Categorias
Matéria

Mortes violentas no RN caem 20,9% em relação a maio de 2020

 

Em Mossoró redução de homicídios chega a 26% nos cinco primeiros meses do ano (FOTO: Reprodução)

Os crimes com mortes violentas no Rio Grande do Norte caíram 20,9% se comparáramos o mês de maio de 2021 e maio de 2020. De acordo com os dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE) foram 106 ocorrências neste ano e 134 no ano passado. Esta é a segunda maior redução no índice de Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLIs) deste ano, ficando atrás apenas do mês de fevereiro, que registrou queda de 27,3%.

Ainda de acordo com a COINE, no comparativo entre maio de 2020 e 2021, os dados também apontam redução no quantitativo de ocorrências em todos os tipos criminais. Os que mais registraram diminuição foram: Lesão Corporal Seguida de Morte, que teve queda de 29 em 2020 para 13 em 2021 (-55.2%), Feminicídio, que caiu de 10 em 2020 para 4 em 2021 (-60%), e Latrocínio, que reduziu de 38 no ano passado para 31 em 2021 (-18,4%).

Em relação às quatro maiores cidades do Estado, o mês de maio de 2021 também foi de queda em relação aos cinco primeiros meses de 2020.

  • Em Natal, foram registrados 123 crimes contra a vida neste ano, uma redução de 13,4% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 142 ocorrências.
  • Em Mossoró, os cinco primeiros meses de 2020 e 2021 resultaram em queda de 85 para 63 homicídios (-25,9%).
  • Em São Gonçalo do Amarante, de 35 mortes em 2020 caiu para 22 neste ano (-37,1%).
  • E em Parnamirim, foram 29 mortes no ano passado, contra 20 em 2021 (-31%).

Mês de maio em números – Comparativo entre 2020 e 2021

 

2020 2021 
Lesão Corporal Seguida de Morte

 

29 13 (-55,2%)
Feminicídio 10

 

4 (-60%)

 

Latrocínio (roubo seguido de morte)

 

38 31 (-18,4%)
Homicídio Doloso

 

538 494 (-8,2%)
Intervenção Policial

 

74 69 (-6,8%)

 

Categorias
Artigo

Chacina ou operação policial?

Renato Moura/A Voz das Comunidades

Por Ney Lopes*

A Polícia Civil do RJ realizou operação na favela do Jacarezinho, uma das mais violentas da cidade.

O fato vem provocando debates na mídia e de instituições ligadas aos direitos humanos.

De início cabe lembrar que o artigo 144 da Constituição define a “segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

Essa segurança, segundo a CF, “é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

As ações da segurança devem se nortear pela chamada “inteligência policial”, que consiste no conhecimento prévio dos locais, onde se realizarão operações de combate ao crime.

No caso específico do RJ, foi realizado durante dez meses trabalho de inteligência.

Nas redes sociais e na internet, a polícia identificou os responsáveis por repetidas ações criminosas dentro da comunidade (muitas vezes com o apoio dos habitantes, que são ajudados pelos marginais).

Foram feitos os perfis dos acusados com a liberação de autorização judicial para a operação ser realizada.

Constatou-se que estavam sendo planejados, assassinatos, roubos frequentes e até mesmo o sequestro de trens da Supervia, que serve a centenas de milhares de cariocas.

Foi confirmado que o narcotráfico do Jacarezinho adota técnicas de guerrilha, armas pesadas e até mesmo tem soldados com fardas.

A decisão foi a realização da operação policial, agora denominada pela mídia de chacina.

Devia o Poder Público ficar parado e nada fazer?

A chacina é um assassinato coletivo, massacre, de pessoas desarmadas.

Em Jacarezinho houve combate entre a Polícia Civil e bandidos fortemente armados e com orientação de resistir até o último homem à ação do Estado.

Descritos os fatos, caberá a um internauta raciocinar e formar juízo sobre o que ocorreu no Rio de Janeiro.

Em qualquer hipótese, todos devem lamentar os mortos, que afinal são seres humanos.

Porém, no mínimo, o bom senso recomendará, que ainda é cedo para considerar “chacina” o trabalho da polícia.

Se ao final verificarem-se excessos, ou culpados, que sejam punidos.

O que não se justifica e a condenação prévia e unilateral da Policia, responsabilizando- a pôr uma chacina.

Afinal, as investigações não foram ainda concluídas.

