Robinson escolhe tirar direitos para manter privilégios

Reunião Bancada Federal_Demis Roussos (1)

O governador cumpriu o roteiro teatral. Chamou os poderes para pedir que eles abrissem mão dos próprios privilégios sabendo que ouviria um não. Reuniu-se para decidir que tudo fica como está. O passo seguinte foi chamar a bancada federal para fingir união e tirar fotos sorridentes num rasgo de sincera hipocrisia.

O ato seguinte era anunciar um pacote de ajustes para sacrificar os servidores estaduais cuja a maioria esmagadora recebe abaixo de R$ 4 mil. O pacote de maldades inclui acabar com o acumulo de vínculos, suspender licenças-prêmio, demitir servidores não-concursados, tirar o direito a aposentadoria de celetistas aposentados, aumentar de 11 para 14% alíquota previdenciária e o corte de 20% dos cargos comissionados.

É um pacote pesado, duro com o lado mais fraco da história. Robinson escolheu o lado mais forte.

Vai fazer tudo isso, para manter os repasses acima do previsto na Constituição para judiciário, legislativo, Ministério Público e Tribunal de Contas manterem seus privilégios. Assim, auxílio moradia, servidores fantasmas, auxílio paletó e tudo mais que vemos nos poderes será garantido.

É fácil explicar porque Robinson vai manter esses privilégios. Quem aprovaria um impeachment do governador? O sindicato zoadento ou a Assembleia Legislativa?

Quem reprova as contas do governador o professor ou TCE?

Quem o afasta por corrupção é o TJ ou professor da UERN?

Quem investiga o governador é o MP ou servidor da saúde?

Robinson preferiu encarar os protestos. Dói menos do que o risco de entrar para história como um governador “impichado” ou preso.

Assim é mais fácil tirar direito de muitos para manter os privilégios de poucos.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto