Escolha do vice de Fátima passa por 2026

Antenor preenche critério da confiança, mas vaga na chapa é visada (Foto: reprodução)

A governadora Fátima Bezerra (PT) sabe da importância de um vice de confiança para o segundo mandato. Se em 2018 esse fator teve o peso do trauma do impeachment de Dilma Rousseff, ocorrido dois anos antes, para 2022 o critério permanece, mas com outro fundamento: o olhar para a eleição seguinte.

Fátima é pragmática e conhece os meandros da política nacional e troca ideias com os demais governadores e já 2022 em sabe dos vários exemplos do que a escolha de um vice não confiável impacta no futuro político de governadores reeleitos.

Um dos exemplos vem do Amapá onde Waldez Góes (PDT) não vai se desincompatibilizar para disputar o Senado por estar rompido com o vice-governador Jaime Nunes (PROS). Ele fica no cargo para apoiar o ex-prefeito de Macapá Clécio Luís (sem partido).

Em Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) fica até o fim do mandato para garantir estrutura para a candidatura Danilo Cabral (PSB) sem dar chances para a vice-governadora Luciana Santos (PC do B).

Em Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD) terá que ficar até o fim do mandato para impedir que a vice, a petista Eliane Aquino, assuma e fortaleça a candidatura adversária do senador Rogério Carvalho (PT).

Em Alagoas, Renan Filho (MDB), teria uma eleição fácil para o Senado, mas talvez fique até o fim do mandato porque o cargo de vice está vago desde que Luciano Barbosa (MDB) foi eleito prefeito de Arapiraca. Aí seria necessária uma eleição indireta na Assembleia Legislativa em que o governador teme sair prejudicado.

Fátima pensa na cessão da vaga ao Senado a um ex-adversário que já foi também aliado, Carlos Eduardo Alves (PDT), pensando em 2022, mas para a vaga de vice o olho da petista mira em 2026. A primeira escolha visa esta eleição e a segunda na próxima.

Os exemplos de escolhas que engessaram governadores reeleitos estão aí.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto