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Reportagem

Todos os caminhos levam a Henrique Alves

Antunes Sobrinho celebra resultado de leilão (Foto: Ayrton Vignola/AE)

No dia 22 de agosto de 2011, o então poderoso deputado federal Henrique Alves era fotografado com o vice-presidente da Engevix José Antunes Sobrinho comemorando o resultado do leilão na Bovespa cujo resultado definiu quem administraria o Aeroporto Internacional Aluízio Alves.

Por R$ 170 milhões, o Consórcio Inframérica levou a melhor tendo como parceira a Engevix de Antunes Sobrinho.

Henrique Alves foi o principal articulador para a construção do novo aeroporto na Grande Natal a despeito de todos os questionamentos quanto a necessidade do novo equipamento.

A Engevix não faz mais parte do Consórcio Inframérica, mas os problemas persistem.

Ontem, Antunes Sobrinho apareceu em notícia do Jornal O Globo com a delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em que ele afirma ter pago propinas e bancado contratos fictícios em obras dos aeroportos de Brasília e Natal (leia-se São Gonçalo do Amarante).

Segunto, Antunes os pagamentos ilegais envolvem o MDB de Henrique Alves e a Caixa Econômica Federal, banco estatal que já rendeu uma condenação de oito anos e oito meses ao ex-ministro do turismo por desvios de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O pivô do esquema, segundo o Ministério Público Federal, é o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, um apadrinhado político de Henrique e Eduardo Cunha.

Todos os caminhos desta delação levam a Henrique Alves, um dos maiores defensores da construção do novo aeroporto.