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Sesap alerta sobre baixo estoque de soro antiveneno

Com baixo estoque, Sesap alerta para intensificar cuidados em relação a acidentes envolvendo animais peçonhentos (Imagem: Web/Autor não identificado)

 O nível do estoque de soro antiofídico é crítico e a população deve reforçar os cuidados com a prevenção de acidentes envolvendo serpentes. O alerta foi feito ontem, 9, pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), por meio do Programa de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM)

De acordo com as informações repassadas pela assessoria de comunicação do Governo do Estado, a criticidade no estique de soro antiofídico é consequência da crise de abastecimento de soros antivenenos – usados para o tratamento de picadas de serpentes e outros animais peçonhentos – que afeta todo o país.

Segundo a assessoria, os soros antivenenos são fornecidos apenas pelo Ministério da Saúde, que desde 2013 envia quantidade menor do que a solicitada pelos estados. O cenário decorre de adequações necessárias, por parte dos laboratórios produtores, para cumprir as normas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Por meio da assessoria de comunicação do Estado, a técnica responsável pelo controle dos soros do Programa de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos da Sesap, Luanna Oliveira, falou sobre o assunto. “O estoque de soro antibotrópico (contra jararaca) está muito reduzido, tornando-se insuficiente para atender a demanda crescente dos acidentes. Na rede hospitalar de referência para esses atendimentos no RN, dispomos apenas do quantitativo para atender dois acidentes graves. Pedidos extra rotina e antecipação de rotina vêm sendo solicitados, com vistas a minimizar possíveis transtornos e indisponibilidade dos insumos, mas a situação do Ministério da Saúde também é delicada com estoques reduzidos para atender todos os estados, além de enfrentar dificuldades com a diminuição dos voos para transporte desses insumos”, afirmou. Segundo ela, a previsão é que novo pedido chegue ao RN hoje, 10.

Atualmente, a oferta de soros antivenenos está centralizada em quatro unidades hospitalares do Estado, Hospital Giselda Trigueiro (Natal), Hospital Regional Tarcísio Maia (Mossoró), Hospital Regional do Seridó (Caicó), Hospital Dr. Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros).

 “De acordo com dados epidemiológicos, estamos nos aproximando do período em que se evidencia um aumento no número de acidentes com serpentes, portanto é imprescindível que ações educativas sejam intensificadas pelas equipes de vigilância epidemiológica de cada município visando a orientar a população sobre as medidas de prevenção contra esse tipo de acidente”, alertou a técnica responsável pelo controle dos soros, Luanna Oliveira, por meio da assessoria.

Prevenção

Entre os cuidados para prevenção de acidentes com serpentes recomendados pelo Ministério da Saúde e repassados pela Sesap estão: “usar sapatos fechados de cano alto ou perneiras ao  caminhar na mata ou entre folhas secas, ter muita atenção e usar luvas de couro ao manejar locais onde as serpentes possam estar presentes, como matas, tocas, troncos e lenhas de árvores, no amanhecer e no entardecer, evitar aproximar-se de vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade, não colocar as mãos desprotegidas em buraco e cupinzeiros, folhas secas, monte de lixo, lenha e palhas, evitar acúmulo de lixo ou entulhos que possam atrair ratos ou outros pequenos animais, um dos principais alimentos das serpentes. Trabalhadores rurais devem fazer uso de equipamentos de proteção individual (EPI)”, informa a assessoria.

Como agir em caso de acidentes

A Secretaria orienta ainda que em caso de acidente, deve-se lavar o local da picada apenas com água e sabão e procurar o serviço de saúde mais próximo e se capturar o animal, levá-lo junto para ser identificado, o que ajudará no tratamento, com o uso do soro específico para cada tipo de envenenamento ou informar ao médico o máximo possível de características do animal, como: fotos, tipo do animal, cor, tamanho. Além disso, não se deve amarrar o braço ou perna picada, fazer prática de torniquetes ou garrotes, perfurar o local da picada nem utilizar materiais como pó de café, folhas, álcool, querosene, ou outros contaminantes, nem chupar o local da picada.

Centro de Assistência Toxicológica do RN

Em qualquer situação de envenenamento, a Sesap disponibiliza orientação por telefone através do Centro de Assistência Toxicológica do RN (CATOX).

Segundo a assessoria de comunicação, o Centro funciona em regime de plantão permanente 24h por meio dos números telefônicos: 0800 281 7005 / 3232.4295 / 98125-1247 / 98803.4140 (WhatsApp). Trata-se de uma unidade pública de referência no Estado, que executa ações de suporte e apoio a profissionais e população em geral nos casos de intoxicação ou suspeita de envenenamento.

O principal objetivo é garantir informação toxicológica voltada à prevenção de acidentes, proteção e promoção à saúde nas situações de risco de natureza toxicológica provocadas por animais peçonhentos, medicamentos, saneantes, raticidas, plantas tóxicas, cosméticos, produtos químicos industriais, agrotóxicos, poluentes industriais e quaisquer outras substâncias potencialmente agressivas ao ser humano.

Com informações da assessoria de comunicação do Governo do Estado

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Funcionários da AeC estão expostos ao Coronavírus

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Alguns funcionários da AeC relatam ao Blog do Barreto que estão vulneráveis à transmissão do Coronavírus. A empresa de telemarketing instalada em Mossoró emprega mais de 2 mil pessoas.

São vários equipamentos de uso compartilhado como cadeiras, teclados, mouses e headset. Além de áreas de uso comum como banheiros e restaurante.

Os relatos são de que medidas preventivas tomadas se limitaram a disponibilização de álcool em gel e restrições ao uso de bebedouro. Grávidas, idosos e pessoas com doenças crônicas seguem trabalhando normalmente.

Todo mundo falando de restrições no comércio e é preciso lembrar de um dos locais com maior fluxo de gente da cidade.

Atualizando (18h51)

Abaixo nota da AeC

Nota

A AeC implementou em Mossoró e em todas as suas unidades um rigoroso protocolo elaborado com base nas recomendações dos órgãos oficiais de saúde nacionais e internacionais desde as primeiras notícias sobre o Coronavírus.

A AeC ressalta que a prioridade da empresa é e sempre será a segurança e bem-estar de todos os seus colaboradores e que valorizar as pessoas sempre foi base fundamental de seus valores e princípios inegociáveis e assim seguirá sendo durante a travessia desta situação.

Entre as medidas de proteção já realizadas como prevenção ao coronavírus estão:

– A disponibilização de álcool gel em todas as nossas unidades.

– Desenvolvimento e disponibilização de palestras virtuais com profissionais da saúde e cursos EAD com orientações para todos os colaboradores.

– Forte aumento da frequência de limpeza nas instalações de uso comum (banheiros, estações de trabalho, lanchonete, catraca, recepção, elevadores, entre outros).

– Isolamento das saídas de água nos bebedouros, possibilitando apenas o abastecimento dos recipientes (copos e garrafas).

– Uma intensa campanha de conscientização, prevenção e disseminação de informações úteis e oficiais.

Além das ações acima, a empresa iniciará, nas próximas 24 horas a seguintes ações:

–  Limpeza profissional (desinfecção do ambiente) na madrugada, com o uso de equipamentos químicos com alto poder de esterilização.

– Disponibilização de um grupo de profissionais da saúde na entrada de cada uma das suas unidades com o objetivo de medir a temperatura dos colaboradores e explorar potenciais casos suspeitos (os quais imediatamente serão encaminhados a médicos e hospitais, sem contato com o ambiente interno da unidade.

– A distribuição de kits de higiene individuais (álcool e flanela), incentivando a higienização de seus espaços e materiais da estação de trabalho ao início e fim de seus turnos.

A AeC também está trabalhando incansavelmente para viabilizar a rápida utilização do trabalho remoto. A empresa entende que este esforço terá um efeito duplo, pois além de possibilitar que o colaborador possa passar mais tempo em casa, ele também garante que nossas unidades possam seguir operando com volume bem menor de pessoas e com maior espaçamento entre as estações de trabalho. Todos os colaboradores acima 60 anos já estão em regime Home Office.

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Segurança: prevenir para não precisar remediar

Marco Antônio Barbosa*

Como os nossos estados ou cidades se preparam, hoje, para evitar, impedir e se precaver da violência? A segurança é uma das principais demandas da população e está estampada nas campanhas eleitorais. Mas o que é feito, de fato?

Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os gastos do governo com segurança pública no Brasil totalizaram R$ 91,2 bilhões em 2018, o equivalente a 1,34% do PIB ou R$ 409,66 por brasileiro. Em relação ao ano anterior, o país aumentou as despesas com a área em 3,9%.

O porquê o investimento cresce, mas a sociedade continua com a sensação de insegurança? Não é por falta de alternativas.

O mercado de empresas de segurança prevê um crescimento de 10% até o fim de 2019, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). Cerca de 95% das empresas que atuam no Brasil lançaram novas soluções, sendo algumas com tecnologia ponta utilizada no combate ao terrorismo fora do país. Mas quantas delas vemos usadas no dia a dia das nossas cidades para evitar ações criminosas?

A Torre Eiffel, em Paris, por exemplo, possui um sistema de controle de acesso e segurança com alta tecnologia e é um monumento do governo. Já cidade de Cannes, também na França, possui pilares retráteis por toda a sua extensão, protegendo locais públicos de invasão de carros não autorizados. O que estes dois pontos tem em comum e que poderiam servir de exemplo para o Brasil: são públicos e o investimento foi feito pelo poder público.

Embora o gasto com segurança no Brasil cresça a cada ano, andamos no caminho inverso: oneramos nossos cofres com tentativas de soluções para remediar. Armas não são a única forma de segurança. Um exemplo claro de como a verba é mal investida foi o assalto ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, no mês passado. Os criminosos entraram na pista, roubaram uma carga em dinheiro que iria entrar em um avião e fugiram. E não é a primeira vez que isto acontece. Não havia barreiras para impedir o acesso a pista, e tampouco câmeras de identificação. Quando fugiram, a polícia foi atrás, seguindo e deixando um rastro de ações para remediativas.

Assim agimos nas favelas também. Não impedimos a droga de chegar lá, não evitamos as facções criminosas de atuar no país inteiro, mas subimos atirando e colocando as vidas de inocentes em risco.

O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública também mostra que os gastos com inteligência reportados pelos estados brasileiros, os principais responsáveis pela entrada de recursos na segurança pública, foram na ordem de 0,6%.

Temos as tecnologias, temos o dinheiro, mas não existe inteligência ou estratégia. Pode dar certo em uma ação, mas a tendência, em longo prazo, é sempre estarmos atrás do crime, que se atualiza e se expande a cada dia.

No português claro, usamos armas de fogo, mas não pensamos em como usá-las. Remediamos o problema, mas não evitamos. Tampamos o vazamento com uma fita, mas não o consertamos. Em pouco tempo devemos nos afogar.

*É especialista em segurança