*É advogado, jornalista e ex-deputado federal.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

Categorias
Artigo

Chacina do Jacarezinho: não podemos deixar esse resultado falando sozinho

Chacina do Jacarezinho chocou o país (Foto: reprodução)

Por Jean Paul Prates*

Vinte e cinco mortos, nove horas de terror, granadas, cartuchos de balas e rastros de sangue pelas ruas e até no quarto de uma criança de nove anos.
O terror vivido pelos 40 mil moradores da Comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro sacudiu o País, nesta última quinta-feira (6): uma lembrança amarga de que a bocarra da necropolítica não se sacia com 417 mil mortes evitáveis na pandemia.
Não basta esperar sentado, prescrevendo placebos, ridicularizando cuidados, negando oxigênio e vacinas, e deixando que o vírus faça a sua parte.
É preciso ir buscar as vítimas em casa, sempre nas moradias precárias das periferias desassistidas de tudo — e que ninguém acuse a necropolítica de passividade.
E o resultado está aí: 25 mortos (entre eles um policial), nove horas de terror, balas, sangue e mais um trauma para esse país exausto de ver o fundo do poço sendo mais e mais escavado—e logo quem, as autoridades, que deveriam zelar pelo bem-estar, saúde e segurança de um povo atônito e atirado às feras.
Numa tragédia como a registrada no Jacarezinho esta semana, não há como destacar uma “pior parte”. Mas é fundamental ecoar o alerta de ativistas antirracistas como o advogado e filósofo Silvio Almeida, que classificou a entrevista coletiva pós-chacina da polícia do Rio de Janeiro como “o grau zero da barbárie”.
“O recado foi dado de forma límpida e clara: não haverá lei ou tratado internacional que pare essa gente. Eles já definiram quem merece morrer”, advertiu Silvio Almeida.
Ele tem razão. E é por isso que esta nova chacina não pode ser assistida como algo distante de quem não vive no Rio, não mora no Jacarezinho e não passou nove horas sob o zumbido das balas e o matraquear dos helicópteros.
Na entrevista coletiva, divulgada acriticamente pelos meios de comunicação mainstream, ouve-se um representante da polícia afirmar que os 24 mortos da comunidade “não eram suspeitos. Eram bandidos” — e dane-se o devido processo legal.
Mais alarmante foi ouvir outro representante da polícia criticarem o “ativismo judicial” que “não está do lado da Polícia Civil nem da sociedade de bem”, numa clara alusão à determinação do Supremo Tribunal Federal de suspender operações nas comunidades durante a pandemia.
Segundo esse delegado da polícia Civil do Rio de Janeiro que quer “o bem da sociedade”.
Parece a Lava Jato, que sequestrou a lei, as instituições e o Estado de Direito para fazer valer sua concepção celerada de combate à corrupção.
Só que é muito pior, porque esse é um sequestro armado até os dentes, onde as vítimas estão mortas e não serão reivindicadas com o passo da História e o arrefecimento da histeria.
Não se enganem: a explicação da chacina por seus autores deixa claro que quinta-feira foi no Jacarezinho. Amanhã pode ser em qualquer lugar, enquanto perdurar essa besta faminta da necropolítica.
Numa coisa os representantes da Polícia Civil têm toda razão: o resultado da operação no Jacarezinho “fala por si só”.
A sociedade minimamente saudável que está do lado de cá não pode deixar esse resultado falando sozinho.

*É senador da República pelo Rio Grande do Norte e líder da Minoria no Senado.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

 

Categorias
Artigo

O avesso da cena: RN o Estado mais violento e sem emprego para as juventudes é também o Estado sem jovens na política estadual

Por Paulo Henrique*

No ano de 2017 o estado do Rio Grande do Norte assumiu a posição de Estado mais violento do país. Pesquisas apontam que foram 62,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, maior índice entre os estados brasileiros (Atlas da Violência). Esses dados de violências retratam um perfil, dos que matam e que morrem com faixa etária de 15 a 29 anos. Afinal, quem não conhece um vizinho do bairro, parente ou amigo que foi vitima ou teve envolvimento com a violência urbana?

Segundo a (PNAD) 2020, o RN possui a quinta maior taxa de desocupação do país, a taxa entre os jovens de 18 a 24 anos bateu o recorde neste mesmo ano, chegando a marca de 36%. O recorde no ano de 2012 era de 30%. Afinal, quem não conhece ou tem um jovem em sua casa desempregado (ou é esse jovem)?

