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Análise

Lula x Bolsonaro: quem tem mais potencial de transferência de votos no RN?

Lula tem maior potencial de transferência de votos no RN

É sempre pauta na imprensa nacional a discussão em torno do eleitor “nem nem”, nem Lula nem Bolsonaro, mas na prática os dois líderes políticos do país não só seguem polarizando o debate público como lideram as pesquisas e demonstram capacidade de transferência de votos.

No Rio Grande do Norte ficou evidenciando na pesquisa Realtime Big Data que a vinculação aos dois é capaz de impulsionar candidaturas majoritárias.

Veja o caso da disputa pela cadeira de senador. O petista Jean Paul Prates aparece nos três cenários analisados com variação entre oito e 11 pontos percentuais, mas quando tem o nome associado a Lula ele deixa as últimas colocações e assume a liderança.

O ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) não se beneficiam da vinculação deles a Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, respectivamente. Inclusive, o pedetista até cai numericamente de uma variação de 26 a 31 pontos percentuais para 23%.

Na sondagem para o Governo, Fátima Bezerra (PT) sobe de uma variação de 27 a 32 pontos percentuais para 39% quando tem o nome associado a Lula.

Já o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) salta de uma variação entre 5 e 6 pontos percentuais para 19% quando tem o nome vinculado ao de Bolsonaro, mas ainda assim fica em terceiro lugar.

A conclusão que podemos fazer disso é que Lula e Bolsonaro tem potencial de transferência de votos, mas o petista que é líder em todas as pesquisas presidenciais no Rio Grande do Norte tem maior potencial para isso.

Por que?

Lula melhora o desempenho da governadora que é 100% conhecida no Estado e faz o desconhecido Jean Paul Prates assumir a liderança na corrida ao Senado.

Já Bolsonaro não altera o desempenho de Rogério Marinho que já tem imagem vinculada a ele, mas consegue alavancar o pouco conhecido Benes Leocádio na disputa pelo Governo, mas não a ponto de coloca-lo na liderança. Isso se deve a alta rejeição do presidente no Estado.

Lula ajuda conhecidos e desconhecidos. Bolsonaro é mais forte para impulsionar nomes desconhecidos.