Última cartada

Quando o assunto é eleição exige-se pressa. Quando se amarga uma impopularidade na casa dos 80% e mesmo assim aspira-se à reeleição essa reação tem que ser na velocidade. O problema é que não se reconstrói uma imagem do dia para a noite. Ao anunciar cortes na gestão e incluir o próprio salário o prefeito Francisco José Júnior (PSD) tenta sair do fosso em que se meteu. O pessedista é como um time que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Precisa primeiro parar de perder (no caso ser alvo de críticas) para depois passar a ganhar (receber o reconhecimento). A luta é árdua. Na terça-feira foi dado um passo mais midiático. Agora tudo depende do que o prefeito fará com esses cortes.

Quórum
A rotina da sessão não realizada na Câmara Municipal por falta de quórum continua. Ontem foi mais uma sessão assim. Quero saber quando a mesa diretora vai começar a aplicar as faltas.

Transmissão
A TV Câmara bem que poderia transmitir as sessões das comissões como faz a Assembleia Legislativa. Se bem que as comissões não se reúnem. Saudade dos tempos da “Câmara todo dia”.

Confronto
O candidato a presidente da Subseccional de Mossoró da OAB, Canindé Maia, aguarda um oponente para duelar. O mais cotado é o professor aposentado da Uern, Francisco Queiroz.

Assembleia
A Assembleia Legislativa vai exibir um documentário sobre a carreira política do recém-falecido deputado estadual Agnelo Alves. O filme foi lançado ontem no auditório da Casa.

Promovendo
O governador Robinson Faria (PSD) vai fazendo tudo que o deputado estadual Kelps Lima (SD) queria: se tornar o antagonista do governo. Kelps critica e sugere. Robinson e o filho/deputado federal Fábio Faria (PSD) atacam. Estão promovendo Kelps ao levar o assunto para o lado pessoal.

Calmaria
Até aqui, Robinson Faria tem governado o Estado com calmaria. Comparado com a situação de Rosalba Ciarlini, a essa altura do campeonato (no caso dela outubro de 2011), o pessedista navega num mar de rosas. Nos tempos de Rosalba ela não dava “cabimento” a Fernando Mineiro (PT) que nunca conseguiu ser um anti-Rosalba. Ao reagir atacando pessoalmente Kelps, Robinson/Fábio elevam Kelps à condição de antagonista da gestão. O parlamentar vai deitar e rolar com isso e na medida que o governo cai, ele sobe.

Discurso
Pode soar estranho, mas Kelps Lima está tecnicamente certo em votar a favor do ajuste fiscal na CCJ e contra no plenário. Na CCJ só se analisa se a matéria é constitucional. No plenário é que se analisa o mérito. Aí, sim, cabe o posicionamento político.

Exemplo
Que sirva de exemplo para a Câmara Municipal. Para os vereadores menos esclarecidos, a existência das comissões só servem como meras siglas que só atrapalham a decisão no plenário. O tratamento de uma matéria na CCJ não pode ser o mesmo no plenário. As análises possuem naturezas distintas. Mas ainda estamos distantes dessa maturidade política.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto