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A função social das universidades na superação da crise

Por Aldo Fernandes de Sousa Neto*

Inegável a importância das universidades na formação de uma sociedade evoluída, as quais desempenham funções imprescindíveis para o desenvolvimento humano. Com atuação, notadamente, na busca de inovações nas mais variadas áreas, instigam e incentivam estudantes a produzirem novos conhecimentos e aplicá-los à realidade social.

Trazendo para o nosso município, observamos a intenção do Governo da Prefeita Rosalba Ciarlini que, visando a inserção rápida dos novos profissionais no mercado de trabalho, possibilitou, através de suas secretarias, parcerias com intuito de fomentar as atividades acadêmicas nas atividades desenvolvidas pelo município. Como exemplo dessa prática, foram desenvolvidas pesquisas de impacto econômico em eventos culturais, produção e implantação do Processo Eletrônico, através da Secretaria do Planejamento.

Referidas práticas auxiliam na inclusão social da academia, somada ao fato de que as universidades devem ser capazes de retribuir os investimentos recebidos da comunidade, através de estudos, pesquisas e projetos de extensão alinhados com as necessidades da comunidade que abrange.

Neste período de calamidade pública, percebemos as posturas ágeis de várias universidades, rompendo os espaços físicos das salas de aula e desenvolvendo, através de suas técnicas, insumos e produtos visando combater o coronavírus.

Em Mossoró, o Executivo, mais uma vez, através de parceria, teve o auxílio da universidade pública no monitoramento na aplicação das vacinas em suas unidades básicas de saúde.

É possível perceber a solidariedade e sensibilidade da academia que, através da pesquisa científica tem tentado fazer a diferença em várias áreas, tais como: fabricação de máscaras para profissionais da área de saúde, álcool em gel, respiradores artificiais, anticorpos de tre outros, com baixo custo e resultado satisfatório.

A atitude, além de tornar os produtos mais acessíveis à comunidade, fortalece a inclusão social da academia, exercendo verdadeira função social.

Este cenário permite projetar uma inclusão mais efetiva das universidades no contexto do mundo corporativo, à exemplo das startup´s, possibilitando seu comprometimento na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

*É Advogado.

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O inimigo das universidades

Abraham Weintraub diz existir plantações de maconha em universidades (foto: Web)

 

Por Bernardo Mello Franco

As universidades são centros de pensamento crítico e produção de conhecimento. No governo Bolsonaro, passaram a ser tratadas como inimigas do poder.

O ministro Abraham Weintraub não demorou a atacá-las. Assim que assumiu o cargo, em abril, ele classificou as instituições federais como locais de “balbúrdia”. Em seguida, passou a sufocá-las com o corte de verbas e bolsas de pesquisa.

Há duas semanas, o ministro iniciou uma nova ofensiva. Em entrevista a um site bolsonarista, ele associou as universidades à produção de drogas. No dia seguinte, repetiu o besteirol no Twitter.

Weintraub disse que “algumas universidades” teriam plantações extensivas de maconha, “a ponto de precisar de borrifador de agrotóxico”. Depois afirmou que faculdades de química esconderiam laboratórios de metanfetaminas.

As acusações misturavam notícias distorcidas e mentiras deslavadas. Mesmo assim, serviram para incitar as milícias virtuais contra as universidades.

O ministro já demonstrou que não merece ser levado a sério. Seguidor de Olavo de Carvalho, ele costuma recorrer à polêmica vazia e ao insulto para tumultuar o debate político. Ao se ver em apuros, fabrica outro factoide para desviar a discussão.

O novo ataque às universidades cumpriu essa tarefa. Quando delirou com as plantações de maconha, Weintraub já sabia que o Brasil seria reprovado no Pisa, que mede o desempenho dos países na educação. Os dados remetem ao último ano do governo Temer, mas reforçam a pressão sobre quem está no poder.

Na quarta-feira, o ministro foi convocado a se explicar sobre as acusações falsas na Câmara. Ontem os reitores foram à Justiça para obrigá-lo a se retratar. Na interpelação, afirmaram que Weintraub promove a “difamação genérica” contra instituições que deveria proteger.

Num governo funcional, o episódio levaria à demissão sumária do ministro. Na gestão atual, é mais provável que ele ganhe um afago do chefe.