Do outro lado da cena, uma pesquisa recente (2021) do IP SENSUS, apontou os 50 deputados estaduais mais citados no Rio Grande do Norte. Não é de se espantar que a maioria dos nomes citados retrata um perfil com idade média de 40+ anos, brancos, com poder aquisitivo médio/alto, declarados heterossexuais.

Como os jovens potiguares, aqueles que estão no furacão do desemprego e da violência, têm sido representados no Legislativo? O Legislativo é o lugar onde as políticas públicas em nível de estado são construídas, tem uma tendência de serem compostas por diversos segmentos e representantes da sociedade, dos 24 deputados atuais não há nenhum declarado Lgbt, negro e somente um deputado assumiu com faixa etária de 18 a 32 anos. Esse contexto reflete na falta de projetos e ações voltadas às juventudes em especial, desses jovens negros e das periferias.

É urgente que partidos e toda sociedade apoiem e estimulem uma nova geração, de jovens na política, tornando o espaço mais democrático e mais representativo!

Atualmente no estado esse espaço de representatividade parece avesso, e em tempos de crise, as juventudes buscam ocupar cada canto do sertão potiguar.

*É nutricionista e Líder do Movimento Acredito.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

Categorias
Matéria

Violência no RN recua 8,9% no primeiro trimestre

 

Segurança Pública tem números positivos no RN em 2021 (Foto: Demis Roussos)

O número de condutas violentas letais intencionais, os chamados CVLIs, caiu 8,9% no Rio Grande do Norte no primeiro trimestre de 2021, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Segundo a Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE) da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), 362 pessoas foram mortas no estado nos primeiros três meses deste ano, contra 396 mortes ocorridas de janeiro a março do ano passado, ou seja, foram 34 mortes a menos neste primeiro trimestre.

Em números absolutos, mês a mês, o Estado registrou 124 CVLIs em janeiro de 2020, contra 118 CVLIs ocorridos em janeiro de 2021, o que representa uma queda de 4,84%. Em fevereiro de 2020 foram 144 CVLIs, contra 105 CVLIs registrados em fevereiro de 2021, o que dá uma redução de 27,08%. Já em março de 2020, foram contabilizados 128 CVLIs, contra 139 CVLIs ocorridos em março deste ano, um aumento de 8,59%.

Redução em todos os tipos de CVLI

Ainda de acordo com a COINE, o primeiro trimestre deste ano também é de redução em todos os tipos de CVLIs. São eles:

– Homicídio Doloso (quando há intenção de matar): 203 ocorrências em 2020, contra 174 em 2021 (-14,29%);

– Intervenção Policial: 33 ocorrências em 2020, contra 24 em 2021 (-27,27%);

– Latrocínio (roubo seguido de morte): 18 ocorrências em 2020, contra 15 em 2021 (-16,67%);

– Lesão Corporal Seguida de Morte: 10 ocorrências em 2020, contra 6 em 2021 (-40%);

– Feminicídio: 4 ocorrências em 2020, contra 2 em 2021 (-50%).

Violência também cai nas maiores cidades do RN

 

Nas três maiores cidades do Rio Grande do Norte, a violência também caiu. Confira:

– Em Natal, por exemplo, a queda foi de 3,90%. Foram 77 mortes violentas nos primeiros três meses de 2020, contra 74 ocorrências no primeiro trimestre deste ano.

– Em Mossoró, na região Oeste, a redução foi de 17,07%, com 41 mortes ocorridas de janeiro a março de 2020, contra 34 registros no mesmo período de 2021.

– Em Parnamirim, na região metropolitana da capital potiguar, os CVLIs caíram 45%. Foram 20 pessoas mortas nos primeiros três meses de 2020, contra 11 casos registrados no primeiro trimestre deste ano.

Categorias
Matéria

PC do B vai denunciar jornalista por incitação ao crime

Alex Medeiros será acusado de incitar a violência (Foto: reprodução)

O jornalista Alex Medeiros, colunista da Tribuna do Norte, postou ontem no Twitter uma imagem de uma pistola Glock e sugeriu que ela devesse ser apontada para bandidos e comunistas.

A atitude provocou reação do PC do B que anunciou que irá apresentar notícia-crime contra o profissional.

