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Filha de Rogério Marinho é nomeada para cargo na Prefeitura do Natal

A filha do senador Rogério Marinho (PL), Ana Beatriz de Sousa Simonetti Marinho, foi nomeada para o cargo de chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Turismo, na Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura do Natal.

A nomeação foi publicada hoje no Diário Oficial de Natal. No Portal da Transparência não foi possível encontrar cargo similar para saber quanto será o salário.

Além da contradição no discurso do senador bolsonarista contra o aparelhamento do Estado, a indicação enterra as especulações de que Marinho estaria rompido com o prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

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Na oposição Rogério Marinho denunciava o aparelhamento do Estado. No Governo ele o pratica

O que Rogério Marinho falaria sobre ele próprio se estivesse na oposição? (Foto: Web/autor não identificado)

Em 6 de setembro de 2016, quando ainda era do PSDB, o então deputado federal Rogério Marinho foi um dos destaques no site do partido numa matéria que celebrava o fim da era PT no poder.

Das falas de Rogério pincei duas:

“Só temos paralelo a uma situação como essa que estamos vivendo na década de 1930, e mesmo assim com menor intensidade. Houve uma série de desastres na economia, perpetrados por um governo que ao mesmo tempo que não tinha capacidade gerencial, aparelhou as agências reguladoras, abriu mão do trato adequado com o recurso público, principalmente no que tange à questão dos fundos de pensão, dos bancos de investimento”.

“No afã de se eleger, o governo vitaminou programas e projetos de cunho eleitoral e de apelo popular muito além do que o Estado poderia suportar, tendo seu ápice em 2014, com o estelionato eleitoral. Mas ao longo do tempo se negligenciou a questão da infraestrutura no país, o que impediu que tivéssemos uma condição de competitividade com os demais países que também buscam espaço no mercado internacional”.

Passados cinco anos, Rogério Marinho é ministro de um governo que nos remonta na prática (e não na retórica dele) aos anos 1930 que ele cita. O presidente Jair Bolsonaro flerta abertamente com figuras do neonazismo alemão sob o silêncio de ex-tucano que aparelhou o Estado colocando um apadrinhando e sócio seu, Francisco Soares de Lima Junior, como diretor do Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano Desenvolvimento Regional e no Conselho Administrativo da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF).

Além de ter um empreendimento em seu nome beneficiado por uma emenda parlamentar na cidade de Monte das Gameleiras.

O que ele diria de tudo isso se no lugar dele estivesse algum petista aprontando as mesmas coisas?

O que diria Rogério sobre um Governo que negligenciou uma pandemia e não tomam qualquer providência para conter o avanço da fome e do desemprego no país? Imagina Rogério esbravejando se algo similar ao espalhamento de militares incompetentes pela máquina estatal?

A gente já sabe que como governista ele fica caladinho montando uma estrutura monstruosa a partir do esquema do orçamento secreto/tratoraço para se eleger senador ano que vem a partir dos recursos federais que dispõe, inclusive enquanto escrevo aqui em Mossoró, equipamentos agrícolas estão aqui pertinho esperando o “ok” da Codevasf para serem espalhados pelo RN.

Na oposição Rogério não tirava a expressão “aparelhamento do Estado da boca”, no poder é ele quem aparelha a coisa pública em seu favor.

Confira a matéria do PSDB AQUI

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Passagem de Bolsonaro no RN foi marcada por tensões que esconderam benefícios

Tensões provocadas por Bolsonaro abafaram divulgação de benefícios (Foto: reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro com impopularidade altíssima no Rio Grande do Norte perdeu uma grande oportunidade de deixar uma impressão positiva em sua passagem pelo Estado.

Do ponto de vista pragmático motivos não faltaram.

Em Jucurutu ele assinou a liberação de R$ 38,2 milhões para a conclusão das obras da Barragem de Oiticica, um sonho acalentado há mais de 70 anos pela população do Seridó.

Já em Pau dos Ferros, foi assinada a Ordem de Serviço para início da construção do Ramal do Apodi da transposição das águas do Rio São Francisco. Um luta antiga que finalmente vai beneficiar o Rio Grande do Norte. Um investimento de R$ 938,5 milhões.

Mas a natureza do presidente é do confronto, da provocação e do autoritarismo em sua concepção mais vulgar.

Tudo isso ficou em segundo plano no noticiário porque ele preferiu provocar tensões.

Primeiro o uso do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT) para derrubar outdoors com críticas na entrada de Pau dos Ferros. O aparelhamento do estado para prática de censura está sendo investigado pelo Ministério Público Federal.

