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Análise

Allyson confunde para não explicar

Allyson tenta abafar situação constrangedora com os católicos (Foto: cedida)

O apoiador do prefeito eleito Allyson Bezerra (SD) que ficou na foto e na manchete certamente estará passando vergonha neste momento nas redes sociais do Blog do Barreto.

Mas vamos ao que interessa: durante boa parte do dia de ontem o prefeito eleito foi criticado por não ter comparecido a carreata que encerrou a festa de Santa Luzia no dia 13. Pior: ele sequer fez menção nas suas redes sociais a uma data importantíssima para cultura mossoroense.

O fato pegou mal entre os católicos.

Como resposta Allyson mandou um texto que mais confunde do que explica abordando outras agendas com a Igreja Católica que não estavam sob questionamento.

Leia e depois voltamos ao assunto:

Allyson mantém diálogo com igreja católica e reforça apoio a eventos religiosos em Mossoró

O deputado estadual e prefeito eleito de Mossoró Allyson Bezerra (Solidariedade) participou da abertura da Festa de Santa Luzia 2020.

A solenidade começou com a chegada da imagem de Santa Luzia à Catedral, após cortejo iniciado no São Manoel. Em seguida, ocorreu o hasteamento das bandeiras, onde Allyson participou representando a Assembleia Legislativa, a convite da Diocese de Mossoró.

Após o hasteamento das bandeiras, Allyson e o vice-prefeito Fernandinho (PSD) participaram da missa na Catedral de Santa Luzia.

No dia 19 de novembro, Allyson esteve em reunião com o Vigário-geral da Diocese de Mossoró Padre Flávio Forte. O encontro aconteceu na Rádio Rural de Mossoró.

Desde a campanha, Allyson reforça o apoio e incentivo à realização dos eventos religiosos na cidade como a Festa de Santa Luzia, tradicional e reconhecida como a maior do RN.

Veja: ninguém escreveu ou disse que o prefeito não esteve nessas agendas. Inclusive na nossa crítica ponderamos que ele esteve na abertura da festa. A questão é justamente no dia 13 eles simplesmente ignorou a data mais importante do calendário religioso local e à noite foi no culto evangélico (nada contra), o que evidencia que foi uma decisão calculadamente política.

Alguns apoiadores do prefeito eleito tentaram minimizar o assunto. Mas é um precedente perigoso sobre a discussão da religiosidade dentro de Mossoró. A responsabilidade de Allyson hoje é bem maior e se isso incomodou vários católicos é porque a crítica faz sentido.

O prefeito eleito sabe tanto que foi uma escolha política ignorar a data que escolheu confundir em vez de explicar numa tática bem ao estilo Rosalba Ciarlini. Jogou um texto com as agendas e uma foto com o bispo para pegar o público mais preguiçoso que não lê os textos e já sai tirando conclusões equivocadas.

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Artigo

Após promessas descumpridas e vaias, prefeito evita procissão de santa Luzia

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O dia é 23 de setembro de 2014. No auge da popularidade o prefeito Francisco José Junior (PSD) sentia-se todo poderoso. Acordou cedo e foi à Serra Mossoró anunciar com pompa e circunstância a pedra fundamental da construção da estátua da padroeira da segunda maior cidade potiguar.

Depois dessa solenidade ele conseguiu fazer barba, cabelo e bigode nas eleições levando o desconhecido Galeno Torquato (PSD) a ser o segundo deputado estadual mais votado da cidade. Sem contar que seus candidatos a presidente, governador e senador venceram e Fábio Faria (PSD) quase teve a mesma votação para deputado federal que a ex-prefeita Fafá Rosado em Mossoró*.

A promessa de fazer a estátua de santa Luzia se converteu em um santuário. Até mesmo um empresário desconhecido surgiu do anda prometendo investir R$ 15 milhões atendendo a uma promessa da mãe. A história provocou desconfianças. A obra nunca saiu do papel.

Ano passado, num gesto de coragem, o prefeito encarou a massa enfurecida apostando que as vaias se converteriam em aplausos ao anunciar a obra que no final nunca saiu do papel.

No ocaso da gestão, Francisco José Junior ficou de fora da última procissão de santa Luzia com ele sentado na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.

Talvez fosse mais fosse mais interessante ficar no conforto do lar. Afinal de contas, o máximo que aconteceria ao prefeito seria ouvir os desafores de um povo sofrido e revoltado com uma gestão sem resultados e promessas descumpridas.

Misturar política e religião foi uma péssima ideia.

*Dado atualizado com a ajuda do leitor Hélito Honorato.