Em nota o PC do B classificou a atitude como “transloucada”:

Em atitude tresloucada, típica dos que se nutrem de ódio e que são incapazes de manter convívio democrático com quem pensa diferente, Medeiros reproduz uma pistola Glock e sugere que a arma deveria ser apontada para “assaltantes e comunistas, não necessariamente nesta ordem”.

“Compreendendo que liberdade de opinião não se confunde com ameaça e incitação ao crime, prática sujeita à punição, conforme artigo 286 do Código Penal (incitar, publicamente, a prática de crime), o PCdoB natalense informa que apresentará notícia-crime contra o jornalista”, complementa.

Leia a nota do PC do B na íntegra

 

Categorias
Matéria

No RN 29,5% dos assassinatos são de jovens com idade entre 15 e 24 anos

Jovens entre 15 e 24 anos concentram quase um terço dos homicídios no RN (Foto: Web/autor não identificado) – Imagem meramente ilustrativa

De cada dez pessoas mortas por causas não naturais no Rio Grande do Norte, três têm idade entre 15 e 24 anos. No Nordeste, essa proporção fica atrás apenas da Bahia (31,5%) e Alagoas (31,3%). Os dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2019 e foram divulgados pelo IBGE.

Em 2019, das 1.752 pessoas mortas violentamente no estado, 518 estavam na faixa de idade de 15 a 24 anos. Na comparação com todas as unidades da federação, essa é a sexta maior proporção. Além de Bahia e Alagoas, somente Amapá (41,2%), Amazonas (32,9%) e Rio de Janeiro (31,4%) superaram o estado potiguar nessa perspectiva.

Apesar disso, o Rio Grande do Norte teve a segunda maior redução do total de mortes violentas entre 2018 e 2019: 20,5%. Em 2018, foram 2.204 mortes de causas não naturais, 452 mortes a mais na comparação com 2019. Só Distrito Federal (22%) e Ceará (24,8%) tiveram reduções proporcionais maiores.

Categorias
Matéria

Após incidente com tiros, Cláudia cancela agenda

Apoiadores de Cláudia sofrem susto (Foto: reprodução)

A ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) cancelou agenda na Rua Tonheca Dantas, Abolição IV, por causa de um incidente com tiros. Abaixo nota de esclarecimento:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A agenda da coligação Juntos Por Mossoró para a noite desta segunda-feira, dia 26/10, foi cancelada após o incidente de disparo de tiros nas proximidades da Rua Tonheca Dantas, onde estava previamente marcada a concentração para panfletagem por ruas e avenidas da Abolição IV.

O episódio se deu por volta das 19h e, de imediato, a candidata Cláudia Regina (DEM) determinou a suspensão de todas as atividades em pleno respeito e cuidado à integridade física dos profissionais e da população que acompanhava a mobilização.

A democrata lamenta profundamente o episódio e ainda repudia qualquer tentativa de intimidação às mobilizações de rua, como já acontecera anteriormente. Dada a gravidade do caso desta segunda-feira, espera-se medidas cabíveis das autoridades competentes.

Categorias
Agência Moscow

Agência Moscow exibe mini-documentário “Justiça por Gabriel”

Gabriel foi assassinado em junho (Foto: Redes Sociais)

o dia 14 de junho foi encontrado o corpo do menino Giovanne Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos, na cidade de São José de Mipibu. Desde então iniciou-se a investigação para saber quem foram os autores do crime que comoveu o Rio Grande do Norte.

Categorias
Matéria

Blogueiro é alvo de atentado no RN

Marcolino diz ter sobrevivido ao terceiro atentado (Foto: extraída de O Câmera)

Deu em O Câmera: o blogueiro João Marcolino que edita página com o seu próprio nome foi alvo de um atentado em frente a escola Antônio Carlos, em Caraúbas.

Marcolino relatou a O Câmera “que estava na frente da escola conversando com amigos, quando os criminosos chegaram de carro branco com placas de Janduis. Ele percebeu a movimentação estranha e se abraçou com uma criança. Um dos criminosos mandou que o mesmo soltasse a criança”.

Diz a ainda a matéria: “Quando João Marcolino soltou o aluno e correu para entrar no seu veiculo, ouviu o estampido de um tiro de escopeta no vidro da outra lateral do carro”. Ele só escapou de ser atingindo porque o carro é blindado.

Para o Blogueiro, o atentado está relacionando ao seu posicionamento politico. Segundo ele, esta é a terceira vez que ele é alvo de tentativa de homicídio.