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De onde vem o conceito natalense de essencialidade

Força do Lobby impõe o que é essencial em Natal (Foto: divulgação)

A Câmara Municipal de Natal já decidiu que igrejas, educação, bares e restaurantes são serviços essenciais. Mas o que obviedades (educação) e absurdos (bares) tem em comum para terem esses projetos aprovados? A palavra é lobby.

O setor empresarial em Natal é poderoso e influencia o debate público. Assim escolas, bares e restaurantes viram serviços essenciais por força de leis.

Já as igrejas evangélicas se impõem por força eleitoral via influência de pastores.

A estratégia é sempre tentar enfraquecer o debate o fechamento de locais públicos para conter o avanço da covid-19. Pouco importa se os eleitos de UTI estão lotados.

O conceito de essencialidade natalense é uma questão de lobby. Quem tiver mais força ganha no grito, mas perde na justiça no fim das contas.

 

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Governo inclui óticas e manutenção predial como serviços essenciais

Chefe de gabinete explica motivações para novo decreto (Foto: reprodução)

Nesta quarta-feira (15), o Governo do Estado publica a portaria conjunta n° 002/2020, do Gabinete Civil e das secretarias estaduais de Saúde e de Desenvolvimento Econômico, especificando as atividades essenciais previstas no Decreto Estadual n° 29.583, de 1º de abril de 2020.

De acordo com a portaria, são consideradas atividades essenciais a venda, manutenção e conserto de óculos, próteses, órteses, aparelhos auditivos e correlatos, manutenção predial, manutenção e conserto de elevadores, manutenção e conserto de eletrônicos, eletrodomésticos e máquinas industriais, incluídas lavadoras residenciais e industriais, micro-ondas, fogões, ar condicionado, câmaras frigoríficas, freezers, dentre outros.

Além disso, o texto também esclarece que as oficinas, borracharias e lojas de autopeças são consideradas parte das atividades essenciais independentemente da localização do estabelecimento.

Segundo o secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, a portaria visa esclarecer alguns pontos da lista de serviços essenciais, atendendo demanda do setor do comércio.

No dia 13 de abril a Federação do Comércio entregou documento ao Governo no qual apresentou sugestões e justificativas de acréscimo para as atividades essenciais, dentre as quais o setor ótico. “Os varejos óticos atendem emergências de usuários de óculos de altas correções, as quais, sem a disponibilização e utilização dos óculos, o paciente fica totalmente privado de suas atividades diárias e podendo, ainda, sofrer acidentes domésticos e de trânsito, principalmente as pessoas idosas”, reforçou a entidade patronal no documento apresentado ao Governo.

Texto: Assecom/RN.