
O Rio Grande do Norte tem 11.568 casos confirmados do novo coronavírus e registra 487 óbitos com conformação da doença, conforme informações repassadas pelo responsável técnico pelo Núcleo de Estratégia de Saúde da Família, Hugo César Mota, na entrevista coletiva desta quarta-feira, 10, em Natal.
Dos 28 óbitos confirmados em relação aos dados apresentados ontem, 10, cinco ocorreram nas últimas 24 horas.
Em uma semana foram confirmados 2.419 casos. Em 3 de junho havia 9.149 casos confirmados e o Estado registrava 367 óbitos com confirmação da doença, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP-RN).
De acordo com os dados divulgados hoje, o RN tem ainda 22.683 casos suspeitos e 19.679 casos foram descartados. 92 óbitos estão em investigação.
O número de pessoas recuperadas no Estado, conforme os dados apresentados, é de 1.906.
O índice de isolamento social registrado ontem, 9, segundo dados do Inloco foi de 39,88%.
“Isso significa que se a gente não conseguir ampliar esse isolamento social a gente vai ter prolongamento dessa epidemia no Estado e uma diminuição mais tardia”, disse Hugo César Mota.
Ele mencionou que, no caso do Covid-19, 80% dos casos são casos leves que podem ser manejados pela atenção primária, que são as Unidades Básicas de Saúde e falou da importância da atenção básica participar do manejo clínico dos casos mais leves, como também do monitoramento da observação dos sinais de agravo que demandariam que esse paciente seja encaminhado para outro tipo de assistência.
Ocupação de leitos críticos
Às 14h06, o RegulaRN mostrava que a taxa de ocupação dos leitos críticos destinados ao tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus na Região Metropolitana era de 98,2%, com 100% de ocupação do Hospital da Polícia Militar, Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Municipal de Natal e Hospital Rio Grande; no Hospital de Campanha de Natal, 92,9% dos leitos estavam ocupados e o índice de ocupação do Hospital de Campanha de Parnamirim era de 50% dos dois leitos de UCI existentes.
Na região Oeste a taxa média de ocupação desses leitos era de 86,3%. Com relação à situação individual de cada município, em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia estavam ocupados e no Hospital São Luiz, que abriu cinco novos leitos nesta quarta-feira, 10, a taxa de ocupação era de 80%. Em Pau dos Ferros, a taxa de ocupação do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade era de 66,7%.
Na região do Seridó, a taxa de ocupação do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 66,7%.

Fila de espera
Ainda de acordo com o RegulaRN, o total de pessoas que aguardam em unidades de saúde para serem transferidas para leitos específicos para o tratamento do novo Covid-19 às 14h12 era de 136. Desses pacientes, 61 aguardavam por leitos críticos, sendo quatro classificadas como ‘prioridade 1’ e 57 como ‘prioridade 2’. 71 pacientes classificados como ‘prioridade 3’ e quatro considerados ‘prioridade 4’, também aguardavam por transferência.
Dificuldades de medicamentos no mercado
A subcoordenadora de Hospitais e Unidades de Referência da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), Renata Silva Santos, que participou da coletiva, falou sobre a dificuldade de adquirir medicamentos no mercado, port parte da pública e da rede privada e em vários estados. “Outro fator importante que eu gostaria de pedir aos fornecedores era que a organização social que está para abrir os leitos do João Machado e de Macaíba, que estão com os editais lançados na página deles, que é da Avante Social e que está precisando de pessoas que façam a adesão para que tenha a medicação e os materiais e os serviços prestados nos próximos dias nos leitos que vão ser abertos nesses locais”, afirmou.