A pesquisa Seta/Blog do Barreto mostrou que 79% dos mossoroenses deram razão aos professores na polêmica sobre a greve da categoria. A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) finge que não soube da pesquisa e age como se tivesse apoio popular para impor uma perseguição primitiva aos trabalhadores.
A picuinha com o sindicato já fez uma “mártir”: Marleide Cunha. A sindicalista se tornou nome competitivo para a Câmara Municipal após os vereadores seguirem uma ideia de jerico de dar a ela um título persona no grata.
A greve foi encerrada com um convescote no Ministério Público sem qualquer perspectiva e sem acordo para abonar as faltas, mas como o sindicato se comprometeu em repor os 200 dias letivos, seria um gesto de grandeza a prefeita suspender o corte do ponto numa reconciliação com os professores. A prefeita escolheu mais confronto bem ao estilo bolsonarista.
Vale lembrar que não houve judicialização da greve. Portanto não há decisão judicial tornando o movimento ilegal, o que daria respaldo ao corte de ponto.
Rosalba simplesmente desrespeitou o direito de greve!
Trata-se de um comportamento que flerta com o autoritarismo vulgar de uma prefeita que não aceita a luta de uma categoria e que trata a coisa pública como bem pessoal.
O método escolhido por Rosalba para devolver os salários do ponto cortado tem cheiro de naftalina. Há 20 anos esse tipo de comportamento já pegaria mal, imagine hoje.
O espírito democrático exige um certo desprendimento de sentimentos como orgulho e a disposição para abrir mão da vaidade parceira da arrogância.
