Comparação entre tratamento concedido a greve dos professores no RN e em Natal demonstra que Fátima joga no campo adversário

Fátima joga no campo do adversário (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Daniel Menezes*

A greve dos professores do RN foi tratada em Natal como um problema justo e de direito dos professores. O foco foi voltado para a figura da governadora Fátima Bezerra, que na narrativa da opinião publicada estaria sendo incoerente com sua história. O piso era obrigação. Fátima foi lá, negociou e a greve chegou ao seu fim.

Agora os professores de Natal entraram em greve. A prefeitura não cumpre o piso desde 2020. O assunto é abordado de forma lateral pela mesma opinião publicada. No máximo, o viés é sobre o prejuízo que vem sofrendo os alunos.

São os pesos e medidas da política local.

Aliás, você ficou sabendo, caro leitor, que os profissionais da saúde de Natal entrarão em greve? Não, não é?!

Fosse a greve estadual, o Sindicato dos Médicos já teria extensa agenda de entrevistas e ataques na imprensa.

Fátima joga no campo adversário, principalmente em Natal.

É irônico que a dita cidade do sol, que se enxerga tão moderna, tenha criado um cinturão de proteção ímpar para um prefeito com práticas de gestão de município do interior, quer seja no tratamento da pandemia, da saúde, do esfacelamento do transporte público, na maneira como aumenta o próprio salário ou na forma com que está embutindo o filho candidato à deputado estadual nas mídias do poder público que controla.

*É professor da UFRN e editor do Blog O Potiguar.

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