
A taxa de ocupação dos leitos críticos do SUS destinados ao tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus continua elevada nesta sexta-feira, 19, na maior parte do Rio Grande do Norte, chegando a 98% na região Oeste e 96,2% na Região Metropolitana, segundo dados do RegulaRN, observados às 13h21.
Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital São Luiz e 95% do Hospital Regional Tarcísio Maia estavam ocupados. Em Pau dos Ferros, o Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade tinha 100% dos leitos ocupados.
Na Região Metropolitana, 100% dos leitos do Hospital da Polícia Militar, Hospital de Campanha João Machado (que transformou uma parte dos seus leitos em UTI), Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Municipal de Natal, Hospital Rio Grande estavam ocupados. Só o Hospital Maria Alice Fernandes, voltado para o atendimento pediátrico, tinha vagas.
No Seridó o percentual de ocupação do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 74,1%.
Na região do Mato Grande, 100% dos leitos do Hospital Manoel Lucas de Miranda, em Guamaré, contavam com internamentos.
151 pacientes atendidos em unidades dos municípios aguardavam transferência para leitos voltados ao tratamento de pacientes com sintomas de Covid-19. Desse total, 80 pessoas esperavam para serem transferidas para leitos críticos – oito consideradas como ‘prioridade 1’ e 72 como ‘prioridade 2’. 68 pacientes classificados como ‘prioridade 3’ e três como ‘prioridade 4’ também aguardavam regulação.
Em todo o Estado, 769 pessoas estão internadas com suspeita ou confirmação do coronavírus, em leitos críticos ou clínicos, de hospitais públicos, privados e filantrópicos.
Durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 19, em Natal, o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, falou sobre o isolamento social como medida efetiva contra o coronavírus.
“É fundamental nós entendermos que quando a gente olha a pressão de leitos de UTI e enxergamos de onde essa pressão está vindo e olhamos para o passado e observamos o que aconteceu naquelas cidades há 14, 15 dias atrás, você vê que tem uma relação muito direta, o que confirma o que a ciência vem trabalhando. O isolamento funciona, funciona sim, é a medida efetiva de prevenção e a pressão diferenciada que acontece por leitos de UTI demonstra claramente isso”, disse.
“Mas é importante dizer também que o que nós estamos fazendo agora de isolamento, seja de comportamento social, seja de ação do Pacto pela Vida seja de sinergismo entre o Governo do Estado e as prefeituras nós vamos repercutir daqui a dez dias. Então, o sofrimento atual ele pode, deve e nós queremos que ele seja interrompido. Isso só será possível se o Pacto pela Vida e pela ação da sociedade possa, efetivamente, aumentar o isolamento e a proteção social”, acrescentou.
A taxa de ocupação hospitalar inferior a 70% foi um dos critérios elencados pelo Governo do RN no Decreto Estadual nº 29.742, de 4 de junho. Inicialmente, o cronograma para retomada gradual das atividades econômicas estava previsto para o dia 17 de junho, mas foi prorrogado para o dia 24.
Nas regiões Oeste e Metropolitana essa taxa tem se mantido constantemente acima desse percentual, com leitos lotados.