Ao refutar chapa “puro-sangue”, Beto expõe fragilidade do rosalbismo

Nayara Gadelha é carta fora do baralho rosalbista para a majoritária (Foto: arquivo)

Li no Blog de Saulo Vale repercussão de uma entrevista do deputado federal Beto Rosado (PP) à jornalista Anna Ruth Dantas admitindo que a chapa eleitoral do rosalbismo não será “puro-sangue” como em 2016.

Por sinal, fala com a autoridade de quem é avalista da indicação da atual vice-prefeita Nayara Gadelha.

Mas não este o foco deste texto.

Ao admitir que a chapa será modificada em 2020, o sobrinho da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) abre a possibilidade para composição com outros grupos.

Conversei hoje com um prócer do rosalbismo que me revelou que existe sim a necessidade de compor com outras forças políticas.

Faz sentido.

A quarta passagem de Rosalba pelo Palácio da Resistência é pífia e a competitividade eleitoral ainda persiste por causa do passado da prefeita, mas ainda assim ela contabilizou pesquisas com índices de desaprovação superando o de aprovação.

É aí que entra outro personagem.

O nome favorito do rosalbismo para compor a chapa é o mesmo de 2016, mas agora com outra roupagem: Jorge do Rosário (PL).

Há quatro anos ele era um outsider político. Um empresário nunca testado nas urnas. Agora é totalmente diferente. Trata-se de um ator político relevante no debate eleitoral, com o capital eleitoral de 12.017 votos para deputado estadual em Mossoró e um dos nomes mais lembrados nas pesquisas para o Palácio da Resistência.

Em 2016, Jorge agregava apenas financeiramente. Agora ele reforça politicamente. Se não for ele, o rosalbismo vai tentar outro nome que vitamine a chapa porque não pode se dar ao luxo de colocar uma ilustre desconhecida como na eleição anterior.

O jogo eleitoral em 2020 não abre margem para riscos. A fragilidade em relação ao cenário de 2016 está exposta.