A importância do turismo é inegável pelos empregos e divisas que geram. No entanto, esta área não pode estar à frente de saúde e educação.
Veja o caso do corte nas emendas de bancada imposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na ordem de 21%. Num primeiro momento prevaleceu o bom senso de se poupar saúde, educação e segurança.
Sobrou para a emenda do Complexo Turístico da Redinha que ficou R$ 1 milhão.
Mas aí entrou a pressão do prefeito de Natal Álvaro Dias (MDB), um caicoense que se tornou burgomestre da capital graças a um arranjo político. Candidato à reeleição de 2020 ele encontrou um meio de se capitalizar eleitoralmente defendendo os interesses da área mais carente e populosa da capital: a Zona Norte.
A mídia natalense comprou a ideia.
A pressão deu certo. A emenda subiu de R$ 1 milhão para R$ 8 milhões. Sobrou para a saúde e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Tudo deu certo para o prefeito de Natal.