem de forma intensiva, condicionadas às orientações da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap).

Propostas e protocolos de ações para retomada das atividades

Entre as propostas apresentadas no Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar estão a criação de um cronograma para abertura gradual de atividades econômicas e de horários alternados para diversas atividades econômicas de forma que se evite horários de pico. O Plano ainda alerta para atividades econômicas que, hoje, merecem atenção e sugere ações de educação para planejamento financeiro às famílias e de suporte aos pequenos empresários.

Além de ações transversais de continuidade de quarentena domiciliar para grupos de risco e infectados; uso generalizado de máscaras de proteção; adequação da oferta da frota de ônibus urbanos; continuidade de suspensão de eventos com grande número de pessoas e a manutenção do teletrabalho para as atividades em que for possível essa modalidade.

E apresenta um conjunto de protocolos de retorno como Protocolo de distanciamento social no trabalho, Protocolo se algum funcionário testar positivo para COVID-19; Protocolo para creches e escolas; Fábricas, Escritórios, Setor lojista; Setor de alimentação; Salões de beleza, estética e correlatos; Shoppings e praças de comércio; Personal trainer e estúdios de pequeno porte; Transporte público.

Há ainda a proposta de projeto piloto de liberação para pequenos municípios, em que, aqueles que até o momento não apresentaram óbitos, casos confirmados e nem possuem casos suspeitos possam ser gradualmente liberados, observando os pressupostos, protocolos e ações transversais apresentados.

José Bezerra Marinho, coordenador do Mais RN, explica que o plano de retorno gradual considera o ser humano em sua integridade, no aspecto de saúde e também na necessidade de sustento e sobrevivência econômica. “O plano procura atender e pensar o ser humano em sua integridade, buscando oportunidades, com o escalonamento, para que quando se tornar possível, obedecendo a todos os protocolos, o retorno as atividades econômicas possam ser feitas pensando nos trabalhadores e nos empresários de todos os portes, desde o grande ao micro”, disse Marinho.

O documento também antecipa estratégia e pilares da comunicação, com campanha para orientação e conscientização da responsabilidade de todos os cidadãos acerca do cumprimento das medidas preventivas, com ênfase nas ações transversais estabelecidas no plano (horários, circulação, higienização das mãos, uso de máscaras).

E estabelece ainda o papel estratégico do “Sistema S” nesse contexto, com treinamento e consultoria para os empresários e equipes se adequarem aos protocolos de propostos no Plano. Os treinamentos serão todos online de forma a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo a mensurar a quantidade e a identidade dos capacitados.

“O objetivo é elaborar um plano responsável, seguro, atento aos ditames da saúde, mas que dê previsibilidade e um calendário de retorno gradual das atividades econômicas no Rio Grande do Norte”, afirma assessor técnico de Economia e Pesquisa da FIERN, Pedro Albuquerque.

Acesse aqui a íntegra Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar-MAIS_RN

Assista o vídeo de apresentação https://youtu.be/10gOBP4kDvM

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FIERN leva comitiva de empresários para Assembleia com meta de manter PROEDI inalterado

Uma comitiva empresarial, liderada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) vai a Assembleia Legislativa em um ato de defesa ao Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROEDI) que é alvo de um projeto que propõe a anulação do benefício.

O empresário João Lima, representa o presidente da FIERN, Amaro Sales – que está cumprindo agenda em Brasília-, ao lado empresas que hoje são beneficiadas pelo programa. “Vamos apresentar a importância do PROEDI para o Estado e defendemos que ele seja mantido como está”, disse.

A visita foi antecipada em um dia devido a agenda do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), que estará amanhã na casa.

“O Rio Grande do Norte, precisa do emprego do PROEDI. Não podemos perder 25 mil empregos diretos”, enfatizou Amaro Sales. A FIERN já havia encaminhado aos deputados estaduais uma carta em defesa do programa.

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Produção industrial do RN fica estável em setembro

A produção industrial potiguar ficou estável em setembro, após registrar aumento no mês anterior. Mesmo assim, a utilização da capacidade instalada (UCI) subiu de 71% em agosto para 72% em setembro, embora tenha sido considerada pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para o período. O índice de evolução do número de empregados permaneceu abaixo dos 50 pontos, apontando queda do emprego industrial na comparação com o mês anterior, mantendo a tendência negativa que vem sendo observada desde outubro de 2017.

Além disso, os estoques de produtos finais diminuíram, mas ficaram acima do nível planejado pelo conjunto da indústria. Apesar deste cenário, no que tange às expectativas para os próximos seis meses, os empresários encontram-se otimistas no que diz respeito à evolução da demanda e das compras de matérias-primas, porém preveem queda no número de empregados e na quantidade exportada dos produtos. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a subir – alta de 5,4 pontos na comparação com setembro e de 1,9 pontos em relação a outubro de 2018.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram nível de utilização da capacidade instalada igual ao usual para meses de setembro; os estoques de produtos finais caíram e ficaram abaixo do planejado. As expectativas dos empresários são de redução no número de empregados e estabilidade nas exportações nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram UCI efetiva abaixo do usual; os estoques de produtos finais ficaram estáveis e acima do desejado. As expectativas em relação aos próximos seis meses, são de estabilidade no número de empregados e queda na quantidade exportada dos produtos.

No terceiro trimestre de 2019, tanto a margem de lucro operacional como a situação financeira foram avaliadas como insatisfatórias pela indústria potiguar, e o acesso ao crédito segue difícil. Além disso, os empresários avaliaram que os preços médios das matérias-primas aumentaram menos do que trimestre anterior.

Os principais problemas do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continua sendo a elevada carga tributária, seguida pela demanda interna insuficiente, pela falta ou alto custo da matéria-prima, pela falta ou alto custo de energia, pela burocracia excessiva, pela falta de capital de giro e pelas dificuldades na logística de transporte. Registre-se, mesmo assim, recuo nas assinalações de demanda interna insuficientes e inadimplências dos clientes, relativamente ao trimestre anterior, o que pode abrir espaço para um aumento na produção nos próximos meses.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 22/10 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que na indústria nacional a produção caiu, os estoques de produtos finais cresceram levemente; e os empresários preveem estabilidade no número de empregados e aumento nas exportações nos próximos seis meses.

Texto: Assessoria da FIERN