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Rogério Marinho abraça o golpismo de Bolsonaro

O senador Rogério Marinho (PL) abraçou de vez o golpismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dobrar a aposta na defesa da narrativa de que tudo que foi revelado esta semana pela Operação Tempus Veritatis não tem nada demais e tentando levantar a suspeição do ministro Alexandre de Moraes.

Marinho na segunda-feira defendeu em entrevista ao Roda Viva uma anistia para os golpistas que depredaram prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro do ano passado.

Com as revelações de detalhes da trama golpista, Rogério decidiu dobrar a oposta e seguir defendendo ainda mais Bolsonaro e traçando um caminho sem volta na sua biografia já manchando pela fama de quem advoga contra os direitos dos trabalhadores que agora ganha a companhia do golpismo.

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Com Lula no poder, Styvenson muda postura em relação a transparência em votos para ministros do STF

O senador Styvenson Valentim (PODE) foi eleito prometendo transparência absoluta ao longo do mandato, inclusive revelando os votos em eleições secretas.

Foi assim que fez nas escolhas de Nunes Marques e André Mendonça, nomes indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para Supremo Tribunal Federal (STF).

No primeiro caso votou contra. No segundo a favor.

No governo Lula da Silva (PT), o senador mudou a postura. Escolheu o mistério. Não revelou o voto nem na indicação de Cristiano Zanin nem na de Flávio Dino.

Uma mudança de comportamento que chama atenção.

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Não existe crise na direita de Natal

A crise na direita de Natal foi um dos assuntos que tomou conta das manchetes do noticiário da capital por causa da decisão do comunicador BG deixar o PSDB porque o partido decidiu dialogar com a deputada federal Natália Bonavides (PT).

BG deixou o PSDB porque não gostou de não ter sido consultado e vai se alinhar onde se sente mais à vontade, ou seja: com quem não dialoga com o PT.

Não há crise na direita por causa disso.

Não há direita aí. O que existe é o bolsonarismo, uma corrente de extrema-direita que orbita em torno do senador Rogério Marinho (PL) no Rio Grande do Norte.

Da famosa foto da direita, na verdade extrema-direita, o único que nunca orbitou no radicalismo político, o deputado federal Paulinho Freire (União), foi o único que se afastou do grupo. Agora ele está próximo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), líder em todas as pesquisas.

O bolsonarismo não está brigado em Natal. Apenas um de seus integrantes deixou um partido de centro-direita. Ele retirou a pré-candidatura e deve seguir no mesmo campo político.

 

 

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Novo salário do prefeito de Mossoró é um tapa na cara dos professores e expõe um Allyson que se julga imune ao absurdo

Não. Não sou contra reajuste de salários de políticos. Combato toda e qualquer demagogia antipolítica que nos empurra para o acasalamento com a cadela do fascismo que está sempre no cio como escreveu um dia o dramaturgo Bertoldt Brecht.

Mas há uma medida nas coisas.

Mossoró é uma cidade de 264 mil habitantes e não há cabimento que o prefeito daqui receba um salário R$ 34.774,64. É maior que o da governadora Fátima Bezerra (PT) que atualmente R$ 21.914,76 para comandar os destinos de 3,5 milhões de potiguares.

Até concordo que o salário de Fátima é defasado, mas a desproporcionalidade é gritante. Allyson, que adora apontar o dedo para a governadora, não seguiu o exemplo de austeridade dela.

Até porque há poucos meses ele negou o reajuste do piso dos professores e encerrou a greve pela força da justiça enquanto Fátima atendeu a categoria.

Ano passado Fátima abdicou de aumentar o próprio salário.

Para se ter ideia do quanto será desproporcional o salário do prefeito de Mossoró a partir de 2025, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) atualmente ganha R$ 35.462,00. A capital paulista é a mais populosa do país com 11,4 milhões de habitantes.

A desproporção do salário do prefeito com o tamanho de Mossoró é um tapa na cara nos professores que tiveram reajuste do piso negado sem direito a negociar e é uma demonstração que Allyson se julga imune ao absurdo.

Allyson dá a reeleição como certa e já planeja disputar o Governo do Estado em 2026, inclusive.

No parlamento

Os deputados estaduais vão ganhar R$ 34.774,64, o mesmo que o prefeito ganhará em 2025. Há aí uma lógica, um vereador de Mossoró vai receber R$17.387,32.

A proporcionalidade foi mantida.

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Allyson culpa Fátima pela própria falta de republicanismo

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União) tem uma lógica bem própria para explicar a própria falta de republicanismo: a culpa é da governadora Fátima Bezerra (PT).

Se não empresta o tomógrafo encaixotado há 16 meses ao Hospital Tarcísio Maia é porque se se fizer o equipamento vai quebrar.

Se ficou incoerentemente em silêncio no debate sobre o ICMS é porque o Governo do Estado não iria repassar o dinheiro. Até parece que ele não fez cobranças públicas sobre atrasados e que o repasse não é constitucional.

Duas falas infantis e de uma constrangedora falta de republicanismo. Bem ao estilo Jair Bolsonaro, ele jogou a culpa na governadora pelos próprios erros de prática de boa política, aquela que coloca o interesse público acima da picuinha política.

Só faltou culpar o ex-deputado federal Beto Rosado (PP) por não ter reconhecido que o tomógrafo encaixotado há 16 meses no PAM do Bom Jardim foi comprado com emenda do ex-parlamentar.

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Rosalba põe a cabeça para fora para dizer que ainda existe politicamente, mas suas pétalas não encantam como antigamente

Esta semana a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) colocou a cabeça para fora bem ao estilo quem não é vista não é lembrada para tentar ao menos influir na formação da chapa de oposição que vai enfrentar o favorito a reeleição Allyson Bezerra (União).