Ao desembarcar em Mossoró ele chegou “causando” sem máscara. O equipamento de proteção contra a covid-19 e outras doenças infecciosas seria tema de outras duas polêmicas. Primeiro em Jucurutu quando ele mandou uma garota de dez anos retirar a máscara. Depois quando ele mesmo tirou a máscara de um bebê em Pau dos Ferros (vídeo abaixo).

Sem contar que em discurso o presidente atacou a imprensa e pouco tratou das obras.

Ele mesmo se sabotou. A oposição local ao bolsonarismo nem precisou se esforçar muito para abafar a parte positiva da vista do presidente.

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MPF abre investigação sobre uso do DNIT para derrubar outdoor em Pau dos Ferros

Outdoor cm crítica ao presidente foi derrubado na véspera da visita dele a Pau dos Ferros (Foto: cedida)

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento para investigar a derrubada de um outdoor instalado às margens da BR-405, em Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte. O painel publicitário trazia críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro – que visitou obras na região nesta quinta-feira (24) -, e teria sido derrubado por uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit/RN) na véspera.

De acordo com as informações que suscitaram a abertura do procedimento, a derrubada ocorreu por parte de técnicos do departamento que, para isso, se deslocaram de Natal até Pau dos Ferros, uma distância de aproximadamente 400 km. Em uma das reportagens publicadas na imprensa, foi apresentado um suposto ofício da Superintendência Regional do Dnit no RN, datado de 23 de junho, ordenando a retirada de “peças de publicidade fixadas, sem prévia autorização, na faixa de domínio da Rodovia BR-405”, especificamente entre os quilômetros 149 e 157.

 “Não há explicação sobre as razões para a escolha do trecho em referência, com exclusão de outras áreas de faixa de domínio da BR-405 no Rio Grande do Norte que podem conter publicidades também supostamente irregulares”, aponta o despacho de instauração do procedimento no MPF. Chamou a atenção do Ministério Público Federal, ainda, o fato de o pedido incluído no ofício ter sido cumprido na mesma data de sua emissão e de outro outdoor, a aproximadamente 50 metros do que foi derrubado – e que traz mensagem de apoio ao presidente da República – supostamente ter sido mantido no local.

Legislação

O procedimento irá investigar a ocorrência, ou não, de atos que configurem o crime de prevaricação, previsto no artigo 319 do Código Penal, ou ato de improbidade administrativa que atenta contra princípios da administração pública, descrito no art. 11 da Lei n. 8.429/1992.

Um ofício será encaminhado ao Dnit, requisitando informações como as razões para a escolha do trecho da BR-405 e da data; os motivos pelos quais a fiscalização não teria abrangido toda a extensão da faixa de domínio da rodovia; o porquê da possível urgência na realização da fiscalização, ou se já estava incluída em algum cronograma previamente organizado; além de esclarecimento sobre quantos e quais agentes públicos ou contratados atuaram na fiscalização, incluindo os custos correspondentes.

O MPF vai requerer também a relação dos painéis de publicidade removidos e dos que permaneceram no local, com a íntegra dos procedimentos de “aplicação de multas ou outras sanções (no caso dos painéis irregulares) e dos procedimentos de concessão de autorizações (no caso dos painéis regulares) eventualmente instaurados”.

Fonte: MPF/RN

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O outdoor derrubado teve mais impacto no chão do que em pé e prova mais uma vez como toda censura é burra

A derrubada de outdoor mostra mais uma vez como toda censura é burra (Foto: cedida)

Não adianta apelar para legalismos. Os outdoors derrubados na noite de ontem em Pau dos Ferros faziam parte da paisagem da entrada da entrada da cidade há anos. De repente, na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro e quando estampavam protestos contra o mandatário nacional o superintendente do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT) Daniel de Almeida Dantas descobriu que eles estavam em situação irregular.

A censura é clara.

Não precisa nem citar nomes, mas não é de hoje que o bolsonarismo potiguar se irrita com outdoors críticos ao “mito”.

A ideia de mandar derrubar os outdoors na entrada de Pau dos Ferros por si só já era estúpida e se tornou ainda pior porque poucos metros dali mantiveram outro de apoio ao presidente.

Toda censura é burra, reforço.

Os outdoors derrubados falam mais no chão do que em pé. Todo mundo está comentando sobre eles nas redes sociais. O autoritarismo do bolsonarismo está mais uma vez à mostra. A prática de aparelhamento do Estado tão denunciada nos governos petistas está sendo escancarada sem o menor constrangimento.

