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A lista que pode expor as vísceras da política potiguar

Na semana passada, o empresário Fred Queiroz prestou depoimento ao Ministério Público Federal a respeito da Operação Munus, um desdobramento da Lava Jato, que apura desvio de recursos da construção da Arena das Dunas.

No meio do depoimento Fred revelou que repassava o dinheiro que arrecadava com as empreiteiras para Aluísio Dutra que se encarregava de fazer os acertos com os políticos que vieram a apoiar a candidatura de Henrique Alves ao Governo do Estado em 2014.

Há quatro anos Henrique montou o maior palanque já visto no Rio Grande do Norte. Conseguiu a proeza de juntar em torno de si políticos que se odiavam.

Era algo enaltecido na época como fruto da reconhecida habilidade política de Henrique. As investigações do MPF mostram que não foi de graça.

Resta saber quem constava na lista de Aluísio Dutra. As vísceras da política potiguar estariam expostas.

Com informações do Blog de Thaísa Galvão

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Delator revela R$ 9 milhões em caixa 2 para Henrique e “compra de apoio político”

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Texto e Foto: Agora RN

O empresário Fred Queiroz confirmou em depoimento à Justiça Federal nesta quarta-feira, 4, que recebeu R$ 9.031.500,00 (destes, R$ 5 milhões em espécie) via caixa 2 para a campanha do, então, candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves. Também ex-secretário de Obras de Natal, Queiroz citou que houve ainda “compra de apoio político” para juntar votos em benefício de Henrique.

Queiroz, todavia, afirmou desconhecer a origem do dinheiro até o momento em que o Ministério Público Federal deflagrou a Operação Manus, em junho de 2017. Ele explicou ainda que, do dinheiro recebido em espécie, R$ 1 milhão foi entregue em uma mala por Norton Domingos, assessor pessoal de Henrique, e outros R$ 500 mil foram depositados na conta da empresa do ex-secretário de Obras de Natal, a Pratika. O restante, conforme depoimento de Queiroz, foi repassado a pessoas indicadas por Arturo Arruda e ao próprio publicitário (R$ 100 mil) em São Paulo.

O resto do dinheiro pago em espécie (R$ 4 milhões), segundo Queiroz, teria sido sacado do Banco do Brasil do Centro Administrativo e viabilizado pelo assessor Aluízio Dutra. O intuito era “mobilizar” municípios potiguares a favor de Henrique em 2014.

Fred Queiroz, o primeiro a ser ouvido nesta quarta-feira, foi parte da oitiva envolvendo os réus da “Operação Manus”, que apura desvios na construção da Arena das Dunas, bem como movimentação de propinas envolvendo empreiteras para auxiliar na campanha do ex-ministro do Turismo. Ele negou que houvesse sido coagido a firmar acordo de delação premiada com Ministério Público Federal.

Além do próprio Queiroz, são réus na ação, Henrique Alves; Eduardo Cunha; o publicitário Arturo Arruda; o ex-presidente da Odebrecht, Fernando Ayres e José Aldemário Pinheiro (Léo Pinheiro), da OAS. Ele foi ouvido pelo juiz Francisco Eduardo Guimarães, titular da 14ª Vara Federal.

Palavra de Ayres

Ex-presidente da Odebrecht, Fernando Ayres afirmou em seu depoimento que a intenção da empresa era apoiar um candidato ao governo do Rio Grande do Norte que estivesse de acordo com os ideais da Odebrecht, bem como maleável a participar de iniciativas de privatizações, como a Caern – este nome seria o de Henrique Alves.