Rosalba adotou um discurso humilde de analisar a candidatura com cautela e de quem quer primeiro unir a oposição.

Botou a cabeça para fora e disse que existe politicamente depois de uma participação pífia no processo eleitoral de 2022 onde não pela primeira vez em mais de 30 anos não transferiu votos e não elegeu um familiar para a Câmara Federal.

Rosalba pode até ter algum grau de competitividade pela sua história, mas as pétalas da Rosa (seu símbolo político) não encantam mais como antigamente. A fila da política andou em Mossoró. Se com a máquina na mão ela foi derrotada não será na oposição, enfraquecida que ela vai vencer e diante de um prefeito bem avaliado que ela vai vencer.

Não se trata de subestimar alguém que foi prefeita quatro vezes, senadora e governadora. Mas são fatos do presente que se impõe. Só uma hecatombe administrativa mudaria um quadro para tornar Rosalba um páreo duro para Allyson.

Alguém com que proponha novos ares seria mais competitivo contra o atual prefeito do que o resgate do passado.

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Rosalba presidente de partido é virada simbólica

Um assunto passou quase despercebido no noticiário foi o fato de a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) estar encaminhado a ascensão como presidente do diretório municipal do PP.

Rosalba não tem histórico como dirigente partidária. Sempre foi um estandarte político das massas, nunca uma política de bastidores. Esse papel sempre foi ocupado pelo seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado.

Rosalba dava nome ao agrupamento político, o rosalbismo, mas quem era apontado como o líder de fato era Carlos. Ela tinha os votos e ele o poder de articulação.

Com Rosalba presidente do PP municipal há sinais de que desta vez é dado um sinal de que ela vai assumir as rédeas da articulação política. Do ponto de vista simbólico é uma virada de chave.

Sinal dos tempos ou apenas um reposicionamento de Carlos Augusto no consagrado papel do bruxo (sem o poder de outrora) “Ravengar” da política mossoroense?

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A luta contra a fome incomoda mais que a miséria

As pessoas que passam pano para quem foi a Brasília depredar prédios públicos em nome de um ilegítimo pedido por um golpe de estado porque não aceitaram os resultados das urnas são as mesmas que condenam os manifestantes do MLB que ocuparam um supermercado em Natal em uma manifestação contra a fome em uma luta por doação de cestas básicas.

Os vândalos da democracia recebem apoio e solidariedade. Os manifestantes contra a forme são acusados de serem bandidos mesmo que não tenham quebrado nada.

O que define quem é cada um é a causa. A luta contra a fome incomoda muito mais do que a existência da miséria.

Não é por acaso que os que apoiam os golpistas de 8 de janeiro são os que passaram anos detonando o Bolsa Família e vibraram quando o Policial Militar da Reserva e político inelegível por condenação por parte de arma de uso restrito Wendell Lagartixa foi lá criar confusão.

Depois de tudo ainda teve quem se desse ao trabalho de incendiar o ônibus que transportava os militantes do MLB, mais uma vez sem qualquer manifestação daqueles que costumam chorar nas redes sociais por vidraças de banco quebrada e depredações de estátuas de genocidas.

Lutar contra a fome e justiça social incomoda muito.

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Reprovação de contas da saúde expõe o quanto problemas da saúde municipal da gestão de Allyson vem sendo abafado

Esta semana escrevi que os problemas da saúde estão sendo abafados na gestão do prefeito Allyson Bezerra (União). Há um temor em denunciar por parte de usuários e servidores.

Pouca coisa chega a imprensa.

A reprovação das contas de 2022 e do primeiro quadrimestre de 2023 pelo Conselho Municipal de Saúde escancarou a crise que existe e é quase imperceptível em termos de noticiário.

Quer um exemplo apontado no relatório? Os exames de endoscopia e colonoscopia da Prefeitura de Mossoró não são realizados na cidade. Os pacientes precisam ir a Natal para fazer exames simples, que são ofertados aqui. O tomógrafo do PAM do Bom Jardim está encaixotado desde agosto do ano passado sem previsão de uso.

Esta semana o Portal Boca da Noite informou que a Unidade Básica de Saúde Maria Neide da Silva Sousa, localizado no Conjunto Jardim das Palmeiras, está há 50 dias sem dentista. Até a semana retrasada o raio x da UPA do Belo Horizonte estava sem película. O raio x da UPA do Santo Antonio está desativado desde 2018.

E olhe que o volume de recursos de 2022 para 2023 saltou de R$ 160 milhões para R$ 340 milhões.

A reprovação das contas da saúde mostrou que não dá mais para abafar o caos da saúde em nível municipal.

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Sinal de líder é de reconhecimento de derrota do Governo na luta para manter o ICMS de 20%

O líder da bancada governista Francisco do PT admitiu negociar com a oposição uma solução intermediária para resolver a questão da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Em entrevista a 98 FM de Natal, Francisco disse topar sugerir a governadora uma saída intermediária de consenso que pode ser uma alíquota de 19%.

Tem que ser muito ingênuo para não perceber que Francisco falou isso combinado com a governadora Fátima Bezerra (PT).

O petista é muito alinhado a governadora e é conhecido pela disciplina partidária. Logo foi uma jogada de um balão de ensaio para ver a reação dos deputados de oposição e parte dos governistas que resistem a proposta de manter os 20%.

A fala em si já mostra que o governo jogou a toalha e reconhece a derrota na luta para aprovar a proposta. As estimativas apontam para uma queda de R$ 675 milhões no ano que vem.

Se no quadro atual o governo Fátima passou maus bocados em 2023, imagine com esse tombo na arrecadação?

Confira o vídeo com a fala de Francisco: