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Greve da UERN deve terminar na base do “pegar ou largar”

Os integrantes do comando de greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) deve estar a essa altura na estrada pensando no que fazer. O desembargador Cornélio Alves deu até terça-feira para que os grevistas decidam se aceitam ou não a proposta do Governo do Estado de abono salarial que exclui os inativos.

São pelo menos dois dilemas:

1) Aceitar a proposta sob pena de perder na Justiça e voltar de mão vazias.

2) Aceitar e perder a unidade da categoria tendo em vista que os aposentados ficarão insatisfeitos porque serão excluídos dos reajustes.

O governador Robinson Faria (PSD) deve estar satisfeito com o resultado da audiência. Não sabe ele que o custo político será enorme. São centenas de professores universitários espalhados pelo Rio Grande do Norte falando mal dele. São formadores de opinião.

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Matéria badalada apenas torna nacional escândalo que os potiguares já conheciam

O Fantástico finalmente perguntou “Cadê o dinheiro que está aqui?” em relação ao Rio Grande do Norte. A oposição torceu ferrenhamente para que o badalado repórter sem rosto Eduardo Faustini viesse a Mossoró. Apesar dos inúmeros apelos na Internet, ele não veio à segunda cidade do Rio Grande do Norte.

Querendo um escândalo para mudar o foco das críticas que sofrem na política mossoroense os silveristas cravaram nas redes sociais e até mesmo em alguns veículos de comunicação que Faustini traria um fato novo no escândalo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA): o envolvimento da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).

Nem uma coisa nem outra. O Fantástico mostrou a “Operação Candeeiro” que apura irregularidades no IDEMA, mas para nós potiguares nada de novo. A ex-governadora Rosalba Ciarlini não foi citada na notícia. A outra parte da matéria aborda a “Operação Dama de Espadas” que investiga irregularidades na Assembleia Legislativa.

A matéria focou muito mais no fato de filho (Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra) e mãe (Rita das Mercês Reinaldo) serem os “cabeças” dos dois esquemas.

No fim das contas todos ficaram decepcionados.

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Vereador quer fechar supermercados em domingos e feriados

Abro a Gazeta do Oeste e leio uma proposta do vereador Genilson Alves (PTN) sugerindo que os supermercados fechem aos domingos e feriados. O argumento é que ele recebeu reclamações de funcionários que querem ficar mais tempo com a família. Pura demagogia.

Os médicos também querem ficar com suas famílias aos domingos assim como policiais, enfermeiros, frentistas, balconistas de farmácia e tantos outros trabalhadores de serviços essenciais que não podem parar por conta de um domingo ou feriado.

A vida é muito corrida. Só os ricos podem pagar para alguém fazer feira no lugar deles. Quem é da classe média muitas vezes tem apenas o domingo para ir ao supermercado. O que é necessário é fazer frente para que os patrões façam escalas justas e paguem horas extras. Tenho certeza que isso já é fiscalizado com rigor pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Mossoró (SECOM).

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Em meio ao caos político, uma sensatez improvável

Que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é pavio curto todo mundo sabe. Que ele é um dos grandes quadros desse país quem acompanha a política não tem a menor dúvida. Por sugestão de uma pessoa em um grupo de Whatsapp vi a mais recente entrevista dele na Rede TV.

Sem papas na língua ele não poupou ninguém, mas fez ponderações importantes. De forma inteligente ele vai marcando espaço para ser, em 2018, alternativa aos projetos cansados de PT e PSDB.

https://www.youtube.com/watch?v=YKCiRmxwkUE

No meio do ódio que predomina o ambiente político brasileiro ironicamente um dos políticos mais esquentados do país tem sido capaz de fazer a leitura mais correta da conjuntura política atual, mostrando erros e acertos de oposição e Governo. Se franqueza (Ciro é capaz de criticar a si próprio por mudar muito de partido) desse voto, o ex-ministro ganharia a eleição de 2018 com folga.

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Uma proposta e muitas dúvidas

O servidor da Universidade do Estado do Rio Grande Norte (UERN) num primeiro momento bateu palmas para a proposta feita pelo Governo do Estado. Receber os sonhados 12% ainda que a título de benefícios é melhor do que voltar ao trabalho de mãos abanando.

Mas num segundo momento surgem as reflexões. “Mas espere aí é a mesma coisa do abono sugerido da outra vez. Só fizeram mudar o nome”, pensa o técnico administrativo.

Pois é. O abono tapa o sol com a peneira porque não acrescenta nada em termos de aposentadoria. É uma derrota para o servidor. Quem já conviveu com abono sabe o trabalho que dá para incorporá-lo ao salário no futuro.

Há outra coisa que assusta. “Como é? Vão colocar esse percentual em cima de tudo? Tenho salário base, gratificação por função e outra por titulação. Será que é só sobre o salário base? Se for assim perco muito dinheiro”, pensa o professor doutor que além de dar aula ainda exerce funções administrativas na universidade.

É justamente esse segundo ponto que mais carece de esclarecimentos. Talvez seja o aspecto decisivo para a aprovação ou não da proposta do Governo do Estado.

A greve já se arrasta há quatro meses. Fazer greve cansa e o final do ano está chegando, tem muita gente com viagem marcada e essa paralisação prolongada pode atrapalhar planos pessoais.

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Alívio para os vereadores

A presidente Dilma Rousseff sancionou a reforma política. Dois pontos são um verdadeiro alívio para os vereadores mossoroenses que estavam com sérios riscos de não se reelegerem caso não houvesse mudança nas regras.

O primeiro ponto é o novo prazo para as filiações partidárias. Agora quem vai disputar uma eleição deve estar filiado até seis meses antes do pleito. Quem tinha até a próxima semana para definir um rumo partidário agora pode esperar até abril.

A melhor de todas, para os vereadores mossoroenses, é a instituição da famigerada janela partidária. Agora um mês antes da data limite para a filiação partidária será aberta a temporada de troca troca partidário.

Agora os parlamentares terão tempo de sobra para se organizarem para as eleições de 2016. No cenário que estava se montando praticamente nenhum vereador tinha uma reeleição segura.