A governadora Fátima Bezerra (PT) tem sua maior força eleitoral no interior do Rio Grande do Norte e Mossoró é a locomotiva do seu desempenho eleitoral em disputas majoritárias.
Foi assim em 2014 quando bateu Wilma de Faria (na época no PSB) com 69,83 % dos votos válidos na cidade e em 2018 quando impôs uma maioria de 10 mil votos sobre um Carlos Eduardo Alves (PDT) apadrinhando pela então prefeita Rosalba Ciarlini (PP) que tinha um filho como vice.
A governadora vem mantendo uma situação confortável na cidade. As duas últimas pesquisas TS2 realizadas somente com eleitores de Mossoró mostraram que ela está com a aprovação estabilizada acima dos 50%.
Já nas intenções de voto Fátima emplaca 30 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, o senador Styvenson Valentim (Podemos). Desempenho superior a esse em Mossoró só com a mossoroense Rosalba Ciarlini nas eleições de 2010.
Dos três maiores colégios eleitorais é em Mossoró onde Fátima se sai melhor. Natal e Parnamirim são os calos na vida pública da governadora.
O que explica esse desempenho da governadora na cidade? Do ponto de vista administrativo há um tripé: 1) excelente relação com a UERN; 2) redução da criminalidade; 3) diminuição dos problemas no Hospital Tarcísio Maia. Como plus incluo a recente recuperação da Avenida Leste/Oeste.
Do ponto de vista político e midiático a petista tem um ambiente bem menos hostil em Mossoró do que na Grande Natal.
A vitória de Fátima na capital do Oeste é praticamente um fato consumado a ponto do prefeito Allyson Bezerra (SD) sequer demonstrar empenho na candidatura do ex-vice-governador Fábio Dantas (SD) ao Governo. O apoio ao que tudo indica será protocolar.
Allyson não quer pôr as digitais numa derrota tida como certa, apesar da sua alta aprovação e da desaprovação de 37% da governadora que dá margem para o crescimento de seus adversários.
A situação de Fátima em Mossoró é confortável.