A necessidade de censurar os críticos é típica dos que possuem deficiências cognitivas. Na época da ditadura militar, tão agradável aos bolsonaristas, os censores eram constantemente driblados por compositores geniais como Chico Buarque que fez o representante do regime pensar que a música “Apesar de Você” se referia a uma mulher e não aos milicos que estavam no poder sem a legitimidade do voto.

Quem mandou o superintendente do DNIT derrubar os outdoors agiu com o mesmo nível de déficit cognitivo do censor driblado por Chico.

Por fim deixo o leitor com Chico Buarque que completou 77 anos no último sábado.

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Na véspera de visita de Bolsonaro a cidade do RN, DNIT retira outdoor com protesto contra o presidente, mas mantém um de apoio

Outdoor foi derrubado por determinação do DNIT (Fotomontagem: Blog do Barreto)

O superintendente do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens Daniel de Almeida Dantas em documento enviado engenheiro Sidney Franco de Oliveira e Celiton Luiz Costa de Oliveira, respectivamente responsáveis pelo órgão em Pau dos Ferros e Mossoró, solicitou a remoção dos outdoors que mantinha palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro.

O documento não faz qualquer menção a questões políticas. Nem precisava. Apenas se pautou no artigo 83 do Código Brasileiro de Trânsito que proíbe a afixação de publicidade sem autorização do DNIT. “Sobre o assunto, informo a Vossa Senhoria que o Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei nº 9.503/97, estabelece em seu Artigo 83, que a afixação de publicidade ou de quaisquer legendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. As publicidades quando implantadas em faixa de domínio sem prévia análise desta Autarquia podem prejudicar a visibilidade da sinalização rodoviária, ocasionando prejuízos à segurança de tráfego”, alega o documento.

Segundo moradores de Pau dos Ferros que conversaram com o Blog do Barreto os outdoors estão há anos na entrada da cidade, mas curiosamente a irregularidade só foi constatada na véspera da visita do presidente e após serem colocadas críticas contra ele.

Outdoor de apoio foi colocado na entrada de Pau dos Feros e mantido (Foto: cedida)

O mais curioso é que poucos metros mais a frente também foi erguido um outro outdoor com palavras de apoio a Bolsonaro que foi mantido pelo DNIT.

Nota do Blog: é indisfarçável que houve uma censura contra a manifestação contra o presidente Bolsonaro. O DNIT usou uma lei de forma escandalosamente seletiva para fazer politicagem e censura barata.

Confira o ofício que mandou derrubar os outdoors com críticas a Bolsonaro

 

 

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A casa dos privilégios

Se o Senado é o céu como dizem os políticos, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) é uma espécie de sucursal do paraíso no sofrido elefante.

Lá é o lugar que abriga todos os tipos de apadrinhados políticos.

Dos parentes aos agregados.

O TCE/RN vez por outra condena um prefeito de cidade pequena a devolver alguns trocados aos cofres públicos.

E só.

Agora o pretenso órgão auxiliar da Assembleia Legislativa quer elevar os salários dos conselheiros para R$ 35,6 mil. Tudo isso num Estado cujo o poder executivo busca medidas para interromper o ciclo de atrasos na folha de pagamento que se arrasta desde 2013.

O atual salário base de um conselheiro do TCE/RN é de R$ R$ 30.471,11. Mas pode chegar a mais de R$ 50 mil dependendo das vantagens somadas aos penduricalhos.

Justo o TCE, de poucos resultados práticos para a sociedade, quer aumento.

A atual composição do TCE mostra bem o que simboliza a casa para o Rio Grande do Norte: é o aconchego dos políticos, parentes e agregados.

Dos sete membros, só Carlos Thompson não possui apadrinhados políticos. Sua origem é no Ministério Público.

Mesmo sendo da cota dos auditores, Adélia Sales, é esposa do ex-deputado Demócrito de Souza.

Tarcísio Costa é irmão do deputado estadual Vivaldo Costa (PSD), Renato Costa Dias é irmão do prefeito de Natal Álvaro Dias (MDB), Paulo Roberto Alves é irmão de Garibaldi Alves Filho (MDB) e Poti Junior é um ex-deputado estadual ligado aos Alves e sua família faz política há décadas em São Gonçalo do Amarante onde ele mesmo foi prefeito. Por fim, Gilberto Jales não é parente de político, mas é agregado ao ramo rosalbista dos Rosados.

Isso é o que podemos chamar de “aparelhamento do Estado”.

A casa dos privilégios, sucursal do céu no RN, quer aumentar os salários dos seus membros para módicos R$ 35,6 mil. A proposta está nas mãos dos deputados estaduais. A palavra final será da governadora Fátima Bezerra (PT) em caso de aprovação.