RN tem 350 pessoas internadas com sintomas de Covid e mais de 2.700 casos confirmados da doença

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, fala sobre ocupação dos hospitais (Imagem: Reprodução)

350 pessoas estão internadas em hospitais públicos ou privados no Rio Grande do Norte com sintomas do novo coronavírus. Os dados incluem pacientes em hospitais públicos e privados, graves ou em enfermaria e com suspeita ou confirmação da doença, segundo informou o secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, durante entrevista concedida hoje, 15, em Natal. Do total de internamentos, 193 pessoas estão em leitos críticos e 157 em leitos clínicos, segundo dados fornecidos pelo sistema por volta das 10h30.

O total de casos confirmados passou para 2.786 confirmados, 249 a mais do que o informado no boletim epidemiológico divulgado ontem, 14, pela Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP RN). Entre os casos confirmados, dois indígenas testaram positivo para Covid-19.

O número de pessoas que perderam a vida em decorrência do Covid-19 chegou a 122. Ontem durante a coletiva de imprensa, a Sesap informou 107 mortes ocorridas no Estado. À tarde, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria informou 117 óbitos, após atualizar dados sobre mortes ocorridas em Natal.

Os cinco óbitos que ainda não haviam sido incluídos no boletim se referem a dois pacientes de Areia Branca, sendo um senhor de 89 anos, com imunossupressão e outro senhor de 88 anos com comorbidade; um paciente de Natal com 63 anos de idade, que tinha comorbidade; um paciente de 64 anos de Senador José Avelino, sem comorbidade; e uma paciente de 71 anos de São Gonçalo do Amarante, com comorbidades. Outros 61 óbitos estão em investigação, segundo informado durante a coletiva.

No Rio Grande do Norte há 8.988 casos suspeitos e 7.052 descartados.

Com relação ao número de leitos voltados para pacientes com sintomas de Covid-19, o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli destacou a quantidade elevada de internamentos e disse que a Sesap , secretarias municipais e até hospitais privados têm feito muito para abrir leitos.

“O problema é que o nosso planejamento estratégico de abertura de leitos, ele tem como base o isolamento necessário e pensado pelos decretos e esse isolamento não aconteceu, consequentemente, houve uma pressão, além do esperado, em cima de leitos críticos”, afirmou.

Spinelli afirmou que a situação é ruim, mas não tão dramática como na sexta-feira passada, em relação ao número de leitos.

Ampliação de leitos e taxa de ocupação

Na região Oeste foram abertos oito leitos no Hospital Regional Rafael Fernandes, sendo dois de estabilização. No Hospital Regional Tarcísio Maia foram abertos cinco leitos e até amanhã, 16, devem ser abertos mais cinco.  “A expectativa, então, é que a gente tenha o Hospital Tarcísio Maia com 20 leitos”, disse Spinelli. Segundo o secretário, o Hospital São Luiz também está em processo de expansão.

“Nesse momento nós temos uma taxa de ocupação no Oeste de 80%. Esse é um número alcançado pela abertura de leitos, não é pela redução do número de internados. Todo dia aumenta o número de internados, o que acontece é que nós estamos abrindo leitos. Isso faz com que a taxa varie”, disse o secretário.

Em Mossoró, segundo o secretário, um dos principais problemas para a abertura de leitos é a disponibilidade de profissionais. De acordo com Spinelli, a questão concreta é que tanto a Sesap, como o Município e o São Luiz estão buscando a contratação de profissionais, aí começa a haver dificuldades.

Ele comentou que hoje o São Luiz conta com 20 leitos de UTI e a intenção é dobrar, mas não sabe se a Apamim terá condições de contratar profissionais suficientes para isso.

Spinelli afirmou ainda que, com relação ao Tarcísio Maia, o problema encontrado para a transformação dos leitos de Unidade Provisória de Isolamento (UPI) em leitos de UTI é justamente com relação à pessoal.

Com relação a Pau dos Ferros, segundo o secretário, não há pacientes internados e em Caicó houve ampliação do número de leitos, mas também houve aumento de pessoas internadas e a taxa de ocupação de leitos no Seridó é de 61%.

Região Metropolitana

Já em Natal, o secretário comenta que a partir das informações coletadas, o Hospital Municipal está com 100% de lotação. Ele informa que no Hospital Giselda Trigueiro foram abertos onze leitos, mas os respiradores estão sendo montados. Assim, dos 33 leitos da unidade, 23 possuem capacidade de estabilização e desses 22 estão ocupados.

Já no Hospital da Polícia foram abertos mais cinco leitos com expectativa de abrir outros cinco; dos 15 leitos em funcionamento, onze estão ocupados. “Deveremos ter até amanhã, provavelmente, os 20 leitos disponíveis”, afirmou. O Hospital Rio Grande, unidade particular contratada pela Sesap está com 100% de ocupação.

“A taxa de ocupação da Região metropolitana sem esses ajustes está em 88,8%”, informou o secretário, que já havia lembrando que esses dados variam.

Fila de espera

Com relação aos pacientes com sintomas do novo coronavírus atendidos em prontos-socorros que aguardam regulação, a fila de espera tem dois pacientes classificados como ‘prioridade 1’, seis pacientes classificados como ‘prioridade 2’e 38 pacientes considerados ‘prioridade 3’.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto