O fim de Game of Thrones traz lições para a política brasileira

ALERTA DE SPOILER

O seriado mais impactante dos últimos anos teve fim ontem com lições que vão além da insatisfação dos fãs que não gostaram do final agridoce.

Durante oito temporadas tivemos guerras, mortes cruéis, muito sexo e reviravoltas. Sempre o mais forte foi levando a melhor e encurralando os mais fracos.

Mas o que nos reservou o final? A vitória dos que não mataram e se mostraram sábios no meio de tanta força bruta.

O Brasil de 2018 acreditou na força bruta de Jair Bolsonaro e seu discurso cheio de ódio. O Brasil de 2019, aos poucos vai vendo que na prática a brutalidade é inviável para governar uma nação e passa reivindicar algo fundamental para quem gere os destinos da coisa pública: sabedoria.

Foi com sabedoria que Bran emergiu para ser o governante. Foi com sabedoria que Sansa finalmente tornou o Norte independente. A sequência interminável de tragédias convenceu os lordes das principais casas de que a sabedoria é melhor que a força bruta.

O governo do presidente que chama manifestantes de idiotas está rendido a força bruta quando a política pede a sabedoria de quem respeita os contrários.

A sabedoria é racional e pragmática. A força bruta é irracional e autoritária.

O Brasil escolheu aprender a importância da sabedoria com os dissabores da força bruta. Que o rei louco não suba num dragão e toque fogo sobre a massa desprotegida para que só assim a sabedoria se imponha de vez como consenso.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto