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“Puxadinho”? PC do B não tem histórico de alinhamento com PT em Mossoró neste século

PC do B e PT juntos numa eleição. Coisa rara em Mossoró (Foto: Web/autor não identificado)

Um rótulo comum da política é se referir ao PC do B como um “puxadinho” do PT dado a histórica parceria entre os dois partidos no Brasil.

Mas não necessariamente o PC do B é sempre assim e Mossoró é uma prova cabal disto.

Em todas as eleições realizadas neste século o PC do B só reproduziu a parceria histórica em 2016 e ainda assim indicando a cabeça de chapa com Gutemberg Dias. Coube ao PT apresentar Rayane Andrade como vice.

A parceria foi bem sucedida com 11.152, a maior votação de um candidato de esquerda em Mossoró até agora.

Nas outras eleições os partidos estiveram apartados.

Em 2004, o PC do B apoiou Francisco José (na época no PSB) enquanto o PT lançou Crispiniano Neto. Já em 2008, o partido indicou Gutemberg Dias como vice de Renato Fernandes (que estava no PR, atual PL). O PT editou uma surpreendente parceria com o sandrismo indicando Tércio Pereira vice Larissa Rosado (na época no PSB).

Já em 2012 os dois partidos não formaram uma aliança direta, mas dividiram o palanque de cabendo ao PT indicar como vice Josivan Barbosa na chapa encabeçada por Larissa Rosado.

Em 2014, nas eleições suplementares, Gutemberg Dias se lançou candidato a prefeito pela primeira vez recebendo 2.265 votos ficando atrás de nomes como Cinquentinha (na época no PSOL) e Josué Moreira (na época no PSDC).

O pleito foi vencido por Francisco José Junior (na época no PSD) que tinha como vice o petista Luís Carlos Martins.

Alianças entre PT e PC do B em Mossoró se tornaram coisa rara neste século XXI.

Nota do Blog: o século atual começou no dia 1º de janeiro de 2001. Logo a primeira eleição para prefeito foi em 2004.

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Sindicatos, Rosalba e os rótulos

Alinhados historicamente com a esquerda os sindicatos são alvos de cobranças por serem silenciosos com a governadora Fátima Bezerra, por ela ser do PT.

Há uma verdade parcial nisto e uma interpretação equivocada também. De fato, há alguns sindicatos que se calam diante do governo Fátima, mas não são todos. Outro ponto que acalma os sindicatos é o estado permanente de negociação, transparência nas informações e mesmo assim tivemos vários protestos. Sem contar a greve dos servidores da saúde.

Agora vamos ver essa questão no plano municipal. Não há negociação, a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) despreza e sabotou o principal sindicato e trata a questão da folha salarial sem qualquer transparência.

Todo mês várias categorias ficam sem pagamentos no último dia útil do mês de horas extras, plantões, terço de férias, 13° e outras vantagens sem serem pagas. A prefeita só paga o salário base e espalha que está pagando tudo rigorosamente em dia. O resto sai depois do dia 5 do mês subsequente e de forma fatiada.

Os representantes das categorias se calam bovinamente. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSERPUM) dá mostras de não ter forças para reagir a esse quadro.

A prefeita segue fingindo que tudo vai bem, sua militância prega o salário “rigorosamente em dia” e poucos servidores têm a coragem de denunciar tudo isso nas redes sociais.

Imagina se Rosalba fosse do PT!