O estudo realizado em cima de dados da gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB) aponta que o Relatório de Gestão de Contas (RGC) omitiu ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) informações sobre operações de crédito em seis dos dez quadrimestres avaliados.
E o pior: em cinco quadrimestres consecutivos o TCE não recebeu nenhuma informação sobre o endividamento da gestão de Allyson Bezerra.
Já em relação ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), órgão de coleta de dados do Tesouro Nacional, em dois quadrimestres não houve informações sobre operações de crédito.
Quadrimestre | Versão para o TCE | Versão para o SICONFI | Diferença |
1º quadrimestre de 2022 | R$ 0 | R$ 32.867.056,87 | R$ 32.867.056,87 |
2º quadrimestre de 2022 | R$ 0 | R$ 32.867.056,87 | R$ 32.867.056,87 |
3º quadrimestre de 2022 | R$ 0 | R$ 35.797.056,87 | R$ 35.797.056,87 |
1º quadrimestre de 2023 | R$ 0 | R$ 0 | R$ 0 |
2º quadrimestre de 2023 | R$ 0 | R$ 0 | R$ 0 |
3º quadrimestre de 2023 | R$ 31.244.217,59 | R$ 31.244.217,59 | R$ 0 |
1º quadrimestre de 2024 | R$ 0 | R$ 50.410.000,00 | R$ 50.410.000,00 |
Os únicos quadrimestres em que foram enviados os dados e não houve divergências de valores foram os três do ano de 2021, primeiro da gestão de Allyson Bezerra.
É mais um caso de inconsistência de números da gestão municipal. O Blog do Barreto já trouxe à tona dados divergentes sobre Receita Corrente Líquida (RCL), limite de gastos com pessoal, percentual da folha de pagamento em relação ao orçamento e da dívida consolidada.
A série sobre os números contraditórios da gestão de Allyson ainda terá mais três matérias publicadas na próxima semana.