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Sindicato apura assédio moral na 3R Petroleum no Polo de Macau

Nesta terça, 28/02, a Diretoria do SINDIPETRO-RN tomou conhecimento sobre denúncias gravíssimas de assédio moral e exercício de atividades em condições inadequadas por parte da 3R Petroleum no Pólo Macau, no Rio Grande do Norte.

Conforme depoimento colhido pelo sindicato, alguns profissionais da 3R Petroleum fazem alterações verbais em padrões de atividades exercidas (sem registro) aos terceirizados, podendo comprometer resultados e as equipes de trabalho.

Relatos de alterações de padrões e procedimentos de forma verbal são constantes, explica o diretor da FUP e do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio. “Eles entram nos locais de trabalho, exigem a mudança de todo o procedimento técnico de forma verbal e quem não fizer e exercer o seu justo direito de recusa sofre o risco de ser demitido.”, afirmou um trabalhador durante a denúncia. O relato continua, “somos terceirizados, mas recebemos ordens diretamente de empregados da 3R Petroleum”, em mais uma narração evidenciando também a ilegalidade da terceirização.

Em outra denúncia, trabalhadores afirmam existir instalações inadequadas, sem ventilação, sem exaustão e em espaço minúsculo para manipulação de petróleo com presença de outras substâncias químicas insalubres como H2S (sulfeto de hidrogênio).

Conforme o exposto, o SINDIPETRO/RN fará a denúncia para os órgãos competentes e tomará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos buscando a reparação dos danos causados, a adequação das instalações e dos procedimentos e o combate ao assédio moral no local de trabalho.

Em caso de novas denúncias os trabalhadores podem enviar o depoimento via e-mail do sindicato em sindipetrorn@uol.com.br ou pelo whatsapp: 84 99959-0184. Todas os relatos serão restringidos à direção sindical e as fontes das informações serão preservadas em sigilo.

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Mossoró OIL & Gas Expo começa nesta terça-feira

Considerada a capital brasileira do onshore (produção de petróleo e gás em terra), Mossoró sediará a edição 2022 do Mossoró Oil & Gas Expo (Moge), maior evento do segmento no Brasil, de terça-feira (5) a quinta-feira (7), no Expocenter, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

Com ênfase na inovação e nas novas oportunidades geradas no setor a partir da presença da iniciativa privada nas operações, a feira retoma em 2022 a programação 100% presencial.

O evento é uma iniciativa da Redepetro RN e do Sebrae no Rio Grande do Norte, e reunirá, em Mossoró, os principais atores da cadeia produtiva do petróleo e gás. É o caso da Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Ministério de Minas e Energias, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), entre outras.

Também participarão as maiores operadoras de petróleo e gás do país. Entre elas, a 3R Petroleum e Potiguar E&P, que recentemente adquiriram a maior parte dos ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte.

O presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias, informa que, além da exposição institucional, em mais de 90 estandes, o Moge contará com vasta programação técnica. As palestras e painéis temáticos serão apresentados, ao longo dos três dias de evento, nos espaços denominados de Arena Petróleo e Gás e Arena Inovação.

Programação

Na Arena Petróleo e Gás, segundo Gutemberg Dias, os painéis contemplarão discussões técnicas e mercadológicas, com enfoque no atual cenário e nas tendências do onshore brasileiro. As apresentações serão feitas por especialistas do setor, oriundos do Brasil e do exterior. A ideia é aprofundar as discussões em torno das novas oportunidades das atividades de petróleo e gás em terra do país.

Entre os destaques das temáticas no evento, ele aponta: caminhos para um marco regulatório; midstream/downstream – oportunidades do onshore brasileiro; empoderamento feminino no onshore brasileiro; tecnologias aplicadas à recuperação em campos maduros; além de novas fronteiras de óleo e gás; perspectivas do mercado do gás no onshore; e poço transparente –  desafios técnicos e regulatórios.

“Já na Arena Inovação, haverá discussões e apresentação de soluções tecnológicas e inovadoras para melhorias de processos, oficina para projetos de P, D & I para óleo e gás, além do Demoday Mossoró Oil & Gás (pitch de startups selecionadas para empresas de óleo e gás convidadas)”, informa.

Paralelamente, ocorrerá a programação científica, no III Simpósio de Petróleo e Gás do Onshore Brasileiro, realizado em parceria com a Ufersa, que reunirá profissionais, estudantes e pesquisadores da área de petróleo e gás, com ênfase em exploração onshore. O evento também oferecerá apresentações de trabalhos, plenárias e minicursos.

Negócios

O gestor do projeto de Petróleo e Gás do Sebrae RN, Robson Matos, acrescenta que o Moge vai além das exposições e discussões em torno da cadeia produtiva do petróleo e gás. “Também oportuniza geração de novos negócios, ao promover intercâmbio comercial entre empresas compradoras e fornecedoras do setor, em evento denominado PetroSupply Meeting”, diz. Capitaneado pelo Sebrae RN, a iniciativa contempla negócios tanto no segmento de exploração e produção quanto no setor de refino e transporte. Na edição deste ano, os encontros de negócios ocorrerão das 14h às 18h, nos três dias de programação.

Inscrições

Interessados em participar das palestras e painéis da edição 2022 do Moge têm até domingo (3) para efetuar a inscrição, no site institucional do evento https://mossorooilgas.com.br/, onde devem preencher o formulário disponível na aba “inscrições”. Após esse prazo, serão aceitas somente inscrições na modalidade presencial.

O evento

O Mossoro Oil & Gas surgiu em 2016, como Fórum Onshore Potiguar. Em seis anos, evoluiu de 10 estandes e 100 pessoas para 80 estandes e mais de 2.000 participantes. É realizado pela Redepetro RN e Sebrae RN, com apoio de ABPIP, FIERN, Governo do Estado, Prefeitura de Mossoró, patrocinadores e outros parceiros. O evento reafirma Mossoró como capital do onshore brasileiro em fase otimista do setor em face do reaquecimento da produção.

