Reportagem especial da Revista Piauí, lançada na tarde de ontem (17) desvela o caso de uma professora universitária do Rio Grande do Norte que está entre as vítimas do ex-coach e atual candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal.
De acordo com informações da reportagem, que é assinada pelo jornalista por Arthur Guimarães, a docente foi contatada na última sema a e confirmou que em 2005 foi vítima de um golpe que “limpou” sua conta bancária.
Segundo ela, as operações que varreram R$ 4.650 de suas economias – R$ 13 mil nos dias de hoje, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) – foram feitas de madrugada e notadas pela própria Caixa, que a chamou para ir até a agência, onde ela escreveu a carta, que terminava solicitando “ressarcimento e providências cabíveis”.
Foram quatro saques irregulares, sendo um de R$ 2 mil, R$ 1 mil, R$ 340 e outro de R$ 1.310. A docente só tomou conhecimento da situação quando o pagamento dos compromissos mensais não pode ser realizado por falta de recursos na conta bancária.
“Foi muito complicado. Eu precisava pagar contas e não tinha como pagar. Pegaram quase todo meu salário”, afirmou a docente.
Por meio de carta escrita à mão e entregue à direção da Caixa Econômica Federal (CEF) em 2005, a educadora, que hoje tem 68 anos, protestou dos saques irregulares. “Venho contestar as transações abaixo discriminadas.” (…) “Por terem sido feitas por mim, nem sei como isso pode ter ocorrido.” A carta foi utilizada para garantir o ressarcimento da vítima.
A reportagem destaca que posteriormente a Polícia Federal (PF) acabou desbaratando os criminosos responsáveis pelos golpes. A retirada online do dinheiro da conta da docente potiguar era feita por uma quadrilha especializada em fraudes bancárias, cujo núcleo ficava em Goiânia. Entre os presos por elo com o bando, estava o goiano Pablo Marçal, ex-coach que é candidato à prefeitura de São Paulo neste ano pelo PRTB.
No dia 12 de abril de 2010, Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão, em regime semiaberto, por furto qualificado. O processo se arrastou até ser apreciado, em 2018, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e, na segunda instância, a pena foi extinta por conta da lentidão do processo.
A reportagem da Piauí detalhou como funcionava o esquema de fraudes do bando de Marçal e como foi a participação do ex-coach nos golpes. Clique aqui para ver o material na íntegra