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CEO da 3R Petroleum promete “fim do sofrimento” da indústria petrolífera do RN em audiência

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte discutiu, na tarde desta quinta-feira (17), os impactos sociais e econômicos da venda dos ativos da Petrobras no estado. A 3R Petroleum, que comprou parte dos campos maduros para exploração, explicou quais são os planos da empresa para o Rio Grande do Norte e os impactos que tem gerado para a região. Segundo o CEO, Ricardo Savini, o tempo de sofrimento para o setor está perto de acabar.

Na discussão proposta pelo deputado estadual Hermano Morais (PSB), o parlamentar convidou representantes de diversos setores para discutirem o futuro do setor de produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte após a saída da Petrobras, que deverá ser finalizada até o fim do primeiro trimestre de 2023. Para o deputado, a empresa chega com uma responsabilidade muito grande no estado.

“A empresa aumenta sua participação e sua responsabilidade diante de uma economia crescente, em um estado potencialmente rico, mas que precisa se recuperar a partir das condições naturais para atrair novos investimentos. Temos no Petroleo e Gás, e outras áreas de produção de energia, parte importante da economia potiguar. É importante que saibamos sobre a base de empregos afetada pela saída da Petrobras e também da participação das empresas do estado na cadeia”, disse Hermano Morais.

A 3R Petroleum tem investimentos que passaram de U$S 2,1 bilhões desde 2018, quando a empresa se preparou para assumir os ativos da Petrobras a partir do anúncio dos desinvestimentos da estatal na bacia potiguar, em 2016. A empresa já está atuando desde 2020 em Macau, com investimentos de R$ 800 milhões na compra dos direitos para exploração, e adquiriu novas áreas no fim de janeiro deste ano. A empresa possuiu 60 concessões para exploração, em contratos para nove polos, sendo cinco deles na Bacia Potiguar. A expectativa é que a transferência em definitivo ocorra até o fim do primeiro trimestre de 2023, com a 3R assumindo a operação integral do polo. A expectativa é que em até 2 anos os campos voltem a ser perfurados.

Segundo o representante da Petrobras na audiência, Paulo Marinho, que é responsável pela área de Produção na região que engloba a bacia potiguar, a empresa teve a necessidade de deixar de investir nos chamados campos maduros para focar sua tecnologia, recursos e esforços para a exploração em águas profundas e ultra profundas, principalmente no Pré-Sal. “São áreas que têm produtividade muito alta, retorno muito alto. A realização dessa produção continua vindo acima das expectativas iniciais. Estrategicamente, a companhia resolveu migrar e o Pré-sal responde por mais de 70% da produção”, disse.

Para o representante da estatal, a aquisição e operacionalização desses campos é um março na história do país e no setor. “Vamos iniciar uma fase de transição, ainda não iniciada porque aguardamos a confirmação do Cade. Destaco a integraçãoentre Petrobras e 3R, e nós (Petrobras) somos 100% responsáveis pelas operações iniciais, vamos manter o nível e esperamos que essa fase dure alguns meses e queremos que no primeiro trimestre de 2023 estejamos entregando a operação à 3R”, disse Paulo Marinho.

O CEO da 3R, Ricardo Savini, explicou quais são os planos da empresa para o Rio Grande do Norte e explicou o porquê do momento delicado pelo qual passou o setor após a decisão da saída da Petrobras do estado. Segundo ele, com a decisão de não mais focar nesses campos, não haveria sentido para a Petrobras fazer investimentos na área. “Ninguém faz uma reforma em uma casa já sabendo que vai vendê-la em seguida”, comparou. Savini explicou que o repasse desses campos é comum em outros países do mundo, com empresas de pequeno e médio porte assumindo as operações e produzindo quantidade significativa com os investimentos necessários.

“A manutenção dos campos estão bem feitas e aqui fica nosso elogio à Petrobras, que os manteve em bom estado. Nosso foco é investir, em 11 anos, R$ 7 bilhões entre revitalização de poços, reabertura de reservatórios novos em poços existintes, em perfurações e novos poços e instalações”, explicou.

Savini também falou que a produção de 2016, de aproximadamente 37 mil barris por dia nos campos que serão operacionalizados pela empresa, será retomada em breve com os investimentos que serão realizados na área. Ao todo, a 3R listou a revitalização de 616 poços, 1.099 workovers (nova perfuração em poço já existente) e 1.628 novas perfurações. Com isso, a produção diária vai subir e a expectativa é que, em 2025, sejam produzidos 50 mil barris por dia nos campos da 3R.

Empregos

Sobre as vagas criadas e aproveitamento das empresas do Rio Grande do Norte, a 3R Petroleum disse que não fará qualquer tipo de reserva de mercado para a mão de obra e de serviços potiguares, mas que acredita que por razões de logística, experiência e capacidade, as empresas potiguares já partem na frente do setor, que atualmente gera em torno de 21 mil empregos diretos e indiretos, com expectativa de criação de outras 5 mil vagas.

“O tempo do sofrimento dessas empresas está acabando. Vai voltar com uma pujança econômica muito forte”, garantiu.

Para Hermano Morais, a discussão, que contou também com a participação de membros do Poder Público e da classe trabalhadora e empresarial, conseguiu alcançar seu objetivo, que era esclarecer sobre os planos e desmistificar pontos relacionados à área.

“Achei muito produtivo o debate e vamos seguir nesse objetivo para que o Rio Grande do Norte possa vislumbrar um momento melhor em sua história”, disse o deputado.